A Cabana
Cap.1 Achado na floresta
Em uma cabana de madeira velha isolada no meio da floresta, viviam um casal de velhinhos, Theo e Olga que já viveram muito tempo juntos, praticamente completaram várias décadas de noivado, eles moravam neste lugar pois foi de herança de Theo, infelizmente eles tinham uma vida bem solidária, pois não tinham filhos, muito menos netos, também não tinham um familiar vivo ou que pudessem se lembrar deles, mas meio que eles já são acostumado, vivendo da lenha e da caça, com tudo que tinha era suas crença, embora fizessem várias coisas para passar o tempo a ponto deles nem notarem a sua passagem, fazer chá, caçar, cortar árvores, uns jogos de tabuleiro velho, entre outras coisas, eles realmente não ligavam para esta vida solidária, embora tenham que admitir que hora ou outra desejem ter mais alguém ali, tipo um filho ou filha. Noites se passam, era bem comum chover por ali, poucas tempestades graças a Deus pois nem a pau esta cabana velha aquenta, mas era praticamente 1 a cada 10 queda d'água, a casa sempre sofria danos nestes casos e Theo sempre tinha que consertar quando isto acontecia, até que nesta noite foi só uma ventania muito forte, derrubando várias árvores, fazendo voar um monte de coisa e sem contar o baita barulho que fazia, o casal estava na cama juntos, tentando dormir, Olga ficava inquieta mas ao abraçar o marido ela se acalma, Theo apenas se preocupava no tanto de coisa que teria que arrumar amanhã, mas sabendo que teria que acordar bem cedo para isto, o velho acaba se ponto para dormir.
No dia seguinte, o casal acorda, aquela ventania não estava para brincadeira, fez barulho a noite inteira, atrapalhando o sono deles, por isto os mesmo se levantam meio cansados, mas sabendo que tinham que continuar aquele dia, seguem sua rotina normalmente, trocar de roupa, arrumar a cama e preparar café da manhã, Olga sempre faz um café delicioso, pois Theo sempre a elogia.
Theo-Gostoso como sempre minha velha.
Olga-Obrigado, mas então, tu vai sair hoje?
Theo-Sim, eu vou dar uma volta pela floresta ver se a tempestade trouxe algo interessante.
Olga-Tome cuidado.
Theo-Eu vou amor, relaxa.
Olga-Não se esqueça de se agasalhar.
Theo-Supimpa, também vou levar a minha escopeta caso algum animal esteja agitado e vem para cima de mim.
Olga-Primeiro termine a merenda.
Theo-Tá amor.
Então após comer a sua comida, Theo coloca seu casaco e botas, pega a sua arma e sai para a caminhada matinal, andando na lama, se aprofunda na floresta que os cercavam, muitas árvores caídas foram derrubadas por causa da ventania, o velho também passa por uma ladeira que pelo que dá pra ver teve um deslizamento de terra, ele se sente sortudo por isto não ter acontecido perto de casa, ele também aproveita para pegar algumas frutas que caíram das árvores e coloca no cesto que também trouxe, assim comer elas mais tarde, mas o homem esperava algo a mais, não tinha nada de muito interessante por ali aparentemente, parecia que aquela tempestade não trouxe nada de mais, por isto Theo acabou abaixando a guarda, pensando que não precisava ficar tão atento. Muitos minutos depois, nosso caçador já estava pensando em voltar e contar para a sua mulher que não tinha acontecido nada demais ontem a noite, quando ia retornar, do na um som estranho é emitido das árvores, Theo imediatamente prepara o escopeta, quando começa a prestar atenção no que ouvia, parecia mais ser um gemido de alguém, parecendo que alguém estava precisando de ajuda, o velho querendo ajudar segue o barulho, que quando mais anda parece mais estranho, pois depois de uns segundos, parecia que acada gemido vinha um miado fino de gato, mas não se importando, se apresa, após finalmente chegar na suposta origem do som, ao invés de achar alguma pessoa, a única coisa que achou foi um pequeno gato doméstico preto em uma abertura da floresta, o bichinho estava desmaiado e obviamente precisava de ajuda, pois parecia desnutrido e com fome, por um minuto Theo pensa no porque diabos um gato estaria fazendo numa floresta desta, mas ignorando qualquer questionamento, ele corre até o gatinho, vendo que na verdade era fêmea e ela realmente estava desacordada, mas ainda respirava e por algum motivo na pata dela tinha uma espécie de pulseira de papel e nela estava escrito: C-178, mas ignorando, ele pega a gata com muito cuidado e coloca na cesta, por fim levando ela para casa, assim ele e sua esposa poderão tratá-la e cuida-la.
Olga estava na varanda tricotando em cima de sua cadeira branca enquanto esperava o seu marido voltar, felizmente depois de um tempo ela ver ao longe seu marido voltando, animada se levanta da cadeira para acenar, mas já de longe percebe que ele carregava algo estranho e preto na cesta, ao chegar mais perto, Olga pergunta o que diabos era aquilo na cesta, o velho explica que era uma pequena gatinha que achou na floresta, e que ela parecia está bastante cansada e machucada, o caçador faz o pedido se poderiam ficar e cuidar dela? inicialmente sua esposa tinha em mente em não deixar, mas ao ver o animal, ficou com pena e também raciocinou que poderia ser uma boa companhia, no final ela acabou permitindo que a gata ficasse com eles. Ao entrar eles preparam uma caminha onde a gatinha podia se deitar, além de colocar dois potinhos, uma com água e outro com comida, Theo coloca a gata que ainda estava apagada neste cantinho da cabana, esperando que ela acordasse, enquanto isto conversam sobre a mesma, por exemplo como ela veio parar ali?
Horas depois a gatinha acaba acordando, abrindo seus olhos, mostrando que um era verde e outro amarelo, a gata olha em volta e estranha o lugar onde estava, mas a mesma morria de fome, então ao ver um pote de comida e água, avança para que possa se alimentar, ao se sentir satisfeita ela olha em volta para ver onde foi parar, percebendo que estava numa cabana de madeira. Justo neste momento Theo retorna, ao ver que agora a gatinha acordou, vai até ela e dar boas vindas, mas a mesma só dar um fino miado, o velho se sentiu meio besta falando com um animal e esperando resposta, mas então, ele a pega e leva a sua esposa para discutir com ela. No quarto, com a gata deixada na cama, Olga e Theo debatem sobre o que fazer com a gata, tendo vários planos, mas durante a conversa, a gatinha fica olhando e acompanhando a movimentação deles com a cabeça, além de parecer reagir com o que eles falam, parecia até que ela os entendia, mas então.
Theo-Acha que poderíamos ficar com ela amor?
Olga-Eu não sei, cuidar de gato deve ser difícil, não tem como arranjar outra pessoa para cuidar dela?
Theo-Olga, a cidade mais próxima fica uns 5 a 7 quilômetro daqui, mesmo que consegui-se chegar lá com ela, acho que seria extremamente difícil achar alguém para adotá-la assim.
Olga-Ah, então...
Theo-Você por acaso quer que eu a deixe na floresta sozinha de novo?
Theo-Não! Deus me livre, seria maldade, acho que ela não iria aguentar.
Theo-Até porque nem sabemos de onde ela veio, pode ter fugido de maltratadores ou criminosos.
Olga-Pois é, tadinha.
Theo-Então, o que me diz?
Olga-...Tá acho que não temos escolha, vamos adotá-la, queríamos uma companhia mesmo.
Theo-YEAH! Legal, mas então, ela precisará de um nome.
Olga-Pensou em algum?
Theo-Que tal Amastilde?
Olga-...
Theo-Sei lá, não veio nenhum nome bacana na minha cabeça.
Olga-Bem, acho que até amanhã pensamos em algo.
Theo-Bem vinda a casa gatinha.
Após tomarem a decisão de adotar a gata que ainda não tinha nome, Theo a pega e decide mostrar o resto da cabana para ela, um lugar meio compacto e pequeno, tinha 2 andares, mais um porão a baixo que podia ser acessado pelo lado de fora por uma porta trancada, tem o quarto do casal e outro que é usado para depósito, um banheiro minusculo menor que um quarto, mas era funcional graças a chuva, a cabana com uma cozinha, tinha armários, uma geladeira alimentada por um gerador lá fora, forno a lenha rústico de metal, com uma chaminé, a cabana também contava com uma sala de estar, nada de mais, também foi apresentada a varanda, que era decorada com luzes pisca pisca, por fim um escritório, com mesa cadeira, mas principalmente uma estante grande cheia de livros, vários tipos e formados, a gata parece que ficou interessada, pois seu olhar fixou nestes livros tanto quanto entraram, Theo estranhou este comportamento, mas nem ligou, o importante é que conseguiu mostrar quase toda a casa para o novo pet, então a soltou de seu colo, deixando a livre para que possa se acostumar com a casa.
Escurece, após a janta, o casal se apronta para dormirem em seu quarto, aproveitam e decidem que a gata iria dormir com eles, também tiraram aquela pulseira C-178 da pata dela, teorizaram que era de algum centro de pesquisa de onde a gata veio, eles torcem que o mesmo não esteja a procura dela. Mas enfim eles acabam adormecendo com a gatinha em cima deles, mas na madrugada, a gata acaba acordando, saindo da cama e vai até o escritório, onde fica aquela estante cheia de livros, no qual ela fica encarando.
Chega o dia seguinte, o casal acaba acordando, logo notam que a gata tinha sumido, levemente preocupados se levantam para procurarem, mas o bom é que acabam a achando na sala dormindo na poltrona, aliviados, começam o seu dia, Olga bota o café e uns biscoitos para assar, Theo vai até o escritório onde guarda o seu equipamento, se surpreende pois lá tinha uma pequena bagunça, alguns dos livros que estavam nas prateleiras da estante agora estavam no chão, ele se pergunta o que aconteceu, até presumir que tinha sido a gata que derrubou, mas algo chama sua atenção, os livros estavam abertos, como se alguém tivesse lido eles, mas aí o velho pensa que estava exagerando, ele apenas arruma a bagunça e pega a sua escopeta junto com as balas, deixando tudo preparado para a caça. Com o café pronto, eles se sentam na pequena mesa da cozinha, a gata também tinha acordado, estava ali perto, aparentemente esperando algo, jogando um papo fora, tipo o Theo ter que conseguir mais carne pois estava acabando, Olga olhar a pequena horta que tinham, mas principalmente se já pensaram num nome para dar para a gata, a velha fala que tinha pensado em um monte de nomes, mas nenhum parecia encaixar, Theo também tava indeciso, mas quanto discutiam sobre isto, a pequena gata sai deste cômodo e volta com um pedaço de papel na boca, isto chama atenção do casal, a gata sobe na mesa e solta o papelzinho, parecia ter algo escrito nele, o homem pega e descobre que em letra cursiva tava:"Adeline'', espantados, eles olham para a gata, em que a mesma estava apontando e balançando a pata para se mesma, como se quisesse dizer que aquele era o seu nome, os dois não sabem nem como reagir a isto ou no que pensar, além do fato que esta gata é extremamente inteligente, pois aparentava saber português e entendia as coisas a sua volta, sem dúvidas aquela não era uma gata comum.
Olga-E então querido?
Theo-Sei lá, tô tão espantado, surpreso e levemente com medo como você.
Olga-Bem se ligarmos os pontos, ela pode ter ficado assim graças ao laboratório que veio, junto com a pulseira.
Theo-Eee, então? Adeline?
Olga-É um nome bonito[Olha para a gata] então, você quer que agente te chame assim?
Adeline-[Balança a cabeça para confirmar]
Theo-Ok, isto é incrível e estranho ao mesmo tempo.
Olga-Beleza, temos uma gata que possivelmente inteligente a nível humano...mas enfim, vamos continuar o dia.
Após este acontecimento peculiar, Adeline se apegou muito a eles bem rapidamente, uns dias se passam depois da chegada da gata preta em suas vidas, eles se apegaram muito a ela, também descobriram que sua inteligência realmente era nível humana, ela sabia ler e interpretar texto, demonstrava sentir emoções complexas como raiva, alegria, medo e culpa, de um jeito que um gato normalmente não sente, além disto sabia resolver problemas simples, como enigmas, charadas e jogos que faziam, era como uma pessoa em corpo animal, isto acabou fazendo com que Olga e Theo se apagassem muito a ela, começaram a tratar e se relacionar com Adeline como se fosse uma pessoa, inclusive do jeito que pais cuidam de um filho jovem, tratando feridas, confortando ela quando se sentia mal, ou seja estavam a vendo como uma filha que tanto desejaram, mas estavam com uma leve vergonha de admitir isto pois parecia esquisita demais na visão deles.
Por cima seguiram uma vida tranquila, os três juntos na cabana, vivendo como uma família, dias acabaram virando semanas, bem longas, de qualquer modo os velhinhos facilmente falariam que foi a melhor época da vida deles.
Cap.2 Caçadores
Tempo depois, em um dia normal e tranquilo a carne tinha acabado, então Theo teria que sair para caçar mais comida, então logo pela manhã ele se arruma, pega sua arma e mochila, por fim sai da cabana em direção a floresta, mas nota que a Adeline o estava seguindo, Olga aponta que pelo visto ela queria o acompanhar na caça, Theo fica meio receoso em levá-la pois podia ser perigoso, mas meio que acaba permitindo que ela o acompanha-se, assim o velho e a gata foram juntos para o fundo da floresta em busca de animal. Após alguns minutos de caminhada, Theo e Adeline ainda não tinham achado nenhum bicho, como não acontecia nada, o velho conversa um pouco com a gatinha ao seu lado, sabendo que entendia embora não fosse responder.
Theo-Olha o dia que te encontrei foi interessante, você ter passado a morar com agente foi a melhor coisa que podia acontecer.
Adeline-[Demonstra curiosidade]
Theo-Eu ganhei aquela cabana que é bem velha como herança de meu avô, já tinha me casado com Olga nesta época, como não tínhamos muito lugar para ir, passamos a morar lá, então vivendo naquela a casa há uns 40 anos mais ou menos.
Adeline-[Quer saber mais, faz um gesto para eles sentarem numa pedra ali]
Theo-[Senta]Olha não vivíamos tão isolados como hoje, a floresta antigamente era bem menor, nem parece como hoje, facilmente tínhamos acesso a cidade mais próxima, mas com o tempo algo fez com que ela começasse a crescer de forma desenfreada, com mais árvores e mata aparecendo, não adiantava cortar ou tenta reduzir, ela sempre cresce mais, ela para depois por um tempo, mas em intervalo de anos volta a crescer.
Adeline-[Presta muita atenção]
Theo-Mas enfim, a floresta cresceu aponto de tecnicamente consumir a cabana, deixando a mais longe das comunidades mais próximas que tiveram que imigrar para longe, cercando tudo com arame farpado, assim sendo mais difícil ir a ela, infelizmente parece que esqueceram da gente, também não tínhamos muitos parentes ou amigos que se importassem, só uns tios e primos, mas aposta que nem sabem que estamos aqui.
Adeline-[Nota que ele está quase chorando, se esfrega nele para confortá-lo]
Theo-Tá pequena, eu...
CRACK! Um som de galho quebrado é ouvido ao longe, animado o caçador prepara a arma na esperança de pegar uma bela carne de cervo, Theo e Adeline correm pela floresta seguindo o som de passos e galho quebrando, após uns minutos de correria eles acabam se deparando com uma estrutura de pedra, coberta de moitas e musco, parecia uma grande ruína, um telhado velho e bem no meio uma porta de madeira podre, o caçador se surpreende pois alega que passou por estes arredores um monte de vezes e nunca viu este lugar antes, parece que surgiu do nada, Adeline fica com o olhar bem focado na porta, ela queria saber o que tinha depois dela, Theo nota isto, mesmo parecendo meio perigoso, ele decide atender este pedido indireto da gata.
Com muita força Theo consegue arrombar a porta, assim descobrindo que aquilo era meio que um quarto, na verdade dava mais para uma biblioteca velha, tinha um monte de estantes, cheios de livros de vários formatos e tamanho, poltrona de aparência rústica, as paredes limpas tinham quadros e molduras com fotos, que infelizmente estavam estragadas e apagadas, provavelmente eram muito velhas, por fim uma coisa que chamava atenção, uma outra porta do outro lado da livraria abandonada, trancada, que analisando dava para um outro quarto. Theo fica surpreso e curioso com este lugar, Adeline estava fascinada com todos aqueles livros, ela queria vê-los, ainda por que os títulos te chamaram a atenção: "Alquimia básica","Bestiário","Manual contra monstros do escuro","Os 9 reinos", Theo não entendia nada daquelas coisas, pareceu ter saído de um conto de fantasia, o velho fala que eles iriam sair pois sentiu algo muito estranho em relação a este lugar, mas a gata preta nega, pois queria só uma olhada naqueles livros, resiste se agarrando quando ele tenta puxá-la. Neste conflito, eles ouvem algo estranho, vindo da porta no final da livraria, um grunhido, como se tivesse alguma coisa viva presa, que acabou descobrindo que tinha alguém ali, Theo não queria arriscar para ver se esse bicho era manso, então ele pede de novo para Adeline sobre sair dali, a mesma entendendo que não tinha escolha, solta e com calma saem da biblioteca, sem fazer nenhum ruído, mas sem querer Theo escorrega em um livro que estava no chão, fazendo cair no chão, solto um baita estrondo, isto vez o bicho acordar mais, ele dar várias batidas na porta, quebrando mais e em poucos segundos iria fazer ela cair, sabendo disto, Adeline sobe no ombro de Theo, o mesmo se levanta, disparando para fora da biblioteca, correndo para longe, ainda com a arma nas mãos, ao longe apenas ouvem uma baita explosão de som da porta sendo destruída, Adeline olha para trás, tudo que ver é uma criatura saindo da biblioteca, de braços e pernas bem longas, completamente retorcidos, o monstro era completamente coberto pelas sombras, o mesmo dar um salto extremamente alto para frente, subindo nas árvores, a coisa estava em cimas das copas perseguindo os dois, Theo ao mesmo tempo que corre, fica atento com a arma preparada na mão caso aquilo pule em cima deles.
A dupla continua correndo, até Theo ficar cansado, Adeline desce de seu ombro, a coisa pousa no chão e começa a correr em volta deles se preparando para atacar, Theo recua para trás, até ficar encurralado em um barranco bem íngreme, a gata estava morrendo de medo, até a sombra parar e encarar o caçador, como uma onça se preparando para dar um bote, com a arma e gatilho frouxo, o velho atira no momento que o monstro pula encima dele, mas infelizmente erra a bala, os dois acabam caindo no barranco, rolando e saindo em um monte de árvores com folhas bem volumosas lá embaixo, desaparecendo praticamente, Adeline que não foi pega, no topo do barranco, se vira para poder ir embora, mas a gata sabia que não iria conseguir abandonar seu amigo, que Olga ficará abalada se algo acontecer com ele, sua consciência também iria sempre cobra-lá, desce o barranco até as árvores lá embaixo, descobrindo que dava para um pequeno penhasco, com a base estando em um nível bem a baixo, os galhos eram bem grandes e grossos, o suficiente para poder andar se tomar cuidado, Adeline consegue achar Theo uns andares abaixo, infelizmente o bicho também foi salvo pelos galhos, o caçador acorda, ao ver que sua arma ficou pendurada num galho, estica seu braço para pegar, Adeline ver toda a cena, com muito cuidado desce os galhos para alcançar seu dono, mas aquele monstro acaba acordando, ele se levanta rapidamente, sobe os galhos para alcançar Theo, a gata sabia que não iria chegar a tempo, assustada e angustiada, vendo que não tinha escolha, enche o pulmão e grita-"THEO CUIDADO!" Theo escuta, tomando um susto que o faz olhar para trás, justo no momento que a criatura iria atacar, conseguindo pensar rápido, ele pega espingarda, balança e bate com força no monstro, fazendo ele perder o equilíbrio e cair do galho a muitos metros para baixo, o velho se surpreende pois a gata tinha falado, a mesma pede ele vir até ela devagar para não cair, apesar de toda estranheza, Theo ignora e começa a subir pelos galhos em direção para Adeline assim podendo sair desta teia de galho, porém o bicho lá embaixo não desistiu, acaba se recuperando da queda, ao ver sua presa subindo quase escapando, começa a pular de galho em sua direção, a dupla nota isto e começa a subir mais rápido, eles enfim conseguem chegar na beira do penhasco, mas quando aquele monstro sobe cada vez mais rápido, nosso caçador recalibra a arma, quando a criaturas das sombras dar um último salto para cair em Theo e Adeline, o mesmo dar um tiro, acertando aquela coisa no ar bem na cabeça, explodindo e voando um sangue vermelho bem escuro para todos os lados, a criatura já morta acaba caindo, rebatendo em todos os galhos até lá embaixo, aliviados por ter escapado, sobem o barranco, lá no topo eles se deitam para poder respirar um pouco.
Após descansar, os dois se levantam, Theo ainda abalado com o que aconteceu, se vira para Adeline.
Theo-VOCÊ SABE FALAR!?
Adeline-Oh! é, eeuu, sim, hã...surpreeesa?
Theo-Mas como assim? como...
Adeline-Qualé Theo, a esta altura do campeonato você nem deveria estar tão surpreso, meio que...
Theo-Quando que você iria revelar isto?
Adeline-Estava esperando o momento certo para revelar isto meu bem, não é tão fácil assim revelar estas coisas para humanos normais.
Theo-Tenho tantas perguntas.
Adeline-Calma, eu irei responder todas as suas dúvidas, ou pelo menos tentar.
Theo-Como assim tentar?
Adeline-Nada não, nada não, mas enfim, acha que aquele bicho já era?
Theo-Acho que sim, o tiro desta arma é bem forte, consegui dar conta.
Adeline-Queria ser uma caçadora boa assim.
Theo-Eu...posso te ensinar se quiser.
Adeline-Sério?!
Theo-Sim, posso te ensinar todas as técnicas e dicas que conheço.
Adeline-Legal!
Theo-Mas com uma condição.
Adeline-Qual?
Theo-Você terá que me ajudar a mostrar para Olga sobre este lance todo de tu saber falar.
Adeline-Tá bom...eu acho.
Theo-Ótimo, falando nisto, acha que deveríamos contar sobre o monstro para ela?
Adeline-Melhor não, ela não precisa ficar sabendo sobre isto, nem todos conseguem lidar com este tipo de coisa, não seria bom Olga sentir medo.
Theo-Faz sentido.
Adeline-Mas então, vamos logo voltar para a cabana, venha meu velho, talvez consigamos pegar algo na volta.
Theo-Não me chama de velho assim, olha o respeito!
Adeline-Mas eu tô respeitando, só quero que tome cuidado para não sentir dor na coluna durante a subida.
Theo-Já notei o seu deboche.
Adeline-Obrigada querido, amo elogios.
Após a conversa, eles sobem a ladeira e acabam voltando para a trilha de caça de Theo, onde por sorte conseguem um belo peru, seria o bastante para reabastecer o estoque de carne pois pelo visto a floresta estava meio escassa de animais ou estavam em pouca quantidade. Enfim ignorando este fato, o velho e a gata acabam voltando para a cabana pois a noite caiu de forma repentina neste evento, Olga os esperava na varanda, onde fica animada ao verem chegando com uma baita ave, ela acaba pegando o animal e vai em rumo a cozinha onde iria preparar a janta de hoje, vendo que estão a sós por uns minutos, Adeline explica que irá revelar tudo ou quase tudo no jantar, principalmente o fato dela falar, Theo assumi que ainda queria saber de mais, tinha várias perguntas.
Na mesa, o casal come e a gata no chão simplesmente sobe na mesa, Olga fica assustada, ela até pergunta se Adeline queria um pouco da comida dela, mas a mesma não faz, Theo espera como será a reação de sua esposa, Adeline respira fundo, se prepara e...
Adeline-Olga, em primeiro lugar se acalme.
Olga-...Tá eu tô, eu...
Theo-Sério? Pensei que...
Olga-UMA GATA FALANTE?! ESPERA VOCÊ SABIA DISSO?
Theo-Calma amor.
Adeline-Isto, calma querida vamos por parte.
Theo-Sim, olha também descobri hoje, e tive a mesma reação que você, sei tão quando também.
Olga-Tá, calma, é demais para processar.
Adeline-Quer algo?
Olga-Não, tô bem, é só susto.
Adeline-Beleza, por onde começo? Você podem fazer alguma pergunta?
Olga-Você é um gato mesmo?
Adeline-Bom, um cachorro é que não sou, hahaha.
Theo-Adeline! Eu falei...
Adeline-Sinto muito, é o meu charme, hihi, mas falando sério agora, sou uma gata, só que não exatamente, sou algo um pouco além.
Theo-Tipo...um gato mutante?
Adeline-...Hm...É...Acho que dá para classificar assim.
Olga-[Lembra daquela pulseira]Você veio de algum laboratório, centro de pesquisa ou algo assim?
Adeline-[Tom de raiva]ISTO NÃO É IMPORTANTE!!![Se acalma e respira] Digo, não é importante saber disto.
Theo-Tá, eu entendi.
Adeline-...Mas então queria agradecer.
Theo-Pelo quê?
Adeline-Por me salvar na floresta, me ferrei bastante por causa da tempestade, também estava seca de tanta fome.
Theo-Por quando tempo você ficou andando na floresta?
Adeline-Uns messes eu acho, a minha noção da passagem do tempo foi bastante prejudicada, pior por não achar comida.
Olga-Tadinha.
Adeline-Inclusive obrigada por me alimentar, você é uma ótima cozinheira.
Olga-Oh! Fico lisonjeada, falando nisto Theo tu falou que descobriu sobre a fala dela hoje, foi na caça né? O que aconteceu a final de contas.
Theo e Adeline-[Se encaram]
Theo-Bom, umaa, onça! Quase me atacou, aí a Adeline gritou para avisar, aí eeeu dei um tiro para cima que a espantou para longe.
Olga-Nossa que bom que vocês ficaram bem.
Adeline-É, mas então e agora?
Olga-Ah, pode continuar a morar com agente se quiser.
Adeline-Sério? Não acha isto estranho?
Olga-Bom sim, mas meio que não gostaríamos de te mandar embora.
Theo-É, pense que será melhor estar embaixo de um teto, a cidade mas perto fica a vários quilômetros, mesmo se conseguisse chegar lá, você não iria ter muito lugar para ir né?
Adeline-Bem, acho que sim.
Olga-Você tem alguma escolha melhor?
Adeline-Claro que quero ficar, só achei que...
Theo-Que nada, não precisa deste drama todo, nós até que gostamos de você.
Adeline-Oh, oh, não precisa desta intimidade toda, não sou muito disto.
Olga-Tá bom entendemos.
Adeline-Um ponto, Adeline é meu nome de batismo, sempre foi.
Theo-Tá, mas enfim para comemorar tudo isto, que tal irmos comer?
Adeline-Finalmente.
Olga-Vai ser interessante.
Theo-Lembrei, na semana que vem te ensino a caçar.
Adeline-Ótimo!
Após a conversa, onde apesar de Adeline ter explicado muito coisa, quis esconder muita coisa, passou a viver de forma mas íntima e próxima de Theo e Olga, podendo falar com eles normalmente, os mesmo também a tratavam como uma pessoa normal, Olga ensinou sobre muitas coisas, como cozinhar, fazer primeiros socorros e até costurar, a velhinha fabricou uma bolsinha que Adeline poderia colocar em suas costas onde poderia carregar as suas coisas, a gata ficou muito grata em relação a isto. Theo criou meio que uma rotina, onde ele a levava para a floresta caçar, nestas trilhas o velho deu vários ensinamentos e dicas, como usar todas as armas disponíveis, sempre ser furtivo e calmo, saber ser rápido e ágil, mas principalmente usar a inteligência, planejar a melhor rota para atacar, nestes momentos seu cérebro é o maior aliado, a gata mentalmente anotava tudo que aprendia, acabou desenvolvendo até suas próprias técnicas de caça, como motivação Theo fala que ela iria ser uma grande caçadora no futuro.
Eles não chegam mais nem perto daquela biblioteca estranha, tipo Adeline queria muito, mas Theo acabou a proibindo de ir lá, pois ainda suspeitava que poderia ser muito perigoso ir lá, nunca se sabe, a gata se sentia frustada por ser proibida disto, ela queria muito ler todos aqueles livros misteriosos que chamaram sua atenção, principalmente um, que estava escrito bruxaria, mas sabia que o caçador nunca iria deixá-la chegar perto ou tirar o olho dela em relação a isto, como sua curiosidade era maior, botou na mente que deveria esperar o momento certo para ir na biblioteca.
Cap.3 Até o amanhecer
Tempo e tempo se passa, Adeline já completa vários messes naquela cabana, Theo e Olga a tratam muito bem ela, também a ensinaram bastante coisa, a gata odeia admitir, mas até que se apegou muito forte com aquele casal, nunca iria esperar que fosse gostar tanto deles, embora sendo sincera consigo mesma, ainda não se sente confortável em falar de seu passado, nem com eles, nem com ninguém, ela não conseguiu superar, mesmo que doa, não irá falar sobre isto, até porque Adeline não ache que seja tão importante.
Uma noite, Adeline, Olga e Theo dormiam em seu quarto, até que preparada, a gata acorda, algo lhe chamava, ela sai do quarto, coloca sua mochila com uma lanterna pequena, cronômetro e um fio vermelho, ela iria pois queria muito ir naquela biblioteca ler aqueles livros, a linha é para marcar o caminho de volta, o relógio era para marcar tempo, assim poder voltar antes do Sol nascer ou o casal acordar, assim eles não iriam descobrir que Adeline estaria saindo escondido, tudo pronto a gata sai da cabana, amarra a corda vermelha na coluna da varanda, onde desenrola, andando para o fundo da floresta, na completa escuridão, só com a luz da Lua e sua lanterninha para iluminar. Procurando aquela biblioteca, tentando se lembrar do caminho até ela, aproveitando Adeline se questiona que criatura era aquela que os atacou, um monstro? Ela também se pergunta se o mesmo morreu mesmo, mas depois esquece isto pois segundo a gata seria melhor se acreditasse nisto. Mas deixando pra lá, ela consegue achar a biblioteca no mesmo lugar, parece estar mais coberta de musco e rachaduras que antes, entrando, as estantes cheias de livros e móveis velhos, no chão estava aquela porta tombada pelo bicho também continuava ali, o quartinho que ele estava preso parecia ser só uma espécie de depósito com umas ferramentas e utensílios de escritório, nada de importante aparentemente.
Adeline consegue derrubar um livro, abre e começa a ler, ele assim como os outros ensinava coisas bem especificas, coisas como o sobrenatural, magia, bruxaria, rituais entre outras coisas, a gata dá uma olhada em mais um livro que logo que abriu, um símbolo chamou a sua atenção:
YGGDRASIL
Isto chama a sua atenção, deste de nova a Adeline gostou de aprender coisas novas, então a partir daquela noite, a gata passou a sempre visitar esta biblioteca, lendo todos os livros que podia, aprendendo cada vez mais, coisas como ocultismo, rituais, poções, mais principalmente bruxaria, ela até começou a praticar uns feitiços, encantos e outras práticas que os livros ensinavam, ficando muito habilidosa rapidamente, embora algumas explosões e bagunça venham como consequência, semanas se passam, Adeline leu praticamente todos os livros daquela biblioteca, Theo e Olga até agora não descobriram nada sobre o que a gata estava fazendo, a mesma também não se preocupou muito, acreditava que isto nunca ia dar problema. Adeline estava empenhada em virar uma bruxa, ela sabia que faltava algo para tornar isto definitivo, se sentia fraca, queria mais, a gata leu os livros até que conseguiu acha uma frase que dizia o seguinte:''Para as forças sombrias se conectar, um sacrifício terá que dar, um caminho sem volta, deixar os pecados consumirem, assim uma bruxa se torna-rá'', Ao terminar de ler isto, Adeline toma um susto e se afasta, segundo o que ela leu, caso ela queira se tornar uma bruxa de verdade, ao valioso teria que dar, tipo uma vida? ela pensa um pouco, assume que nunca iria conseguir fazer isto, era demais, porém ela colocou na cabeça que faria de tudo para ficar mais forte, com uma decisão difícil a ser tomada, ao terminar de ler como o ritual tinha que ser feito, ela se lembra de seu passado, uma pessoa que cuidou dela e se foi na sua frente, isto mexeu tanto com sua cabeça que muita coisa foi bagunçada, pro exemplo o certo e errado, "Por que me importo? não é tão difícil decidir isto? eu mereço isto, pelo que passei seria só um pequeno preço a se pagar, não?''Adeline pergunta a se mesmo, ''Mas não consigo, não com eles, talvez nem vale-a a pena, sei-lá'', se responde. Ainda muito confusa ela apenas fecha o livro, decide que não poderia fazer isto com eles, que forma de retribuir seria se fizesse isto? ela também assume que nem vale tanto apena assim ser uma bruxa, ela sai da biblioteca, em mais um amanhecer volta para a cabana.
Em um dia qualquer, Theo é o primeiro a acordar, ao se levantar nota que a Adeline não estava ali na cama, então ele sai a procura dela, rapidamente a encontra na cozinha olhando para a sua tigela de comida, parecendo estar pensativa, curioso com o que aconteceu, se aproxima.
Theo-Ei, Adeline, algum problema?
Adeline-Hã? sim, porquê?
Theo-Tá com esta cara.
Adeline-Há, eu...não dormi bem, tive um baita pesadelo.
Theo-Como era?
Adeline-...
Theo-Tá, não precisa me contar caso...
Adeline-Era uma mulher!
Theo-Quê?
Adeline-Uma...amiga que me ajudou a escapar do laboratório que fui criada e me deu isto.
Theo-Era ruim?
Adeline-Por sorte meu pelo esconde as cicatrizes.
Theo-E o que aconteceu com ela?
Adeline-...
Theo-Oh, eu entendi, sinto muito.
Adeline-Eu estava perdida na floresta, não tinha caído só por causa da fome, mas acho que ainda não superei muito a perda dela, e na minha cabeça também não tinha muito motivo para continuar.
Theo-Então quando deixamos você morar aqui.
Adeline-Consegui sentir alguma coisa de novo, eu não sei do que seria de mim, obrigado de novo Theo, por tudo.
Theo-Ah, não foi nada, também foi ótimo para nós quando você chegou.
Adeline-Sério?
Theo-Sim, não tô exagerando quando falo que morávamos aqui sozinho, sério, ninguém nunca veio nos visitar, parecia que o mundo tinha esquecido da gente, mas quando você chegou aqui, pode não achar nada demais, mas saiba que ter uma companhia depois de tanto tempo...você é especial Adeline, mais do que por ser uma gata falante.
Adeline-Nossa, não sei nem o que dizer, eu...
Olga-[Que tinha acordado]BELEZA! Meus amores pelo visto acordaram primeiro, mas acordar e começar o dia é diferente, então vamos lá.
Theo-Ah, bom dia meu amor, tá.
Adeline-É tá...
Depois disto o dia seguiu normalmente como todos os outros, começando com o café da manhã que Olga tinha feito, depois a mesma vai para a hortinha cuidar de sua plantação, depois da refeição Adeline e Theo saem para caçar pois a carne estava acabando, trilhas e trilhas, andando por vários minutos pela floresta, quase meia hora, mais por sorte eles conseguem achar um cervo, onde acabam abatendo e levando seu corpo de volta para a cabana, tudo isto sempre passando longe da biblioteca, a gata percebe que ele ainda não tinha descoberto sobre a sua rotina noturna, a mesma ainda está pensando sobre aquele ritual para virar uma bruxa, ela até preparou tudo numa área que ficava uns metros ao longe da cabana, mas ela estava dividida se devia ou não fazer isto, embora ela não quisesse, suas ambições gritavam mais alto, a puxando com força para tomar este caminho, mas Adeline se segura com força, até porque nem sabia direito como fazer isto em primeiro lugar, como iria levá-los até a área do ritual? isto acaba fazendo desistir de fazer eventualmente, ''Adeline? tudo bem?'', Theo pergunta pois notou que a gata estava perdida em seus pensamentos, a mesma apenas afirma que estava tudo bem, não precisava se preocupar, com tudo eles acabam voltando até a cabana, a noite cai, o jantar é preparado e eles vão para cama dormir, com mais um dia completo.
Em mais uma noite, com o casal dormindo profundamente, Adeline se levanta, coloca sua bolsinha onde coloca a lanterna e o cronometro, além do fio vermelho, pois queria ir na biblioteca mais uma vez, ainda pensativa, quando ia saindo da sala para a varanda, ela esbarra em uma mesinha perto da porta, acaba que derruba uma foto, era Theo, Olga e Adeline juntos felizes, uma fotografia que tinham tirado a pouco tempo com uma câmera velha, em conflito, a gata apenas guarda a imagem em sua bolsa, fazendo o mesmo hábito de sempre, amarra a linha na coluna da varanda e anda em direção a livraria. Chegando lá a gata lê mais alguns livros, ainda em conflito com o que faria, embora já estivesse pensando em desistir, ela tinha ganhado uma segunda change em ter uma vida boa, com pessoas que a amam, não irá valer a pena se jogasse tudo isto fora.
Mas quando ela chega nesta conclusão, ouve um som vindo do lado de fora, pareciam ser passos, passos bem pesados, não pareciam ser de uma pessoa, ao olhar a gata se assusta, pois do lado de fora da biblioteca tinha uma criatura, não a mesma que eles viram antes claro, mais parecia ser um lobo, grande, com pelo preto, todo retorcido e andando de maneira estranha, Adeline tenta olhar pro rosto dele, mas se assusta. pois no meio tinha só um olho, a gata se lembra do que leu e entende que aquilo era um Monstro do escuro, criaturas estranhas e misteriosas, Adeline ainda não leu o bastante sobre eles, mas sabia que eram muito perigosos, a coisa não tinha notado a presença dela, até agora, pois quando se virou pois a luz da lanterninha chamou a sua atenção, ele avançou para cima pois queria fazer uma refeição, a gata vai para trás, mas por sorte o monstro é barrado, pois ele era muito grande e não conseguia passar pela porta de entrada da biblioteca, Adeline fica aliviada pois isto significava que não iria ser pega, o lobo vendo que não iria conseguir, desiste de tentar entrar, mas ao olhar para baixo, nota a linha vermelha que a gata tinha feito, fica curioso e começa a seguir a linha, a gata apavorada pois ele iria direto para a cabana, tenta puxar o fio mas não consegue, tomando uma decisão precipitada, ela sai da biblioteca para chamar a atenção da criatura, que consegue, então quando a criatura ataca, Adeline desvia, o lobo acaba batendo a cabeça na parede, mas não sentiu nada, ele consegue encurralar a gata em uma árvores, coloca sua pata em cima dela, apertando com muita força quase a sufocando, quando ele abre a boca a centímetros de devorá-la, do nada vem um tiro de bala que acerta a cabeça do monstro, com o impacto o joga para trás, Adeline confusa se levanta, a pergunta do que acabou de acontecer, um braço acaba a capturando, era Theo com sua arma que conseguiu salvá-la, coloca ela no coloca e começa a correr pela floresta para voltar a cabana.
Adeline-THEO?! COMO?! O QUE?!
Theo-Eu acordei hoje para ir ao banheiro, não te achei, você tinha esquecido a porta da frente aberta, vi o barbante vermelho e segui.
Adeline-Oh! euuu...
Theo-Eu não tinha falado que não era para voltar para está biblioteca?!
Adeline-Desculpa.
Theo-Ah quando tempo você vem fazendo isto?
Adeline-Olha Theo, não é o melhor momento para discutir isto.
Theo-Que coisa era aquela?!
Adeline-Um monstro do escuro.
Theo-Monstro do quê?!
Adeline-Tudo o que precisa saber, é que aquela bala não o matou, apenas deve deixá-lo caído por um tempo, depois ele irá se levantar e vir atrás da gente.
Theo-QUE DROGA! Tem alguma forma de pará-lo?
Adeline-Sim eu irei precisar de algumas coisas, acho que deve ter na cabana.
Theo-Então vamos logo!
Como avisado o lobo se levanta, felizmente Theo e Adeline fugiram tão rápido que o perderam de vista, mas a coisa porém tinha um ótimo faro, então ao sentir este cheiro de velho e gato, começa a seguir este rastro atrás da dupla.
Theo e Adeline conseguem chegar na cabana a tempo, eles discutem sobre o que deveriam fazer, recolheram a linha vermelha que se conecta da casa até a biblioteca no caminho, mas já suspeitam que a coisa consiga farejá-los até ali, a gata explica que sabia muito bem o que fazer contra, precisaria de uma pedra pequena mais nem tanto, algo que ajude escupir nela e uma estaca de madeira, sem tempo, eles reviram a cabana atrás deste objeto, tudo sem acordar Olga. Enquanto procuram, Theo confronta Adeline sobre o fato dela estar indo na biblioteca sozinha sem avisar, mesmo após o aviso por lá ser muito perigoso, a gata apenas fala que queria ler todos aqueles livros, pareciam ser interessantes, ela não conseguiu resistir a tentação, bravo o caçador aponta que ela teve sorte por não ter acontecido nada com ela até agora, poderia ter se preocupado mais com este fato, a gata se desculpa, ela sabe que isto foi errado, mas agora não era o momento exato para discutir isto. Após conseguirem a pedra ideal e um pequeno bastão de madeira, Adeline descreve o símbolo que Theo teria que escupir na pedra, uma runa bem no meio, por fim entalham a ponta da madeira até ficar uma grande e afiada estaca, a gata pega uma corda que tinha ali e acaba amarrando a pedra com muita força na estaca, assim fazendo uma espécie de arma bem estranha, quando Adeline iria explicar o último ingrediente, a Olga que tinha acordado aparece.
Olga-O quê que estar acontecendo?
Theo-Calma amor, deixa eu explicar.
Adeline-Um demônio estar vindo e estamos fazendo um talismã improvisado para matá-lo.
Olga-QUÊ!?
Theo-ADELINE!
Adeline-Quê? pensei que não quisesse que eu mentisse mais.
Olga-COMO ASSIM UM DEMÔNIO!?
Adeline-Cuidado para não morrer de ataque cardíaco.
Theo-Fala sério!
Adeline-Tá foi mal, parei.
Olga-Tá explica isto melhor.
Theo-Quando fomos caçar na floresta achamos uma biblioteca abandonada, tinha um bicho preso lá, mas pensamos que tínhamos matado ele, mas infelizmente veio outro.
Olga-Por quê não me contou isto antes?
Adeline-Não queríamos que ficasse com medo.
Olga-Não precisavam, mas e agora?
Theo-A gata disse que sabe o que fazer.
Adeline-Exatamente me passe o sal e uma tinta azul.
Olga-...Tá bom, tá lá no quarto.
Com tudo explicado, a família sobe até o andar de cima a procura destes materiais, revirando vários móveis, a cama, o armário tudo, até que infelizmente Adeline ouve um som do lado de fora vindo das árvores, ela olha pela janela, onde ao longe consegue ver as folhas se mexendo, sabendo que era o monstro pede para se apressarem, por sorte Olga consegue achar tinta azul, eles voltam para cozinha onde Adeline joga o sal em cima da runa na pedra, por fim cobre com a tintura azul, Adeline fala que iria para varanda, e era para eles se esconderem para proteção, mas Theo e Olga não queriam deixá-la sozinha, mas a mesma fala que iria ficar tudo bem sabia o que estava fazendo, então sem muitas escolhas o casal acaba subindo pro quarto para ficarem escondidos. Adeline vai até a varanda onde espera o monstro do escuro, disposta a proteger aquelas pessoas que ama como sua família, após uns segundos, emergindo das moitas aparece o lobo de um olho só, a gata se prepara e segura firme a estaca, os dois apenas ficam esperando para ver que ataca-rá primeiro, no entanto o lobo decide que seria o primeiro, pulando para cima em direção a gata, mas ela consegue desviar a tempo, fazendo a criatura bater na cabana que no caso era maior que o primeiro andar, fazendo tudo tremer, sendo sentido até o andar de cima onde os velhinhos estavam, Adeline com muita velocidade, coloca a estaca na boca e corre em volta dele, o lobo se recupera, meio perdido procura onde a gata estava, ao ver ela correr para perto de uma árvore, ele se levanta e corre para o mesmo lugar, pesando rápido a Adeline consegue subir bem rápido usando suas garras, ficando bem alto a ponto que o lobo não consegue alcançar, latindo e uivando bem alto, ficando em pé se apoiando, mas sem sucesso para ele, a gata sabia que tinha que agir rápido, então ela pega a estaca com a mão, respira, quando o monstro perde interesse e indo até a cabana, Adeline dá um grande salto, caindo bem em cima dele, a criatura começa a enlouquecer, se revirando e balançando para todos os lados para ver se consegue derrubar a gatinha de suas costas, mas a mesma estava se agarrando com muita força para não cair, então com estaca em sua mão, ela levanta e com toda a sua força, finca a ponta bem na nuca do lobo, derramando muito sangue no processo.
Adeline esperava que a criatura iria cair morta, explodir, virar poeira ou algo assim na hora, mas por algum motivo nada acontece, alguma coisa deu errado, a criatura apenas gritava de dor, por fim o lobo deu um balanço tão forte que jogou a gata junto com a estaca para cima, fazendo ela cair no chão com muita força, a coisa agora com muita raiva, parecia nem tá sentindo nada agora, com se aquilo fosse só uma picada momentânea, bufando chega perto da gata, prontinho para acabar com ela, mas porte um outro tiro o acerta, o jogando pro lado, pois Theo que viu tudo da janela de cima, veio correndo ajudar a gata ao ver que este plano não foi como esperando, a gata tinha machucado a pata na queda, o velho corre até ela e coloca no colo, aproveita e também pega a estaca com a runa, levando tudo para dentro da cabana antes do lobo se levantar de novo. Olga esperando eles na cozinha, fica assustar ao ver Adeline machucada, coloca ela no balcão onde começa a enfaixar a pata quebrada.
Theo-O que ouve?
Adeline-Algo deu muito errado, acho que acabou faltando alguma coisa.
Theo-O que faltou?
Adeline-Sei lá, era tudo que o livro dizia, pensava que era só isto mas...
[Grunhidos são ouvidos]
Olga-Droga! ele tá se levantando.
Theo-O que agente faz agora?
Olga-Não podemos ficar fugindo para sempre.
Theo-Adeline, por acaso você consegue pensar só um pouco? pense, o que falta para derrubá-lo?
Adeline-[Pensa]
Theo-Adeline...tá tudo bem?
Adeline-[Pensa muito][Mostra que teve uma ideia]
Theo-Alguma coisa?
Adeline-Sim, faltou só uma coisinha,...só que precisamos ir á um lugar especifico.
Theo-Aonde?
Adeline-Não tem como e nem tempo de explicar, apenas me sigam.
Olga-Pera! e a cabana?
Adeline-Sem perder tempo! vamos.
No meio da conversa, o lobo tenta entrar, mas como ele é muito grande não consegue passar, por fim acaba com a cabeça presa na porta, ele usa toda a sua força para tirar, isto faz a cabana tremer inteira, derrubando e quebrando um monte de coisas, a velha infelizmente começou a rachar, Adeline chama para eles irem pela porta dos fundos, foi difícil convencer Olga de abandonar sua casa, mas com um pouco de insistência, ela é puxada para fora, assim o grupo adentra a floresta, com Adeline guiando-os até o local em que fala que poderá derrotar a criatura. a velha olha para trás, onde apenas consegue ver a sua velha e querida cabana caindo e desmoronando aos pedaços. Toda a estrutura acaba por cair bem encima do lobo, isto o segurara um pouco, mas não por muito tempo.
Muitos minutos correndo depois, com a madrugada quase acabando, Adeline, Theo e Olga correm, por fim a gata consegue trazê-los até onde queria levá-los, era uma pequena clareira, um grande círculo desenhado com um pó preto e destalhes estando bem no meio, a sua volta tinha várias velas, também tinham várias pedras que em sua face estava desenhada um monte de runas, parecidas com o que Adeline pediu antes, porém o que mais destacava era uma pedra bem grande, maior que a gata apoiada, com uma face bem lisa onde tinha pintado uma espécie de pentagrama de cabeça para baixo, além de um grande livro aberto jogado ali no lado, Theo pergunta o que era tudo isto? a gata responde que estava tentando fazer um ritual que tinha lido em um dos livros, mas ele nunca iria funcionar sozinho e também faltava uma coisa, Adeline pede pro casal ficar bem no centro do círculo, sem entender muito o que estava acontecendo, os velhos obedecem, a gatinha tira sua bolsa das costas, onde tinha uma faca e um saquinho que parece ter um pó dentro, Theo sem se aguentar a confronta e exige ela falar logo o que ela iria fazer, o lobo iria chegar a qualquer instante, Adeline apenas reponde que tudo será explicado agora.
Adeline abre o saquinho e com a pata boa, suja, ela coloca em cima da linha preta que compunha o círculo e fala-For å slå av-, uma espécie de faísca branca sai de todas as partes do círculo, Olga e Theo sente como se fosse uma baita frente fria subindo, passando por tudo em seus corpos, mas quando menos se espera, eles caem no chão subidamente, os seus braços, pernas, tudo, tirando seus olhos e boca ficaram paralisados, eles não estavam conseguindo se mexer, não conseguiam sentir nada que não fosse seus rostos ou o chão em que estavam caídos. Theo pergunta o que diabos aconteceu com eles, principalmente o que Adeline estava fazendo.
Adeline-Me perdoem, juro que eu não queria que acabasse assim.
Theo-Do que você está falando? o que você fez conosco?
Olga-[Vê Adeline pegando a faca e indo na direção deles]Adeline! não por favor!
Adeline-...
Olga-Por quê você estar fazendo isto?! nós somos sua família!
Adeline-A pior parte é que eu tinha acreditado nisto.
Olga-Adeline! Não...
Quando a gata fica encima de Olga, com a faca ela finca em suas costa, calando sua fala na hora, ainda arrasta a lâmina para cortar ainda mais sua carne, derramando sangue por toda parte, infelizmente isto acaba tirando a vida dela.
Theo-[Ao olha]MALDITA! POR QUÊ!
Adeline-Se isto te fara se sentir melhor, não tô feliz com isto, mas eu quero algo muito maior, mais além, eu anseio por isto, é o meu destino, irei me entregar a ele, nada pessoal.
Theo-Não Adeline, e quanto a mulher que te salvou?! o que ela iria...
Adeline-Naquele dia em que ela morreu, sinto também como se tivesse morrido[Sobe encima de Theo e se prepara]
Theo-ADELINE! NÃO!
Adeline-Eu iria falar que nos iremos ver de novo, mas eu sei que não iremos pro mesmo lugar.
Theo-CAL...
Antes que Theo pudesse terminar está palavra, Adeline enfinca a faca com muita força em seu corpo, fazendo um corte profundo bem grande, assim também como a sua mulher, acaba morrendo na hora, com o sangue em suas mãos, Adeline desce de cima dos corpo e no lado de fora do círculo, ouve que ao longe aquele monstro se aproximava, sabia que tinha que se apressar, ler no livro o que faltava ela fazer, após isto, ela desenha com o sangue no chão, um padrão de desenho que é mais ou menos assim"VIVIVI'', então estica bastante as pata dianteiras para frente, mesmo que a esquerda estivesse doendo bastante por conta do osso quebrado, acaba colocando a frente, com tudo preparado, Adeline acaba recitando está série de palavras:"Blod sølte, i mitt vesen, min sjel jeg tillot å korrumpere. Utsølt blod, min synd, min allierte. Blod sølt, skjebnen beseglet, jeg lar det fortæres, AVGRUND JEG OVERGIVER MEG TIL DEG!" Repetindo mais 2 vezes, quando faz isto, uma grande ventania é criada, que começa a girar em volta da área em que acontecia o ritual, até virar uma espécie de redemoinho bem largo, os corpos de Theo e Olga começam a tremer, antes que Adeline pudesse ter qualquer reação em relação a isto, o pentagrama que tinha feito começa a brilhar atrás dela, depois ela sente algo dentro de seu peito, doia bastante, era uma massa que estava cresce e preenchendo todo o seu interior, até sua garganta fica intalada, como se fosse um catarro bizarro ela começa a tossir bem alto, pequenas partes do casal então começam a evaporar, pequenos pedaços viram uma fumaça branca bem transparente, deixando buracos que aumentam a cada segundo que passa, tudo indo em direção a Adeline, a coitada estava cheia com a substância que foi criado em seu corpo a entupindo se sufocando, ela tosse ainda mais, até que ela começa a espelir um liquído estranho, parece ser sangue, só que de uma cor preta bem escura.
Adeline tosse ainda mais, cuspindo em mais quantidades este elemento assustador, cada vez tossindo com mais força, este tiquído começa a sair de outros lugares, orelhas, nariz e até pelos olhos, enchendo e vazando tudo, até chegar no ponto de formar uma poça preta abaixo das patas da gata. Os corpos de Olga e Theo evaporam totalmente, soprando só as roupas, Adeline coberta do líquido sobrenatural, ela até sente seus orgãos e veia enchendo, apertando muito, varias nuvens se formam, Adeline não aguenta mais, até que BOOOM! Um explosão se forma, uma grande espera de gosma escura surge, em segundos cai no chão.
Agora Adeline está toda estirada e caída no chão, quase desmaiando, coberta da substância preta, que estava espalhada por todo lugar, qunado a gata com muita força tenta se levantar por práticamente ter explodida, todo aquele materia evapora, virando fumaça e desaparecendo no ar, deixando tudo limpo, como se nada tivesse acontecido, tirando as roupas dos velhinhos que sobrou, Adeline consegue ficar em pé, se sentindo muito fraca, as suas patas bambas e vista embasada, mas segundos depois ela se recupera rápido, a gata sentia uma coisa totalmente diferente, não sabia muito bem o que era,sua cabeça doia como se algo estivesse a pefurando e penetrando seu cérebro, Adeline sentia-se mais forte e viva que antes, como uma energia fizesse parte dela agora, graças ao ritual ela estava vendo tudo diferente, algo no ar que ninguém mais conseguisse ver, um mundo inteiro se abriu para ela praticamente, todas as dores que sentia somem instantaneamente, tirando a pata quebrada, ela se sentia muito bem, sentia algo que pudesse mexer com extrema facilidade.
O Sol estava quase nascendo, após a gata analisar o que aconteceu com ela, se lembra do monstro do escuro, ouvindo seus passos pesados de longe, ela sabia o que tinha que fazer agora, pega a estaca com a runa, manja um pouco a pata com o pó preto do círculo, Adeline anda para fora da área em direção ao lobo, Adeline o encara ao longe vendo se aproximar, o céu clareando, em meio as árvores e moitas daquela floresta, a bruxa espera o momento certo, a criatura aumenta a sua raiva e corre em direção a gata, a mesma se arma, coloca a estaca na boca e corre também, quando estão a metros próximos, Adeline para e deixa só uma pata que era a coberta com pó levantada, o lobo dá um grande salto para pega a gata, mas aí a mesma deixa a pata esticada e num movimento rápido fala: ZTØF! Uma grande aura azul escura saia dela e passa por todo monstro, o deixando paralisado no ar, Adeline tira estaca de sua boca, esfrega sua pata um pouco na runa, corre até a criatura e enfinca a estaca bem no meio do peito do lobo, criando uma luz bem forte que surge e some na hora, da ferida feita sai sangue, Adeline sai de baixo da criatura, que após uma tremida, volta a se movimentar e cai no chão, ficando todo deitado e sem vida, graças ao ritual Adeline conseguiu usar o talismã pois recebeu o conhecimento exato que era para fazer, além de um pouco de energia sobrenatural recebida, assim este é o primeiro monstro que ela mata sendo uma bruxa.
Neste amanhecer, Adeline volta até a área do ritual, onde tinha soprado as roupas de Olga e Theo do sacrifício, a bruxa entende que eles foram tipo uma oferenda em troca desta força e conhecimento, a gata por um momento se preocupa se ofereceu outra coisa além dos seus corpos, destinando eles a uma coisa ruim, mas ela se proibe em pensar nisto, alegando que não liga, e que ela nem se importava com eles de verdade, só queria ficar embaixo de um teto e ter algo para comer, mas agora que não precisa mais disto, por quê se importar? Ela nem se considera alguém bom, sabia que seu pecado iria segui-la, mas não ligava, embora no fundo soubesse que fosse mentira. Adeline acabar por juntar suas coisas, pega a sua mochila e coloca em suas costas, Adeline olha a roupa de Theo e Olga, pensa em deixar ali, mas ao pensar um pouco, consegue dobrar tudo e carregar na mochila, voltando para a velha casa.
De volta a cabana, estava tudo caído e destruído por causa do lobo, Adeline vai até os escombros ver se tinha algo que valesse a pena resgatar, mas nada de mais, um pouco de comida enlatada, objetos pequenos, ela até acha a sua pulseira de cobaia ainda sendo legível:C-173, ao olhar isto, Adeline começa a chorar, pois sendo sincera consigo mesma, sabia que o que fez é imperdoável, jogou tudo lixo, ela olha para baixo, e nota um pedaço de papel, ela tira e nota que era uma fotografia dela, Theo e Olga que tinha tirado a um certo tempo, isto a deixa destruída, tudo que queria era voltar no tempo para corrigir tudo, mas sabia que era impossível, não tinha mais volta. Minutos depois Adeline faz um velório improvisado, enterra as roupas do casal em uma cova, onde tinha uma cruz pra cada um, isto sendo como um túmulo bem perto da cabana a frente de uma árvore, Adeline em meio a lágrimas e sentindo um grande peso, se desculpa, mesmo sabendo que não merecia, ela faz uma reza improvisada, por fim se despede, com mochila e tudo pronto, ela começa a sua viagem a cidade mais perto, indo pela rota que Theo tinha explicado.
Horas e dias se passam, muito cansada, Adeline nota que estava chegando em um lugar, ela corre até se esbarra com uma grande cerca de arame farpado, bem estenço não parecendo ter fim, ela o atravessa e nota que tinha chegado a cidade, com casas, muros e prédios, tinham até umas pessoas andando pelas ruas e calçadas, a gata se esconde para não ser vista, percebe que aquela cerca servia de divisão da floresta com a cidade, mas enfim Adeline decide que iria morar por ali perto, mas pensa num jeito de usar o fato dela ser uma bruxa, ela ver um homem do outro lado da rua, meio pertubado, mas graças aos seus olhos nota que tinha uma criatura que ninguém mais via o seguindo, só alguém muito específico poderia ajudá-lo, isto acaba dando uma grande ideia para a gata.
Anos se passam rumores de uma criatura meio bruxa se espalha por aquela cidade, que oferecia serviços usando seus poderes, mas sempre pegava algo em troca, na maioria das vezes sendo algo valioso, esta coisa era Adeline que tomou a decisão de ser meio que uma bruxa free lancer, com as pessoas procurando ou ela oferecendo ajuda usando suas habilidades, conseguindo sempre coisas que lhe serviçem de algo, ou só porquê ela queria mesmo, ela até conseguiu a posse de um velho jardim murado, porém isto dava muito trabalho, ela queria ajuda, começou a estudar como faria isto. Adeline conhece de longe um aluno de colegial, sendo perseguido por monstros do escuro, sabendo muito bem o porque, ligando com o que a mesma precisava, ela decide que iria ofecer uma ajudinha. Num dia qualquer um menino chamado Gary passa pelo muro em direção a escola, mas ele acaba notando uma gata preta deitada em cima daquele velho muro, ele se pergunta: De onde esta gata veio?
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