A escadaria
Paredes e teto brancos, corrimões pretos, chão de concreto cinza, lâmpadas de luz branca, símbolos de acessibilidade e piso para deficientes visuais, além disto tem vários canos e cabos numa quina subindo para cima, falando nisto, Eva com muita presa sobe os degraus que rotacionavam para cima, com sua maleta e roupas justas para a reunião, de degrau em degrau sobe até lá em cima, passando por vários andares e portas que ficavam nas divisões. Vários minutos depois pois o prédio realmente era bem alto, Eva consegue chegar no andar em que sua reunião iria acontecer, mas quando ela iria abrir a porta, uma tontura forte bate do nada, sua mente gira, até chegar no ponto dela desmaiar e cair no chão.
Horas depois Eva acorda no chão de concreto, parece que ninguém tinha passado ali, a mulher se levanta e fica de pé, em frente a porta, ela tenta abrir, mas nota que estava trancada, presa por algum motivo, ela com toda força tenta arrombar, mas não consegue, ela grita pedindo ajuda, mas ninguém aparece, na verdade não se ouvia nada do outro lado, Eva espia pelo vidro e frestas, mas tudo que ver era um escuro, nada, como se tudo tivesse sumido do outro lado, estranhando este fato, ela vira para trás e fica ainda mais confusa, um novo lance de escadas surgiu ao lado, como se subisse ainda mais, porém Eva podia jurar que estava no último andar, e o caminho pro terraço fica em outra parte do prédio, não tinha como subir mais, era impossível, aquilo surgiu do nada, de qualquer modo se dando por vencida que perdeu a reunião e vendo a possibilidade de ser demitida por isto, não tinha muita coisa a perder, decide subir mais para ver onde aquelas escadas davam.
Horas mais tarde, Eva tinha subido bastante degrau, ela não podia acreditar, parecia que aquilo tinha o dobro de andares que seu prédio, não tinha fim, algo bem estranho, por um momento Eva pensou que isto tudo fosse um sonho de seu desmaio, mas desistiu desta possibilidade pois uns metro abaixo ela escorregou e bateu o joelho bem na quina do degrau, como esta dor do caramba não fez ela acordar, é porquê ela sem esteve e tudo aquilo era real, embora parece o total oposto disto. Vendo que não iria chegar a lugar nenhum, mesmo morrendo de cansaço ela volta a descer as escadas pros andares abaixo, ela já tentou abrir as por que se repetiam, mas todas não demonstravam que iriam abrir tão cedo, mas ao abaixar ela nota que algo surgiu bem no meio do caminho de volta, uma grande parede de concreto, ela não faz a minima ideia de onde aquilo veio, uma barreira se formou para ela, impedindo da mesma voltar, sem questionar muito, sabia que não tinha como aquilo ser quebrado, nada de natural estava acontecendo ali, era como se ela tivesse ido parar em outro mundo, muitos entrariam em pânico, BAAM! Um grande estrondo é soado, viajando por toda aquela estrutura de concreto, mas no momento que aquele muro surgiu, a mulher tentar demonstrar reação a isto mas Eva mudou, era como se algo tivesse limpado suas emoções, ela não estava conseguindo sentir nada, uma apatia a pegou, ela não conseguia ficar com raiva, tristeza, medo, ansiosa, assustada, eu ia falar que ela estava ficando angustiada, mas nem isto.
Horas se passaram, Eva estava muito cansada e com um certo calor, tanto que acabou tirando o jaleco e amarrando na cintura pois ela estava até soando, a mulher ainda se sentia estranha, ela realmente não conseguia expressar nenhuma emoção, parecia um robô, ainda sentia a fome, calor e cansaço, mas não tinha nenhum sentimento, ela entende que isto possa ser influência da escadaria, deste mundo que acabou parando, ela já tinha ouvido várias histórias sobre isto no passado, mas nunca levou a sério, pensou que eram apenas boatos, mas como visto Eva estava errada, ela tentou ficar frustada por este fato mas sem sucesso. Uma máquina de comidas num andar é achado, Eva aproveita e corre até ela pois estava morrendo de fome, de acordo com o seu relógio mental, faz quase um dia inteiro que ela estava subindo estes degraus, Eva suspeitava que não iria conseguir resistir, mas graças a Deus apareceu esta máquina de vendas, que tinha um modelo peculiar, ele tinha a aparência comum como qualquer outro aparelho do tipo, de cor preta, mas ao lado do vidro, ao envés de ter um painel numérico, tinha só um grande botão vermelho, Eva questiona se era só isto, mas como a fome era maior, apenas apertou, e a prateleira derrubou um saco de batatas com pacote vermelho que não tinha nenhuma marca registrada, mas sem demora ela abre e devora tudo que tinha, sendo o bastante para encher, quando termina, as luzes das escadas apagam, com a única luz iluminando agora era apenas a da máquina, Eva tenta sentir medo com aquele acontecimento repentino, mas como não conseguia, apenas fala para se mesmo que queria voltar para casa, Eva andou naqueles degraus por muito tempo, precisava descansar, então com muito sono ela simplesmente se deita no chão e dorme imediatamente, sempre pensando numa forma de escapar dali.
BAAM! Outro estrondo alto acaba acordando Eva por susto, ela se levanta rapidamente, desesperada e assustada, logo percebe que tinha voltado ao normal, ela estava com sua cabeça e emoções funcionando normalmente, parece que aquele barulho tinha desligado e religado seus sentimentos, agora com tudo no lugar, Eva se sente confusa e perdida, aquele lugar era imprevisível, infelizmente não tinha fim também, ela também começou a ficar ansiosa, pois se aquele estrondo vir de novo, poderá afetá-la ou quem sabe coisa pior, então sem demora, aproveita para pegar mais algumas comidas da máquina de lanches e volta a subir a escada, degrau por degrau. Dias ou quem sabe até semanas se passaram, a noção de tempo já foi completamente distorcida, a mente de Eva já ficou bastante deteriorada, cansada, tonta e se esqueceu de muitas coisas, tudo que sabia e conseguia era subir aquelas escadas, a comida que tinha pegado já havia acabado a vários andares, mas sempre que isto acontecia uma outra máquina de lanches aparecia, era como se alguém ou algo quisesse mantê-la ali, não queria deixá-la morrer, apenas queria ver até onde sua mente ia, talvez uma piada cruel do destino, isto poderia acontecer com qualquer, mas aconteceu logo com ela. O fato é que ela não está andando em círculos, tipo em um loop, até por que ela iria conseguir ver isto, sem contar o lixo de pacotes, tampinhas, garrafas e outras coisas que ela vem deixando para trás, ela nunca mais se depara com eles de novo, infelizmente o lugar todo também não mudava, eram os mesmos degraus, teto e paredes cinzas de concreto, estava ficando cansativo em ver isto, portas que não abrem e canos aparentemente infinitos também.
Eva estava toda suja, suada, cabelos bagunçado e quebradiços, grande parte de sua roupa também estava no mesmo estado, tendo que tirar o jaleco e a blusa por conta do calor, dores nas costas, a mulher se senta, com várias dores pelo corpo e olheiras pesadas, pois sempre tinha que dormir no chão duro deste lugar, junto quando as luzes se apagavam, muitas vezes tendo só as luzes das máquinas, ou completamente no escuro pois estes apagões são aleatórios, a deixando com medo e paralisada até a luz voltar. Falando nisto, facilmente se passou quase 2 messes, aquele estrondo nunca mais apareceu, de novo, ela ficou aliviada pois realmente não queria saber o que poderia acontecer caso aquele tremor visse de novo. Cansada, Eva se senta num degrau e encosta a cabeça na parede para descançar.
BAAM! BAAM! BAAM! BAAM! BAAM! Várias explosões de barulho seguida, dando um susto em Eva, que a faz levantar, mas perder o equilíbrio, a derrubando, fazendo ela cair e rolar vários degraus até o andar lá embaixo, batendo com tudo no chão, uma dor escruciante em sua perna é sentida, ela se arrasta até a parede onde se encosta, eee, é, um osso quebrou, ela não iria conseguir andar assim, ao ver a situação em que estava, Eva começa a chorar, se perguntando do porquê isto tudo estar acontecendo com ela? Não conseguia se lembrar se fez algo de ruim, suas memórias estão voltando agora, mas nada a faz conseguir entender do motivo dela estar ali, talvez por ter pego as escadas, quebrou alguma regra, poderia voltar para ver se a parede ainda estava lá, mas, não importava mais, com sua perna quebrada, Eva sentia que iria morrer ali.
Porém ela percebe que continua normal, ela olha em volta, a aparência do lugar tinha mudado, estava tudo rachado e aparênica velha, com figas de ferro aparecendo, cipós, vinhas e musco é evidente por toda a parede e teto, além disto uma luz diferente das lâmpadas brancas estavam sendo emitida, ela olha pro lado e se espanta pois um grande buraco tinha surgido na parede, e aquela luz parecia ser de Sol, Eva olha e vê que parece ser uma cidade, só que não era a sua, pois tinham vários prédios e a geografia era diferente do que ela se lembra, além disto estava tudo destruído, parecia que um apocalipse tinha acontecido, um monte de coisa destruída, envelhecida e tomada pela natureza, as construções estavam sendo tomadas por cipós e árvore enormes, Eva olha para baixo e vê que estava extremamente alto, vários kilômetros de altura do chão, que estava coberto por uma tensa floresta que estava se expandido e consumindo tudo. Eva fica cada vez mais encantada e confusa, tudo parecia tão surreal, parecia um sonho, aquilo era o futuro? Outro mundo? Ela cosita na possibilidade de não conseguir voltar para casa, a dor de sua perna quebrada aumentava, a deixando muito cansada e começando a desmaiar, ela começa a fechar os olhos, deixando sua visão fica embasada, mas quando isto acontece, ela ver uma pequena sombra, muito minúscula mesma subindo o degrau a sua frente, depois uma maior, parecendo uma pessoa adulta, que ao ver a mulher, se aproxima, mas justo neste momento Eva desmaia completamente.
Horas depois Eva acorda, mais se assusta ao perceber que acabou acordando em uma cama num quarto bem pequeno, tudo de concreto como sempre, mas também tinha um ármario pequeno e uma penteadeira onde a roupa que tinha tirado por causa do calor estava dobrado, confusa ela tira o cobertor de cima, sua perna tinha sido enfaixada, confusa ela se levanta da cama, com a ajuda de uma bengala deixada ali do lado, ela anda para fora deste quarto, se encontrando agora em um pequeno corredor, parecia um daqueles apartamentos minúculos de prédios, Eva anda pelo corredor, tinham mais algumas portas, ela abre uma e era meio que um banheiro, a outra dava para um outro quarto, com uma cama de casal, com uma tv na frente ligada, em cima do colchão tinha uma menina pequena de uns 8 anos assistindo um desenho que passava, Eva se aproxima para tentar conversar.
Eva-Eeeh, olá?
???-Há nova visitante! Bem vinda meu nome é Obi.
Eva-Ah! Sou Eva, o que está acontecendo? Que lugar é este?
Obi-Meu mestre e minha irmã te acharam durante a expedição e te trouxeram aqui para cuidá-la.
Eva-Mestre?
Obi-Sim, ele tá te esperando na cozinha, vem eu te mostro.
Eva-Tá bom.
Obi se levanta e leva a mulher até um cômodo que era cozinha e sala ao mesmo tempo, no meio tinha uma porta de vidro, atrás do balcão tinha um homem virado de costas, Obi indica que era ele com quem devia convesar, depois a menininha vai até o sofá sentar, Eva olha e nota que tinha uma coisinha pequena, parecia uma menina só que ela tinha só uns 15 centímetros de tamanho, muito menor até que um bebê humano normal.
Obi-Está é a minha irmã Ani.
Ani-Olá madame, é um prazer ter sua visita aqui.
Eva-Eh, tá, vocês que me ajudaram na escada?
Ani-Eu e meu mestre faziamos uma exploração de reconhecimento quando te achamos desmaiada, cuidadamos de sua perna inclusive.
Eva-Oh! Obrigada.
Ani-Sabemos que precisa de mais ajuda, Mestre Walk está ali na cozinha, converse com ele para saber mais.
Eva-Tá, mas o que...
Ani-O que eu sou? Não importa, você tem mais com o que se preocupar.
Obi-Irmãzona tá certa, Mestre Walk irá ajudá-la, vai logo Eva.
Eva-Tá bom.
Obi-Tá Eva, me conta como foi a exploração?
Ani-Tá maninha, foi...
Eva vai até o balcão e senta num banquinho a frente, a mulher ver o homem de manto preto, capus e um chapéu bem estiloso até, a moça chama a atenção dele, Walk se vira e mostra que sua cara em coberta por uma máscara de passáro, parecia ser da época da peste, um monóclo num lado, toda suja costurada e branca, Eva se assusta com este visual, quase caindo para trád.
D.Walk-Saudações,calma Eva, não precisa ter medo.
Eva-Como você sabe o meu nome?!
D.Walk-Minhas meninas falaram seu nome agora pouco ué.
Eva-Ah tá!
D.Walk-E pena que você não conseguiu ir na sua reunião do emprego.
Eva-...
D.Walk-É também sei de muita coisa humana.
Eva-Humana?
D.Walk-Quer um café?
Eva-...Tá pode ser.
D.Walk-Biscoitos, bolo?
Eva-Não, obrigado.
D.Walk-Tá bom, meninas! Biscoito!
Obi-Eba!
Obi sai do sofá carregando Ani até o balcão, se sentando lado de Eva.
D.Walk-[Começa a esquentar o café] Tempos difíceis né?
Eva-Desembucha!
D.Walk-Tá! Primeiramente o que quer saber?
Eva-Quem é você?
D.Walk-Eu sou doutor Walk, alquimista e taumaturgo especializado, gosto de realizar uns serviços e ajudar umas pessoas por aí.
Eva-Elas ali são suas filhas?
D.Walk-De certa forma sim, elas são minhas discípula, Ani a mais velha, eu que criei e Obi achei abandonda e perdida em uma de minhas viagens e acabei a adotando.
Eva-Dicipulas, elas são meio que apredizes, assistentes?
D.Walk-Por aí, mas a trato como filhas.
Eva-Tendi, inclusive obrigado por me ajudar
D.Walk-Você é uma mulher azarada por parar nestas escadas.
Eva-Ma que diabo de lugar é este afinal?!
D.Walk-Uma grande anomalia, para ser mais exato um buraco de minhoca.
Eva-Minhoca?
D.Walk-Uma fenda, um túnel que passa por várias partes do espaço tempo.
Eva-PERA! Então o lugar que tinha desmaiado era o futuro ou algo assim?
D.Walk-Futuro, outro mundo, o que importa que você acidentalmente entrou num túnel que passa por tudo isto.
Eva-Meu Deus.
D.Walk-Falando nisto vem comigo, vou te mostrar uma coisa.
Eva-Tá bom.
Eva é levada até a porta de vidro da casa, onde do outro lado dava para ver a escada, a casa deles ficava na parede, intrigada a mulher se vira para Walk para perguntar mais coisas, mas nota que o doutor estava contando, neste momento Eva presta atenção no fato das mão dele parecerem ser feitas de metal e mecânicas, no pulso tinha um relógio.
D.Walk-3,2,1
BAAM! Aquele estronto de forma abafada é ouvido através do vidro, uma espécie de onda passa pela escada, tremento tudo, inclusive a casa, Eva tenta se segurar para não cair, as meninas também faziam isto, mas Walk foi o único que não reagiu. Quando o tremor para, Eva volta a olhar pelo vidro da porta, a escada tinha mudado de novo, agora ela era feita de uma madeira escura pregada, e a frente ao envés da parede, deu lugar para um grande corpo de água, tipo um oceano.
Eva-Está coisa! Eu ouvi isto antes.
D.Walk-Sério?
Eva-Sim umas 5 ou 6 vezes, uma desligou minhas emoções temporariamente, ainda bem que foi por um momento e voltei ao normal, o último que ouvi, me mandou para aquele mundo pós apocalíptico, mas foi completamente do nada, por isto caí e minha perna lascou toda.
D.Walk-Parece ser aleatório, mas tem um padrão, só que é difícil calcucular quando os tremores acontecem.
Eva-Mas afinal de contas o que seria isto?
D.Walk-Sendo uma anomalia, buraco de minhoca que passa por vários mundos, é um lugar bem instável, esses mini terremotos são que nem interferências, distorcendo a matéria, aparência, a realidade ao retor deste lugar é abalada e mudada bruscamente.
Eva-Nossa.
D.Walk-Os Únicos lugares como este tem uma proteção que impede de ser afetado.
Eva-Tá mas como eu volto para casa, meu mundo?
D.Walk-Venha comico.
Walk e Eva volta para cozinha, onde o café é servido para a mulher, ele pede para a mesma esperar, o alquimista vai pros fundos, deixando Eva sozinha com as garotas.
Obi-Entãoo, como é o lugar de onde você veio?
Eva-Não é nada demais, tudo normal, prédios, floresta, só isto.
Ani-Ah, uma Terra padrão.
Eva-Bem existem várias lendas e boatos de coisas sobrenaturais, pensava que eram só mitos, mas quebrei a cara.
Obi-Ani, será que não é a árvore que você e o mestre vão com frequência?
Ani-Talvez, Eva, por acaso esses relatos falam sobre magia, monstros, mais principalmente uma floresta?
Eva-Acho que sim.
Ani-Bem, se pá é mesmo maninha.
Eva-Espera, mas que história é esta de árvore?
Ani-Nada não, não precisa ficar pensando nisto.
Eva-Tá, mas posso saber só de uma coisa?
Obi-Fala aí.
Eva-Qualé do Walk? Poderiam falar alguma coisa sobre ele?
Ani-Eu amaria, mas nós não sabemos muito sobre ele, o mestre é muito reservado, esconde muita coisa.
Obi-Preferimos não se aprofundar muito nisto.
Ani-Tudo que sabemos é que ele viaja para vários mundos, eu ajudo ele a um tempo, Obi tá nesta a mais pouco tempo que eu.
Eva-...
Ani-Algo bom a apontar é que ele é muito velho, bem mais velho até que seus pais, ou quem sabe ainda mais.
Eva-Sério?
Ani-Como visto ele não é exatamente humano.
Eva-O que ele é então exatamente?
Obi-É a partir daí que não fomos mais fundo.
Ani-Tem coisa que é melhor ficar em segredo.
Eva-Mas e...
Quando Eva ía conversar mais coisa, o alquimista volta, ela finge que nada estava acontecendo, com um saco na mão, fica de frente do balcão, tira tudo que estava na sacola, um colar com uma pedra onde tinha gravado uma runa, Walk também tira uma corta bem longa, além do jaleco e gravata de Eva, ele também acaba oferecendo um pequeno frasco com um líquido roxo florescente para a mulher beber.
Eva-Quê isto?!
D.Walk-Confie em mim, você não tem muita escolha mesmo.
Eva-Huh, tá.
Eva toma aquela bebida estranha, sentindo um formigamento na boca no processo, segundos depois, dor em sua perna tinha diminuído, ela se levanta do banco, apesar de não ter sumido ou o osso ter ficado bom totalmente, de boa dá para andar sem uma bengala agora.
D.Walk-Está poção a ajudará a ficar de pé por um tempo, recomendo não soltar a bengala.
Eva-Nossa, incrível, valeu.
D.Walk-É o meu trabalho, agora você poderá voltar para casa.
Eva-SÉRIO!?
D.Walk-Calma madame, não é tão simples assim, terei que explicar algumas coisas.
Eva-Terei que usar isto que você trouxe?
D.Walk-Sim, você terá que voltar a subir as escadas.
Eva-Sério?!
D.Walk-É o jeito, quando subir uma passagem para fora deste lugar será aberta.
Eva-É!?
D.Walk-Calma! Não será tão fácil, você não poderá simplesmente entrar nele, se fizer isto, você irá parar em um lugar completamente aleatório que não será sua casa, se isto acontecer, sem mais volta.
Eva-[Engole seco]Entendi.
D.Walk-Sendo mais exato, um estrondo terá que vir, fazendo um monte de buracos surgir nas paredes, no final da escada do andar que estiver, terá um telefone antigo, ele começará a tocar, aí apenas siga todas as instruções que voz dizer sem erro, entendido?
Eva-Entendi.
D.Walk-[Entrega a corda e bota o colar no pescoço de Eva] Perfeito, pode ir quando quiser, mas se quiser ficar mais um pouco...
Eva-Não, obrigado por tudo mais, eu tenho que ir.
D.Walk-Não poderei impedi-lá pelo visto.
Eles saem da cozinha e vão até a porta de saída, Walk pede para esperar mais um pouco e:BAAM! Outro estronto, mais um abalo que faz aquela escada de madeira voltar a ser a escadaria de pedra, Eva sai da casa deles, que realmente ficava no meio da parede deste lugar infinito, com uma planta e uma lâmpada acessa encima da porta e um número 37 ao lado, as crianças acenam se despedindo dela.
Obi-Tchau Eva.
Ani-Adeus, foi um prazer em te conhecer.
Eva-Também fofa.
D.Walk-Adeus, boa sorte e se lembre, eu estou de olho em tudo.
Ani e Obi-...
Eva-Tá...Até a próxima quem sabe.
Após se despedir daquela família no mínimo diferente, Eva se vira e sobe alguns degraus, mas após uns centímetros acima, se lembra que deveria falar mais uma coisa, ela vira para trás, porém a porta e a casa inteira tinha sumido, deixando só aquela parede cinza e vazia para trás. Sendo sincera consigo mesma, ela nem fica surpresa, bem com a corda e um colar em pose, ela fixa que queria voltar para casa, mesmo isto significando que ela teria que subir mais uns andares de escada e tendo que enfrentar tudo que aqueles tremores mandassem, mas determinada a termina com isto tudo logo, Eva respira fundo e volta a subir.
Dregraus e mais dregruas, andares e mais andares, Eva tem quase certeza de que quase um ano ou mais se passou, continuando em sua rotina, as máquinas de lanche continuam para mantê-la viva e hora ou outra dorme um pouco quando as luzes se apagam, ainda tendo a corda e o colar, lembrando das instruções de Walk para sair dali. Aqueles estrontos continuavam acontecendo, ainda aleatórios, a pausa de um pro outro do nada trocava, as vezes vinhas dois em seguida, as vezes o intervalo era de até 2 dias e claro que a cada tremor a escadaria mudava, Eva já viu muitos cenários, viu tudo virar espelho, tudo ficar pintado de preto, foi muito difícil andar quando isto aconteceu, também houve das paredes virarem aquários com peixes e águas, várias gavetas que ao abrir tinha apenas meias dobradas, florestas e espaço apareceram, Eva também apareceu em um céu azul cheio de nuvens com máquinas voadoras ao longe, a mulher pensou em chamar a atenção mais desistiu por medo, teve passáros, montanhas, laboratórios vários cenários que saíram de filmes, teve até um momento que a escada ficou com uma linha reta, feita de metal e sustentada por cabos, lá embaixo tinham vários prédios ou estruturas enormes, tão grandes e altas que nem dava para ver a base, só uma escuridão. Estes abalos na realidade também afetavam Eva, mudando seu corpo fisicamente, mentalmente de forma mais específica ou mais evidente, não tendo mais a sensação de cansada, se sentindo mais forte, ficando cega, se cabelo ficou extremamente longo ou outra de seu corpo mudava de tamanho, ficou com um olho, virou uma criança, envelheceu, qiase morreu pois uma fez seu coração começou a desacelerar seus batimentos, pálida e várias outras coisas, mas logo depois ou um pouco mais, depois de um estrondo, tudo voltava ao normal, independente de tudo, Eva continuava subindo e em frente, se esforçando para sua sanidade não ir pro além com tudo isto.
Fácilmente se passou mais de 1 ano e uns messes, Eva estava ficando sem esperanças de achar a saída que Walk falou, sem sinal do telefone até agora, a mulher até pensou em desistir e aceitar que pode nunca sair deste lugar BAAM! Mais um tremor, só que este parecia mais forte que os outros, quando terremoto para, Eva nota que as luzes tinham se apagado, ficando tudo escuro, mais logo depois é tudo iluminado pois a parede ao lado tinha ficado cheia de buracos, Eva olha através de uma delas e ver um mar de nuvens bem brancas lá embaixo, com explosões de luzes, parecendo raios estourando, ao fundo tinha uma lua bem grande.
No momento em que Eva se lembra do que Walk falou, um sino é tocado lá encima da escada, empolgado a mulher sobe, parando em um lugar que não tinha mais escada, só uma plataforma maior, na parede tinha uma mesa de madeira, encima tocava o telefone que Walk falou, de cor preto, parecendo um aparelho de modelo bem antigo dos anos 30, disco de discagem, fones separados e um fio longo que se estende e afunda no chão. Antes de Eva atender, tinha colado na parede um bilhete de aviso, explicando que a pessoa deveria seguir todas as instruções que o telefone dasse corretamente, e que era para ser rápido, pois se um estronto vir, o telefone irá sumir e poderá reaparecer muito tempo depois, então ansiosa, Eva acaba atendendo o telefone.
Ao colocar o telefone no ouvido, uma voz masculina e robótica é ouvida do outro lado, que começa a falar:[ALÔ, ALÔ! OBRIGADO POR UTILIZAR A NOSSA LINHA TELEFÔNICA DE AJUDA, NÓS ESTAMOS EM VÁRIOS LUGARES PARA AJUDAR PESSOAS COMUNS A RESOLVER PROBLEMAS ANÔMALOS, ANORMAIS E SOBRENATURAIS!] Segundo a descrição, ele não está falando de pessoas em si, mas literais telefones que agem sozinho, Eva continua a ouvir:[Caso você esteja tendo problemas com uma entidade-DIGITE 1/Se uma distorção na realidade aconteceu-DIGITE 2/Caso esteja preso em um mundo que não seja o seu-DIGITE 3]A mulher acaba discando este número, neste momento o telefone começa a tremer, dando até um choque na mão de Eva, então o telefone começa a falar outra coisa.
Telefone-Alô humano.
Eva-Alô?
Telefone-Se você está usando está unidade telefônica, significa que você está em um buraco de minhoca, quer voltar para casa?
Eva-Sim.
Telefone-Caso tenha se deparado com o alquimista Walk ele deve ter te dado uma série de itens, certo?
Eva-Certo.
Telefone-Descreva estes itens.
Eva-Tá, uma corta bem longa e um colar onde a peça principal é uma pedra, com uma runa no meio.
Telefone-Estamos processando estás informações, espere um momento.
Eva-(Pensa:Isto é meio que um robô ou i.a?)
Telefone-100%! Caso você esteja em uma escada e tenha encontrado esta unidade, desça 5 degraus, se tiver um buraco ao lado, amarre a corda em um lugar para ficar preso, atravesse o buraco e desca até ficar um pouco acima das nuvens)
Eva-QUÊ!?
Telefone-Está não é a parte mais difícil, derrame uma gota de sangue no colar antes, lá embaixo balance o colar,remexendo as nuvens por 10 segundos, quando fizer isto, solte a pedra deixando ela cair lá embaixo, depois solte a corda e caia.
Eva-...
Telefone-Humano eu sei que isto pode dar medo, mas nunca custa tentar, seja rápido, caso o estronto venha, isto tudo irá sumir e poderá nunca mais fazer isto.
Eva-Tá bom.
Telefone-Obrigado por utilizar está unidade telefônica, caso precise de ajuda no futuro, procure nossa linha, adeus.
Eva-[Desliga]
Walk tinha falado para seguir tudo que o telefone falasse sem erro, então Eva mesmo com medo, começa a seguir estas instruções, para oferecer uma amostra de sangue, ela pega uma lasca de pedra ali e faz um corte em seu dedo e derrama umas gotas na runa, ela amarra a corda num cano e em sua barriga, desce o número de degraus descritos, realmente fica ao lado de um buraco, ela olha para baixo e era extremamente alto, dava para ver só nuvens lá embaixo, ela pega fôlego e atravessa a janela, descendo com cuidado, tendo auxílio da corda ela fica a uns centímetros da nuven, ela olha ao redor e para cima, aquilo ela tipo uma torre enorme em forma quadrada, estedendo-se para cima, provavelmente se conectando a outros mundo e tempos.
Ela pega o colar e balança aquilo nas nuvens, quando completa os 10 segundos, Eva solta a pedra que cai lá embaixo, uma mansa azul escura aparece e cresce, segundo o telefone só bastava ela se deixar cair, a mulher estava com muito medo pois não sabia se isto iria dar certo, se realmente iria voltar para casa ou se iria cair em outro lugar, poderia muito bem se dar mal, mas como não tinha escolha, ela começa a desamarrar a corda de sua barriga, porém com dificuldade pois o nó que fez foi muito forte. Mas qunado fazia isto ela começou a ser puxada para cima, com medo ela se pergunta o que era, ela tenta ver pelo buraco lá em cima, mas tudo que ver é uma sombra grunindo e rosnando, não querendo saber oque aquela coisa era, Eva no desespero tenta mas tinha dificuldade, estanto a pouco centímetros do buraco para voltar para escada, a moça apenas fecha os olhos esperando o pior.
BAAAAAAAAAAM! Um estronto, talvez o maior que ela tenha ouvido até agora soa, tremendo tudo, a torre acaba sumindo, junto com a criatura e principalmente a escada, partindo a corda, deixando Eva pro lado de fora, fazendo cair e afundar naquelas nuvens, não parecia ter fim, uma chuva vorte caía abaixo, vários relâmpagos caem para todos os lado, Eva continua caindo até se reencontrar com o colar que também continuava caindo, ela estica o braço para tentar pegar, mas no momento que ía fazer isto, um grande relâmpago a acerta bem na barriga.
Tempo depois, Eva acorda do desmaio, vendo que tinha parado em cima de uma maca num hospital, sentindo fortes dores nas costas, uma enfermeira aparece, fica feliz que ela tenha acordado, Eva pergunta o que aconteceu , a médica explica que ela foi achada no meio da rua durante uma tempestade quando um raio caiu, acreditam que tenha acertado e deixado ela em coma por umas semanas, além de ter sumido por um ano antes disto. Eva pergunta de seu emprego, a médica diz que ela acabou sendo demitida por ter atrasado, era para a mulher ficar frustada com o que aconteceu, mas com tudo passado isto não era nada, a enfermeira sai do quarto falando que iria informar os familiares dela que tinha acordado, também fala que tinham entregado um presente a ela estava do lado numa mesa.
Eva fica aliviada que conseguiu voltar para casa, embora tenha uma pulga atrás se aquilo foi real, a mulher se levanta e vai até um espelho que tinha ali, olha suas costas e realmente tinha uma baita cicatriz de queimadura nas costas. Eva ver o presente que lhe deixaram, ela pega e rasga o embrulho, revelando ser um pote e dentro do bote tinha um pedaço de bolo, com um bilhete, era de Walk, falando que ficou feliz dela ter voltado e ter ficado bem, era a prova que Eva precisava de que tudo isto não era um sonho, a mulher apenas começa a comer este bolo, aliviada por todo o sufoco que passou, tirando a possibilidade dela ter desenvolvido um trauma por escadas, está tudo bem.
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