A garotinha da trilha
Cap.1 Trilha
Um alpinista entusiasta e amador chamado Gael, estava aproveitando que conseguiu tirar uma semana inteira de Folga de seu trabalho no escritório, já fazia pouco tempo que Gael terminou a faculdade, ele sempre amou fazer escaladas e trilhas, era o seu hobby e passatempo favorito, mas após ter conseguido o seu emprego, ele não conseguiu mais arranjar um tempo para fazer uma caminhada, ir para algum lugar ou algo do tipo, mas agora graças a sua semana de folga, ele conseguiu reservar uma caminhada muito louca, lá no Sul do Brasil, a pouco tempo foi inaugurada uma trilha linda, com uma escalada muito boa, várias montanhas e paisagens que valiam apena, então sem perder tempo ele preparou sua mala, pegou equipamentos para trilha e fez uma viagem de avião de 3 hora e meia do Acre até a região Sul do Brasil, na esperança de ter uma boa aventura.
Gael consegue chegar no hotel que se hospedou, só para se preparar um pouco e descansar antes de começar a escalada das colinas, ali tinha uma espécie de bar, ele aproveitando que estava ali, deu uma parada lá para beber um pouco, o lugar estava cheio, indo pro balcão ele pediu apenas uma garrafa pequena de cerveja. Degustando ele nem percebe que um homem senta do seu lado, parecia(sem ofensas)ser um mendigo, uma barba grande e grisalha, roupas de couro grossa, gorro vermelho e uma grande mochila nas costas, mas o que chama mais a atenção, era um monte de bonecas de pano feito a mão, amarradas de varias formas e cores em várias partes, presas na barriga, braços e pernas. Quando Gael termina um copo, finalmente nota a presença daquele velho ao seu lado, parecia um louco, então o alpinista tenta ignorar, mas o louco olha e do nada começar a bater um papo.
O Velho-Você é um turista não é?
Gael-...
O Velho-He acho que estou certo, por acaso, você vai fazer uma dessas famosas trilhas.
Gael-[Por impulso]Sim[Pensa:DROGA!]
O Velho-Queria te avisar meu jovem, poucos pegam este caminho, ele é muito confuso, várias divisões e irregularidades, é fácil se perder sem um mapa.
Gael-Tá, mas afinal, o que tu quer?[Pensa:Se for me sequestrar vai logo]
O Velho-Nada não, apenas percebi que tu era novo por aqui e apenas queria te dar boa sorte, e pedir para tomar cuidado.
Gael-Relaxa, eu tenho o equipamento necessário, o mapa e tal.
O Velho-Não é sobre isto, é pra tomar cuidado com outra coisa, você deve está se perguntando por que eu tenho este tanto de boneca amarrada em mim né?
Gael-Nã(interrompe)
O Velho-É para espantar ela que mora lá encima.
Gael-Ela quem?
O Velho-Um monstro em forma de c...
Antes do mendigo terminar a sua frase, ele simplesmente cai para trás desmaiando no chão(Mais tarde se descobriu que ele tinha altos níveis de álcool no sangue), Gael e todos no bar ficaram assustados, acabaram levando o velho pro hospital mais perto dali, mas esta história toda encucou a cabeça do alpinista, primeiramente se perguntou que história de criatura era esta? mas depois decidiu esquecer, pensando que era só uma viagem de uma pessoa bêbada. Voltando pro hotel após uma tarde no bar, no dia seguinte, Gael acorda animado pois finalmente iria para sua trilha, acordando bem cedo pois a caminhada iria ser bem longa, com a possibilidade de anoitecer durante ela, pegando o seu equipamento, barraca, mapa e etc, comeu a comida do hotel mesmo e foi até a trilha, tinha meio que uma entrada o pedágio antes, com cerca e portão impedindo das pessoas entrarem, primeiramente elas teriam que passar pela "recepção'' mostrar os seus documentos e assinar o seu nome numa lista, pois caso aconteça alguma coisa nas colinas, por exemplo uma pessoas se perder por muito tempo, terá seu nome anotado ali e vai ser mais fácil saber quem foi, Gael fez tudo isto, mas antes que pudesse entrar, o recepcionista ofereceu um mapa, mas Gael alega que já tinha um, o homem explicou que este tinha um caminho marcado, pois a trilha tinha várias divisões e rotas confusas, se usasse só um mapa comum e g.p.s's não funcionam ali pois as rochas interferem no sinal, ele se perderia fácil lá, Gael era muito orgulhoso, não queria muita ajuda, achava que poderia ir e voltar sem problemas sozinho, mas como não tinha muita escolha e o cara não iria permitir a passagem se não aceitasse o mapa, o nosso escalador mesmo não querendo pegar o mapa, ele aceita o pedaço de papel, assim o recepcionista libera a passagem, empurrando o portão, Gael finalmente começa a sua trilha.
Nas colinas, uns minutos a frente da recepção, Gael pensa tira o orgulho de lado e pensa que até que foi uma boa ter pego o mapa, pois ele tinha visto várias fotos de satélite e drone da trilha na internet, e realmente, as linhas eram tortuosas, além das árvores e rochas cobrirem muita coisa, e também poucas pessoas faziam esta trilha, falando que ela era muito perigosa, e se existe este cuidado todo para os que entram, significa que alguma coisa já aconteceu antes, mas os poucos que entraram, falaram que vale a pena, pois no final, tinha uma colina extremamente alta e a vista de lá de cima era de tirar o fôlego, embora o lugar todo tenha uma aura e uma energia estranha e sobrenatural...Tá aí o Gael já acha que é só uma baboseira de maluco, mas enfim, ele dar uma olhada no mapa que recebeu, tinha uma linha traçando do começo da trilha até o final, que era aonde ficava a tal colina, o mapa também tinha umas mensagens escritas a caneta, falando de placas de madeira que irão ajudar caso se perca, além de existir outras estruturas antigas e abandonadas que não foram registradas na empresa que cuida desta trilha, por fim pedia para tomar cuidado com penhascos, fendas e rios com correntezas fortes,''mapa estranho da peste'', Gael pensa, ele acaba dobrando e guardando na mochila.
Cap.2 a garota
Horas depois, o homem chega numa passagem de pedra bem estreita, pra passar precisa de muito equilíbrio, qualquer escorregão e ele iria apenas rolar um barranco bem lá embaixo, Gael exita um pouco por medo, ele se pergunta se não existia nenhum outro caminho, e tudo indica que aquele era o único que poderia ir, o cara fica se tremendo todo, pensa até em voltar, porém isto significa que a viagem teria sido atoa, porém antes de tomar qualquer decisão, do outro lado da ponte ele nota algo que chamou sua atenção, por entre as árvores e moitas ele ver uma pessoa, ela era bem baixo, menor que muitos arbustos, poderia ser uma criança, mas era impossível notar qualquer outra característica, pois ela estava completamente coberta por um manto marrom velho, cheio de retalhos e costuras, por fim um capuz que cobria toda a sua cabeça, Gael tenta chamar a sua atenção gritando por ela, mas ao notar a sua presença a pessoa simplesmente corre sumindo entre o mato. Isto intriga Gael, quem era aquela pessoa? e se era mesmo uma criança, cadê seus pais? perguntas que passaram na sua cabeça, como a sua curiosidade cresceu pra caramba, isto serviu de motivação para tentar atravessar a passarela fina, com muito cuidado, ele foi, olhando cada passo para não pisar em falso, e se aguentando para não olhar para baixo, o suor de frio começou a descer, mas que ele tava indo bem, mesmo parecendo uma eternidade, ele já tava pra depois da metade da linha, porém ele cometeu o erro de olhar para baixo, o que fez ele tomar um susto por causa da baita altura, fazendo o escorregar, mas ele conseguiu se segurar, porém algumas coisas de sua mochila escaparam, inclusive os dois mapas, mas num reflexo rápido conseguiu estender o seu braço e conseguiu pegar um, mas o outro acabou indo lá para baixo no rio que passava ali, Gael não sabia se tinha pego o mapa certo, de qualquer modo conseguiu colocar em sua mochila, mas ainda preso ali, tinha duas direções, continuar ou voltar, como ele tava mais perto do final o alpinista apenas se rastejou até a ponta onde tinha visto a criança, assim podendo se aliviar por quase ter morrido.
Sentado Gael pensa no que aconteceu, poderia tentar voltar pois ainda estava desconfiado se pegou o mapa certo, mas por conta do seu orgulho, não queria passar pela vergonha de ser ajudado e também tinha medo de passar pela ponte de novo, então ele iria continuar a trilha até o final, com a noia de não olhar o suposto mapa que iria o ajudar, pois "tinha memorizado'' a trajetória, e também das notas falando que existiam placas que poderão guiar ele, falando nisto ele se lembra da criança e começa procura-la, gritando:CRIANÇA!? CRIANÇA!? ALGUÉM?! Mas após ninguém responder Gael continua pelo caminho aberto entre as árvores que seria tipo um bosque, mas cheio de árvores. 1 hora de caminhada depois, Gael se cansa e se encosta em uma árvores para descansar e beber um pouco de água de seu cantil, e fica frustado de ainda não ter avistado nenhuma placa indicando que ele estava no caminho correto, com medo de estar perdido, ele cogita em olhar o mapa, embora possa existir a possibilidade daquele não ser o mapa correto e o que levaria ele pro caminho correto e o de volta acabou caindo da passarela, mas quando ele iria tirar a prova, Gael nota uma coisa estranha em uma árvores ao longe, parecia ter alguma coisa em suas raízes, na base, ele chega mais e aquilo parecia ser algum tipo de altar, tipo como se alguém tivesse morrido e aquilo tivesse sido feito, era todo enfeitado, com pedras e penas coloridas, desenhos e símbolos religiosos ou sagrados estavam espalhados pelo tronco, inclusive cruzes, tipo de coisa que você veria uma lápide, além disto tinha vários brinquedos e bonecas, provavelmente aquilo era de uma criança, tinha apenas uma foto, Gael tenta identificar a aparência, mas estava toda borrada e manchada, além de parecer bem velha provavelmente isto estava ali há um bom tempo, mas forçando muito a vista, parecia ser de uma menininha.
Gael se pergunta sobre aquilo, isto significava que alguém já foi nesta trilha antes ou que mora por ali, embora nunca tivesse escutado que tinha alguém morando ali, talvez tivesse uma casa, mas o mais importante, quem era aquela criança e como ela morreu? muitas perguntas, nenhuma teria resposta tão cedo, então Gael só decidiu deixar aquilo de lado, pois pelo que ele podia ver com o Sol e uns cálculos rápidos, era quase meio dia, então ele só continuou a trilha deixando aquele altar para trás. Tempo depois, Gael para e senta numa pedra pois estava morrendo de fome, precisava fazer um lance, tudo que ele tinha era salgadinho, comida enlatada semi pronta, sem perder tempo, ele pega o pagode de seu biscoito favorito, abrindo começa a comer, tudo tranquilo, quando do nada ouve um barulho vindo das moitas, chamando sua atenção, vendo um vulto de pessoa, ele se levanta e se aproximando, esperando ser a criança que ele viu, precisando responder suas perguntas, deixando o pagode de lado, quando se levanta da pedra ouve um som vindo de trás dele, virando rapidamente, era a criança ainda coberta pelo manto e capuz, como ela conseguiu dar a volta ser ele notar? Gael se perguntou, mas isto não importa agora, ela estava roubando o biscoito dele, a criança pega e começa a correr bem rápido para dentro da mata, Gael vai atrás para tentar recuperar sua comida e descobrir que era ela, uma perseguição acontece, atravessando pelas árvores e moitas, com a baixinha sempre conseguindo ficar bem a frente, Gael grita pedindo para ela parar, pois só queria o biscoito de volta e que lhe tirasse algumas dúvidas, mas o guri ou guria não ouvia e apenas aumentava a velocidade, as suas pernas já começavam a pedir arrego, cada vez Gael ficava mais cansado, ele para um pouco para conseguir recuperar o folego.
Quando ele pensa em desistir com a criança quase se perdendo de vista, ela acaba tropeçando e caindo por causa de uma raiz, Gael e corre para finalmente alcança-la, ela estava jogada deitada no chão e parecendo que machucou algo, o homem se aproxima para ver se ela estava bem, a menina fica com medo, mas o homem jura que não iria fazer mal e só queria ajudar, mesmo receosa ela se vira e anda até ele mancando, tira um pouco do manto e mostra acabou ralando o joelho, com pena, Gael fala que iria ajudar, se seguisse ele de volta para sua mochila, pois teriam que tratar isto, sem muita escolha a menina acaba pegando em sua mão e levada até o campo de pedras de antes, ficando muda o caminho todo. Lá a garota se senta numa pedra pois sua perna doía muito, Gael vai até a mochila pegar o equipamento necessário, na frente dela Gael usa o algodão e o famoso para limpar a ferida, a menina se contorce por causa da ardência, mas fica tudo bem depois, por fim acaba recebendo um curativo no machucado, Gael a elogia por ter aguentado tão bem, a garota acaba finalmente falando, dando um obrigado, assim ela tira o capuz, e realmente era uma menina de cabelo moreno bem escuro, todo bagunçado, longo e amarrado em uma rabo de cavalo, além de uns enfeites, seus olhos eram meio pretos meio roxos, bem estranho, ela usava um vestido preto cm detalhes em roxo, e uma fita vermelha se destacava em seu pescoço, muito fofa, ela era bem baixinha, em pé batia facilmente na cintura de Gael que tinha 1,70 de altura.
???-Obrigado moço, desculpa por ter te roubado.
Gael-Não tudo bem, eeeh, me diga o seu nome primeiro.
Ilól-O meu nome é Ilol.
Gael-Nome legal, eu me chamo Gael, o que diabos você está fazendo no meio da mata? cadê seus pais?
Ilól-É que eu gosto de passear um pouco, minha casa fica aqui por perto mais ou menos.
Gael-Sério?[Como não fiquei sabendo que tinha casas por aqui?]
Ilól-Mas acho que acabei me perdendo.
Gael-Quer ajuda para voltar?
Ilól-Sim, não vou conseguir voltar sozinha, sem falar que pode escurecer até lá.
Gael-Tá, eu te ajudo.
Ilól-Moço, por acaso tu se perdeu também?
Gael-Que?! Não, claro que não tô perdido, eu tenho um senso de direção incrível, e só para adicionar eu tenho até um mapa para me localizar.
Ilól-Sério? posso ver?
Gael-Nããão, digo, não precisa, eu já memorizei tudo, não precisa, por acaso conheceria algum ponto de referência que leve até a sua casa?
Ilól-Sim, algumas placas de madeira velha que podem acabar nos levando até lá.
Gael-Perfeito, vamos logo, não podemos perder muito tempo.
Ilól-...
Gael-Confie em mim.
Ilól-Tá.
Então Ilól e Gael acabaram se juntando, o homem acaba juntando suas coisas e continuam a trilha, com a garota guiando o homem até o seu, no qual ainda tinha muita curiosidade de como alguém iria viver em um lugar assim? ainda mais com uma criança. Minutos de caminhada, sempre que viam algum ponto de referência, a menina dizia para qual direção deveriam tomar, se era para esquerda ou para direita, muitas placas de madeira em forma de ceta apontando para um lado, pareciam velhas, estando ali a quem sabe um século, dava para ver que tinha coisas escritas nelas, mas por causa do tempo, ficaram apagadas, sobrando só algumas letras, mas completamente inlegíveis. Além das placas, tinha várias outras estruturas, como velhos muros de pedra, pontes de madeira que passavam por cima de riachos, além do que pareciam postes de luz velho, também tinha o que pareciam casas abandonadas e velhas, tendo até um carro, que pelo design parecia ser de 1930 mais ou menos, ou seja, muitas pessoas viveram ali antes, mas algum coisa aconteceu e fez elas irem embora deixando tudo abandonado, Gael se pergunta o que teria sido, e do por que tudo isto tinha sido esquecido, ainda mais pelo fato de tudo isto ter virado só uma trilha turística, e do porque todo mundo que fez nunca ter falado desta parte.
(Um carro dos anos 30, exatamente como o que Gael viu)
Horas de caminhada depois, estava escurecendo, segundo Ilól, normalmente demorava o dia inteiro, por conta da noite, Gael sugere eles pararem e fazer um acampamento para que possam dormir, para que amanhã tenham energia para poder chegar na casa da guria, o que a mesma a aceita, o homem procura um local para armar a barraca, e acaba achando o lugar perfeito, encima de uma ladeira, o resto do que parecia ser uma casa, tendo só um chão e uma quina de parede de pedra, com umas árvores cercando, mas com o céu todo aberto, cegando lá, Gael consegue estender a tenda e acender uma fogueira, para a janta, o homem acaba preparando uma sopa enlatada e acaba dividindo com Ilól.
Ilól-(bebe)Hmm, muito boa.
Gael-Obrigado, mas então, poderia me contar um pouco mais sobre...Tipo, a quando tempo você e sua mãe moram por aqui?
Ilól-Não sei bem, tipo eu moro aqui desde que consigo me lembrar, tipo, acho que foi desde quando nasci.
Gael-Por acaso, mas alguém mora aqui com vocês? algum familiar ou até um vizinho por perto?
Ilol-Agente é meio isolada, poucas pessoas, com mochila e tudo como você passam por aqui de vez enquanto, acho que o nosso vizinho mais perto fica a oeste a vários kilometros, uma garota com uma gata preta, quase nunca vemos ela.
Gael-Sério? mas e todas estas casas, estradas e estruturas espalhadas? obviamente mais gente já viveu por aqui antes, mas o que houve? por que está tudo abandonado?
Ilól-Meus pais nunca me contaram direito esta história, principalmente meu pai, ele é bem sério, não fala muito, sempre sai para caçar, mas também já me falou muitas vezes para nunca sair do bosque.
Gael-Ué, porquê?
Ilól-Segundo ele, é perigoso, por fim minha mãe não sai muito da cama, praticamente fica o dia todo nela.
Gael-Nossa, bem, acho que está na hora de dormir, vem menina, preciso apagar o fogo.
Ilól-Tá.
Gael-Pode ficar na barraca comigo.
Após terminarem a sopa, a fogueira apagada, Eles acabam deitando na barraca, para, tudo traquilo, um tempo depois eles acabam conseguindo cair no sono. Um tempo depois no meio da madrugada, um som de "CRACK" bem alto vem do lado de fora, isto acaba acordando Ilol, que fica muito assustada, podia ser nada, só uns galhos aleatórios quebrando, mas do nada sons de passos e respiração rondam a tenda, a garotinha fica com muito medo e chama a atenção de Gael, o balançando e acordando, o homem pergunta para a criança o que estava acontecendo, a mesma fala que tinha ouvido alguém andando do lado de fora da barraca, Gael sem muita paciência apenas menciona que poderia ser só algum animal selvagem, mas antes que ele pudesse terminar a frase, os sons de passos ficam mais altos, além de uma respiração pesada, o homem fica atendo e entende que aquilo poderia representar um perigo, ainda mais porque seja lá que quem estivesse lá fora estava se aproximando, sabendo que deveriam se proteger, então Gael começa a vasculhar a sua mochila em busca de algo útil para se defender, ele pega a lanterna, puxando para fora, consequentemente derruba o mapa dobrado no chão, quando Gael acende a luz, Ilól solta um grito bem alto, se virando rapidamente para ver o que estava acontecendo, e a menina aponta pro rosto que apareceu na lona, a coisa lá fora estava enfiando sua cabeça e suas mãos na parede da tenta, fazendo uma marca distorcida que se esticava ainda mais em direção deles, com medo os dois se abraçam, aquilo era assustador, o que aconteceria se aquilo tocasse neles? mas antes que pudessem pensar em qualquer solução, Gael sente alguma coisa nas costas, se virando rapidamente, era um outro rosto, se esticando para dentro, ou seja tinha mais de um ou quem sabe muito mais lá fora, aquilo estava os cercando, chegando cada vez mais perto, Gael e Ilól acabam se se abraçando e se espremendo, apenas esperando eles serem pegos, porém, num surto e impulso de medo, o homem simplesmente se levanda e joga o seu corpo para trás, fazendo a barraca se inclinar, bem pro lado onde estava a descida da ladeira, deste jeito eles acabam caindo, praticamente a lona rola com os dois dentro até pra baixo, se destruindo toda, e quebrando muita coisa, até que para. Atordoados, Ilól com muita dificuldade consegue sair, olhando para cima da ladeira, percebe que aquelas coisas tinham simplesmente sumido, como tivesse desaparecido no ar, Gael geme muito de dor, a garotinha ajuda o seu amigo a sair e leva-lo até uma árvore em que possa se apoiar, eeee, é, o seu braço acabou quebrando, além disto tava meio torto, causando uma dor tremenda, Ilól muito aflita pergunta se poderia ajudar em algo? o homem explica para ela pegar o esparadrapo que deveria estar na barraca e dois galhos retos, ao pegar estas coisas, Gael explica que teriam que endireitar o braço, usando toda a sua força, Ilól tinha um pouco de medo, mas entende, então com muito preparo, ela puxa com muita força, Gael grita bem alto de dor, mas pelo menos conseguiu deixa o osso reto, o homem fala para ela pegar os galhos enrola-los junto com o braço, obedecendo, até que ela faz um bom trabalho. Gael até a elogia falando que poderia ser uma boa médica, a garota sem jeito agradece.
Mas voltando, aquilo poderia deixar o braço do homem no lugar até receber o tratamento adequado, eles se levantam e veem tudo oque aconteceu.
Gael-Mas o que diabos eram aquelas coisas?
Ilól-Eu sei lá, meu pai já tinha falado que a noite vários monstros apareciam durante a noite, nunca imaginei que fosse assim.
Gael-Ai, meu braço tá doendo, mas acho que o suporte que você fez deixará tudo estável, até chegarmos a sua casa e fazer um curativo mais decente.
Ilól-Tá.
Gael-[Olha ao longe]O Sol já está nascendo, é bom juntarmos as coisas que não quebraram na queda e continuar logo cedo mesmo.
Ilól-Ok.
Gael-Falta muito?
Ilól-Não, acho que não, conseguimos chegar pelo menos perto de meio dia.
Gael-Beleza, não podemos perder tempo.
Após a conversa, com o céu clareando, Gael e Ilól pegam todas as coisas que caíram com eles e colocam tudo na mochila, mesmo tendo o braço quebrado, o homem leva a bolsa nas costas, embora a garotinha tivesse se oferecido para carregar, assim eles continuam a trilha até a casa da mesma. Horas se passam, provavelmente umas 7 da manhã, e os dois acabam se sentando para descansar um pouco, por fim acabam dividindo como café da manhã um pacote de bolinhos que Gael tinha trazido, mas quando o saco do mesmo lugar onde tava o mapa, Gael fica assustado pois ele não estava ali, pensando que provavelmente o deixou lá na ladeira, mas Ilól acaba o confortando falando que tinha pego o mapa e colocado em seu bolso, o homem fica aliviado, a menina acaba desdobrando e vendo como ele era, por fim entrega ao homem, que imediatamente percebe que não tinha marcações ou nada riscado, isto significa que o mapa que o ajudaria a voltar tinha caído naquela ponte e que estava perdido deste este momento, ele respira um pouco, e grita: ''MAS QUE POR...(lembra que tem uma criança ali)CARIA'' a menina confusa pergunta o que aconteceu, Gael explica que tinha perdido seu meio de voltar para casa, seria muito difícil sair daquela trilha sem isto, antes que Ilól possa o confortar, o homem pergunta se em sua casa teria um mapa, bussola ou qualquer coisa possa o ajudar a sair deste lugar? A mesma responde que provavelmente, seu pai guarda bastante objeto no armazém da casa, o mesmo nunca deixava ninguém chegar perto, mas caso seja convencido, poderia ajudar, Gael ansioso, fala para eles continuarem, após comer o bolinho, eles voltam a caminhada.
Cap.3 A cabana do rio
Finalmente, depois de muito tempo, com o Sol já ter passado do meio dia, Ilól grita animada, apontando para uma direção, pois ali ficava sua casa, eles correm de mãos e finalmente chegam, era uma cabana de madeira, parecia aconchegante, porém bem velha, sustenta por pernas de madeira, uma varanda, uma chaminé de metal em cima do telhado, por fim ela tinha uma sacada que era virada para um córrego que passava na frente dela, a volta tinham vários brinquedos bagunçados, que deveriam ser de Ilól, carrinhos, bonecas, blocos e até corda de pular, todos foram feitos a mão. A garota estava toda energética pois nunca tinha trazido um amigo ali antes, ela puxa o braço(bom)de Gael para levá-lo para dentro, subindo na varanda, por uma porta de correr de vidro, o homem pergunta onde os pais da garotinha estavam? a mesma explica que sua mãe passa grande parte do tempo na cama e que seu pai sempre saia pra caçar, Ilól faz o nosso aventureiro se sentar numa poltrona para descançar e a mochila em outra, enquanto ela iria chamar sua mãe, assim deixando Gael sozinho na sala.
O homem aproveita para olhar em volta e analisar o local, o lugar parecia ser antigo mesmo bem rústico, sem contar que para cada canto que ele olha é coberto de poeira, tinha uma estante de livros bem ali, uma lareira que acima tinha grande espingarda, meio enferrujada e com desenhos estranhos entalhados no cabo de madeira e uma corrente pequena presa a ela, além da caixa de balas ali perto,(bem a Ilól comentou que seu pai era caçador), ele pensou, Gael decide se levantar, para olhar em volta, vários móveis, armário, um cabideiro e algumas pinturas, e um grande tapete no chão, coisas que teriam em uma casa como aquela, num lado tinha uma daquelas janelas meio portas de vidro sabe? que ao abrir, dava pra sacada que era virado pro riacho, parecendo uma correnteza bem forte. Quando Gael termina de olha tudo, Ilól volta com alguma coisa na mão, o homem pergunta onde que tava a mãe dela? a mesma explica que ela ainda estava dormindo, e não queria acorda-la pois ela tinha pegado um doença ferrenha, mas aí a garotinha fala que não teria problema dele ficar ali e até comer alguma coisa se quisesse, a mulher entenderia, porém sobre o pai...Ilól apenas fala que tentaria explicar tudo a ele quando chegasse, após Gael ter entendido tudo, o homem pergunta o que era isto na mão dela, então a guria presenteia ele com um um cisne de origami, como uma forma de agradecimento por ter ajudá-do ela a voltar para casa.
Gael-Muito obrigado, não precisava.
Ilól-Não foi nada, eu e meu pai que fizemos isto quando completei 9 anos há pouco tempo, pode ficar.
Gael-Falando nisto, quando que ele volta?
Ilól-Ele sempre sai pra caçar a estas horas, mas provavelmente saiu para me procurar também, de qualquer modo ele deve voltar hoje a noite.
Gael-Que bom, mas como ele é?
Ilól-éééé.é melhor você mesmo ver ele, meu pai não gosta que fique falando dele.
Gael-...[Coloca o origami no parapeito de madeira]Tá, mas enfim acho que tanto você quando eu estamos com fome, disse que sua mãe não se importaria se comêssemos algo né?
Ilól-Isto mesmo, vamos para cozinha.
Das 13:00 da tarde até escurecer, os dois fazem muita coisa juntos, além do mi "mini almoço" que fizeram, com pães, manteiga e presunto usando uma faca, tinha um porta facas cheio ali, Gael brincou muito com ela, com seus brinquedos, pulando corda, pega pega, até foram se molhar um pouco no riacho, estavam se divertindo muito, Gael também contou umas histórias e algumas piadas que a fizeram rir, além disto a garota mostrou o quarto pra ele, suas roupas, cama e brinquedos, Gael e Ilól se apegaram muito, o homem podia até dizer que parecia que a garota não se divertia assim a muito tempo, como se nunca tivesse um amigo ou alguém além de seus pais, então o mesmo se pergunta do por que deles viverem tão isolados? mas seus pensamentos são interrompidos quando Ilól o chama para ver quem desenha melhor.
Chaga a noite, os dois estavam sentados na sala, e o pai de Ilól, tava ficando estranho ele demora tanto e até agora a mãe não levantou da cama aparentemente, Gael até tenta comentar isto com a garota, mas acaba mudando de ideia, a guria tava desenhando ela e ele no papel, então o homem sente uma certa coisa e pergunta onde ficava o banheiro? Ilól explica que ficava na porta no final do corredor depois do quarto de seus pais, após ouvi isto, ele se levanta e anda até lá deixando a guria sozinha, quando passa pelo quarto de casal, um cheiro de podridão e algo estragando, isto ataca Gael de um jeito que ele tapa o nariz e se agacha no chão quase vomitando, ele se pergunta que odor dos infernos era este? será que era da tal doença? parecia ter algo morto ali, aproveitando que ele estava próximo ao banheiro, além do número 1, solta tudo que aquele cheiro causou, junto com o que ele comeu durante a trilha inteira.
Saindo ele fica muito curioso, que diabos de doença era esta que emitia este cheiro de cadáver? Gael sabia o quão errado isto é, mas tal sentimento sendo mais forte que ele, o homem vai até a porta e abre para ver como que a mulher tava, mas ao ver ela, ele acaba tomando um susto imenso, pois a mulher claramente estava morta, pálida e estirada no colchão, e o cheiro fazia jus a sua fonte pois claramente tinha algumas partes em decomposição, além de um monte de moscas em volta e osso exposto. Após se recuperar do choque e sair da paralisia, Gael tenta entender o que foi que aconteceu ali? como que ela morreu? será que Ilól sabe? será que foi o pai dela? milhares de perguntas rondam a cabeça, ele se balança para lá e para cá por conta da tontura, até que a sua atenção é tomada pelos quadros da parede, tinha um homem que deve ser o pai, a mãe que era a mulher morta na cama e no meio uma garota, era para ser a Ilól, mas o rosto, cabelo e roupas eram completamente diferentes, mas o que mas assusta era de que aquela garota parecia muito ser com o que ele viu na foto do memorial.
Abaixo da mesa, tinha um pequeno caderno, Gael pega para poder ler mas justo neste momento ele ouve a porta da sala abrindo, além do som de cascos [você não quis dizer de passo?] Não, realmente eram de cascos, como se um animal grande estivesse entrando, além disso também veio junto os gritinhos de Ilól, como se o pai dela tivesse voltado, Gael segura o pequeno caderno e vai até a porta onde abre só um pouquinho, pela fresta dava para ver o final do corredor e só um pouco da sala, mas Ilól tava alegre e falando alguma coisa com algo, provavelmente o pai, mas quando menos se espera, a garota faz um gesto pedindo para entrar, e ao invés de aparecer uma pessoa normal, era algo com um crânio de cervo cheio de rachaduras e uma galhada bem grande, e seu corpo ou é coberto é feito por um pelo completamente escuro, bem grandes, pareciam mais penas, chegando até o chão sendo arrastado, aquela coisa estende o braço acaricia a cabeça, eles parecem estar conversando algo, então a garotinha aponta em direção aonde Gael está, então a criatura se encaminha até tal direção, o homem fica desesperado e com medo sobre o que aquela coisa faria se o encontrasse, então ele corre e se esconde embaixo da cama onde estava o cadáver, tendo que aquentar este cheiro terrível, a coisa entra no quarto e começa a procurá-lo, Gael ver apenas a...base? pernas? dele rodeando, um monte de penas pretas, rodeando o quarto, quando o ''pai'' não acha ninguém no quarto, sai abrindo e fechando a porta, Gael vai pra fora da cama e pensa em um jeito de fugir, pensando rápido, ele consegue abri a janela e pular por ela, e junto acaba levando junto o diário, ele acaba correndo para longe, ele até pensava em fugir e esquecer isto tudo, mas se lembrou de Ilól e ficou preocupada com ela, queria salvá-la, o mesmo sabia que em um filme de terror esta seria a pior das escolha, mas Gael não ligava, só precisava entender com o que estava lidando, com o diário em suas mãos ele decide sentar e dar uma lida rápida no que foi escrito ali.
Enquanto isto, lá dentro da casa, a criatura sai do quarto e vai até a menina, Ilól tinha falado que tinha trazido um amigo ali, mas aparentemente ele sumiu e...
Pai-CALADA, menina mal criada, eu fiquei um dia e uma noite inteira te procurando.
[Ele começa a girar entorno dela e cercar]
Ilól-Foi mal pai, eu me perdi, mas pelo lado bom, estou bem e...
Pai-SEM MAIS! eu também falei para nunca fala com estranhos na floresta.
Ilól-Eu sei, mas por sorte conheci alguém legal, ele deve está aqui em algum lugar.
[A criatura aproxima sua cabeça em forma de crânio e encara bem nos olhos da garota]
Pai-Querida eu só não quero que você seja malcriada com o papai.
Ilól-Eu sei.
Pai-Você sabe que eu te amo, né?
Ilól-Eu sei.
Pai-Sabe que eu não quero que nada aconteça com você, né?
Ilól-Eu sei.
Pai-HEHEHEHEH, Então não desobedeça o papai, ele odiaria ter que te ensinar uma lição da forma mais difícil, ou ficará igualzinha a sua mãe, entendeu?
Ilól-T,tá bo,bom eu, eu entendi.
Pai-Que bom, onde é que está o nosso visitante?
Ilól-Eu não sei, ele simplesmente sumiu, mas mochila dele está aí no sofá.
[A coisa anda até ela e analisa]
Pai-Eu irei procurá-lo, não pode ter ido muito longe.
Ilól-Você não vai...
Pai-Pro seu quarto, tá de castigo, só vai sair de lá só quando eu mandar.
Ilól-Tá, tô indo.
Pai-Que bom.
A coisa acaba estendendo o braço e acariciando a cabeça a criança, então sem muita escolhas, a garota acaba o obedecendo e pro seu quarto, enquanto isto a criatura começa a vagar pela casa em busca de Gael, com o intuito de mostrar a Ilól o que acontece quando se é uma garota malcriada.
Cap.4 O diário
Um pouco tempo depois, lá fora, Gael escondido tinha terminado de ler aquele diário, o homem estava chocado, pôs em resumo:
Há muito tempo atrás, uma mulher morava naquela casa junto com sua filha, e seu marido tinha morrido a pouco tempo de câncer, pelo o que deu para ler, tinha muito mais pessoas, uma comunidade humilde, e como tudo deu a entender, isto foi em 1929-1930 mais ou menos, ali existia uma comunidade bem feliz, e mãe junto com esta criança tinham uma vida passiva, mas tudo mudou no começo do ano, provavelmente no começo dos anos 30, uma explosão aconteceu em um centro de pesquisa que tinha ali por perto, causando um apagão e cortando vários meios de comunicação, no começo parecia que era só um problema comum, iria passar, mas durante este tempo, várias pessoas desapareceram, também existiam relatos que de monstros humanoides vagavam pela estrada de terra a noite, a mãe e a filha não tinham muita noção do estava acontecendo, mas vários soldados e veículos militares passaram por ali, acabaram cercando a vila, não deixando ninguém entrar ou sair sem autorização. tempo se passa praticamente o local foi completamente isolado, praticamente abandonado, com várias pessoas desaparecendo, até que acabou sobrando só a mãe e a filha, em um lugar que foi esquecido e deixado para desaparecer e ser consumido pela floresta.
As duas estavam se virando bem, vivendo da caça e comendo frutas, nunca saindo de casa a noite, pois mesmo depois de tanto tempo as criaturas viviam pelas ruínas de casas, por algum motivo não saíam deste lugar que acabou sendo cercado, as duas até pensaram em fugir, mas tinham medo de serem paradas caso tentasse pular a cerca. Então meio que se conformaram em passar o resto da vida delas ali, caçando, pescando e sempre procurando algo para passar o tempo e nunca saindo a noite. mas em uma, a mãe nunca soube o que aconteceu, mas de alguma forma, sua filha foi atraída para fora no meio da madrugada, onde desapareceu, a moça procurou por todo bosque, mas sem sinal dela, ela atém tinha achado pedaços de roupa rasgado dela e infelizmente até sangue, a mulher fica muito triste, aceitando o fato de que sua filha acabou morrendo, ficou dias sem dormir, até que acabou fazendo um memorial com pra ela em uma das árvores, onde rezava toda semana pela sua alma.
[Gael percebeu que a partir daqui a letra ficou completamente diferente, tudo torto, acreditava que deveria ser a criatura que escreveu aquela parte]
Euu, A vir NaqUEla, BelA tARDe, Tããão, FRiÁgil, TãO tRiste, QueriA uMa fIlhA, eU TamBÉM queriiA, Ma5, eNtÃO Eu ir Até ErA, AcostUmaNdo com A lÍnGuA HumaNA, Eu Ofere1 Um AcorDo, sE eLA me DEr um4 BoA h3RteIRA, iRia AjudÁ-La com O que QUIS53se, Com0 a Filha De14, C0m MEdo, Mai InStáveel, aCeITOU, A prIMEIRA SA1u errAdo, Eu a M4TEI, DessoBediende, Matei A mOÇA também, F4rEI, Uma HerDEIra sóZinhO.
[Aparentemente vários anos se passaram]
m4t0 Todo M1-1Nundo, Qu3 CheGUE PerTO, pREciso De UMa bOOA hERdeira, Ma5 tODas a sÃO deFEITuosas, DE50BEtientes, pRecI50 ACERta, eSperO QUe e5Ta dẼ cERto.
[Aí,há baixo têm uma grande lista com anos e nomes ao lado e ao lado tendo um ''x'']
1930-Maria Clara-X-Ela chorou muito alto e não parava.
1949-Helena-X-Quebrou um vaso de plantas.
1960-Cecillia-X-Fez perguntas demais.
1970-Dani-X-Não queria comer a comida que eu trouxe.
1977-Nila-X-Tinha uma cor de cabelo que eu não gostava.
1985-Laura-X-Perdeu uma durante um acidente, não era mais útil.
1990-May-X-Pegou uma doença vinda de rato, tive que matá-la, tava nojento.
2001-Livia-X-Ela tentou fugir pela floresta.
2007-Aiko-?-Ela simplesmente sumiu, acho que ela conseguiu fugir de mim.
2015-Mia-X-Não queria me chamar de pai, descobriu sobre as outras e apenas me chamava de monstro.
2024-Ilól-O-Depois de muito tempo, pensei que finalmente tinha acertado, mas ela sumiu por 3 dias inteiros, não tolerarei erros, quando ela voltar, terei que eliminá-la e fazer outra.
Ao terminar de ler o diário, Gael se levanta de medo e preocupação, pois segundo o que leu, Ilól iria ser morta, assim como as outras garotas, além de se fazer várias perguntas, como assim herdeira? e como continuou arranjando crianças mesmo depois da mulher ter sido morta? bem isto não importa, Gael teria que voltar para salvar a sua amiga e dar um jeito de salvar sua amiga e se livrar daquele monstro. Com muita coragem ele volta se esgueirando por debaixo da janela, o homem dar uma olhada e tava a coisa e Ilól conversando, ele aponta em direção ao quarto e a menina vai até lá, então a o monstro sai a procura de Gael saindo pela porta da frente, o mesmo dar a volta e consegue com muita dificuldade entrar pela sacada sem cair no rio, na sala/cozinha, antes de ir para o quarto buscar a garota, o mesmo decide procurar alguma arma para poder lidar com aquilo, vai até a cozinha e pega do balcão uma faca bem grande e afiada, mas aí ele se lembrou da espingarda em cima da lareira, apesar de parecer velha, deve funcionar, então ele ia pegar a arma e as balas, o homem ouve aqueles sons de cascos, Gael tenta procurar um lugar para se esconder sem ser visto, até que ele ver que no chão onde fica o tapete, uma fenda, um alçapão? Porão? É seguro? Bem Gael não tinha muita escolha, aquilo estava chegando mais perto, bem rápido ele abre e desce as escadas, fechando a porteta atrás dele e tapando a própria boca para não fazer barulho, os sons crescem, a coisa estava bem em cima, rodeando a sala, grunindo, até que para e dar um grande grito de raiva, pelos sons que vieram depois, ele pegou a espingarda, e recarregando com as balas, volta a andar saindo da cabana em busca de Gael.
Falando nele, após o "Pai" ter ido embora, Gael se alivia, depois ele pensou em ir logo e resgatar Ilól, mas quando ia fazer isto uma coisa naquele porão chama a sua atenção, uma mesa e um equipamento em cima dela, além de um monte de papel velho colado na parede, Gael chega mais perto, era um monte de tubos de ensaio, balões de vidro, conta gotas, tipo de coisa que tu veria num laboratório sabe? Mas além disto tinham algumas pedras com coisas esculpidas nelas, pareciam runas, Gael olha pros papéis pregados na parede, tinha uns desenhos, mas além disto símbolos e uma escrita em uma outra língua, o homem não conseguia entender, pelo que conseguiu entender falava de...Clonagem?! Bem ao pensar no que viu no diário, era assim que o cervo fazia crianças, mas como assim herdeira? Uma filha perfeita ou algo assim? Mas aí Gael se lembra que tinha uma criança para salvar, então com muita presa, ele sai do porão deixando aquilo para trás.
Cap.5 Vários tiros 1 destino.
Gael sai pelo Alçapão, com a faca na mão, ele anda até o quarto de Ilól, e lá estava ela em posição fetal e óbviamente se tremendo e chorando de medo, o homem chama pelo seu nome, a garota retorna e muito empolgada, corre até ele dando um grande abraço, falando cagueçando o quando ela estava preocupada e com medom
[Eles se sentam na cama dela]
Ilól-Ga,Ga,Gael eu pppensei queque elele tinha te pepecaddo.
Gael-Tudo bem, tudo bem, eu tô bem, não precisa ter medo.
Ilól-Fiquei com medo de perder você.
Gael-...Oh, Bem não podemos perder tempo, temos que fugir, aqui não é mais seguro, temos que fugir.
Ilól-Mas o meu pai...
Gael-Não, não, aquilo não é o seu pai, euuu acabei descobrindo tudo.
Ilól-Oh, e minha mãe...
Gael-Sim, sinto muito.
Ilól-Desculpa não ter falado antes, é que...
Gael-Não, Ilól, nós temos que sair, eu prometo que quando chegarmos em casa, você vai ir para escola, terá amigos e finalmente estará livre e comendo pastel.
Ilól-Sério?
Gael-Sim, mas teremos que sair, bora logo.
Ilól-Tá.
Após o papo rápido os dois se dão as mãos, andando silenciosamente pelo corredor até a saída na sala, eles olham as espreitas para ver se o cervo, mas antes que possa ser ouvido, um tiro acerta o ombro de Gael, o impacto e a dor faz ele ir cambaleano e caindo no meio da sala, tentando tapar a ferida para não perder tanto sangue, Ilól fica chocada e tenta ajudar, mas aí o cervo entra pela porta, carregando aquela maldita espingarda, muito furioso.
Pai-ILÓL SUA GAROTA MAL CRIADA.
Ilól-Pai eu.
[A coisa avança e para encarando]
PAI-CALA A PORRA DA BOCA!!!!! garota desobetiente, Quando eu cuidar deste homem eu irei me tratar de você.
A coisa levanda a espingarda e aponta bem no meio da cara de Gael, pronto para atirar, mas aí Ilól de coloca na frente, mas aí o cervo a pega pela cola da blusa e a joga pro lado e a coloca em um canto.
Pai-Não me atrapalhe!
Quando ele se vira para voltar para Gael, Ilól olha para se, se lembra de tudo, então no impulso, ela corre e pula encima do monstro, o agarrando com toda sua força, a coisa se girar e balança por todo o cômodo da cabana, até se batendo com a garota nas paredes, mas Ilól segurava firme, mas aí o monstro consegue tirar e pegá-la, por fim a joga pro final do corredor, a atortoando.
Pai-Coisinha maldita, o meu azar é que preciso de você viva...Há não ser que...
A criatura levanta a arma e mira na criança, um lugar que a fizesse para-la, mas não matá-la imediatamente.
Gael ao ver isto, mesmo sentindo muita dor e perdendo sangue, se levanta, pega a faca que tinha caído ali perto e corre até o monstro.
Quando o cervo ía puxar o gatilho, do nada vem Gael do lado, pula encima dele e lhe dar uma facada na nuca, aparentemente o ferindo e começando a derramar sangue, pois a coisa dar um grande berro de dor e se contorcer, jogando a espingarda para longe e Gael também na cozinha perto do balcão, a coisa com muita raiva fica bem encima dele e se prepara para matá-lo ali.
Após sair da tontura, Ilól ver que seu "pai" fazendo isto, nevorsa, mas sabendo que deveria agir rápido, nota a espingarda jogada no meio da sala, corre até ela sem ser notada, pegando a arma se prepara para atirar pelas costas do monstro, mas por causa do nevorsismo, não conseguia mander o pulso firme, estava se tremendo toda, mas por fim iria apertar o gatilho.
Quando o cervo abre a sua mandíbula para tirar a vida de Gael de uma forma brutal BANG! Um tiro passa de raspão, errando, a coisa se vira e ver garota, segurando a espingarda, tremendo e soando.
Ilól-Droga errei.
[A coisa se aproxima]
A garota iria dar um outro tiro.
Pai-[Chega mais perto] Filhinha sério que você tentou fazer isto com o papai?
Ilól-Cala boca! Tu,tu, não é, eu.
A garota tenta puxar o gatilho, mas não consegue, está paralisada.
Se aproxima e abaixa a arma da mão dela.
Pai-Qualé filha você não seria capz disto né?
Ilól-[Chorando] Eu, Eu...
Pai-Tu dar com muito medo, deixa que o papai te ajuda.
A coisa estende um braço e dela sai garras extremamente longas, que se preparam para atacar.
Gael se levanta mancando muito, ao ver a criatura encima de sua amiga, apenas tenta abordar a primeira ideia que lhe veio na cabeça.
Quando o cervo ía dar um jeito em sua filha, num acontecimento rápido ele é atacado com muita força por trás, fazendo os três indo até sacada, quebrando o parapeito de madeira, caindo no rio, assim o cervo, Gael e Ilól acabam sendo levados pela forte correndeza para bem longe da cabana.
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Tempo depois, Ilól e Gael acabam parando na margem de uma parte do rio, junto com aquela espingarda, os dois acordam, aliviado de estarem bem, mas o homem ainda estava sentindo muita dor e perdendo o sangue por causa da bala, os dois se levandam, Gael usa a arma como apoio para conseguir andar pois estava doendo muito, a dupla consegue se afastar da margem do rio pensando finalmente conseguiram se livrar daquele monstro, mas após alguns metros de distância, das águas acaba emergindo o cervo, ao ver Gael e Ilól a frente, com toda sua fúria avança, indo para cima do homem e ficando encima dele, tentando pegar a espingarda de suas mãos, mas o mesmo não deixa, a garota consegue pensar rápido, pegando um monte de pedrinhas que tinha no chão e jogando nas costas do cervo isto o distrai fazendo-o se virar, Gael aproveita e joga a arma para cima, Ilól consegue pegar, tendo só mais uma bala no cartucho, a menina se prepara para finalmente acabar com tudo isto, mas aí coisa chega bem perto dela, ao ver que ela estava tremendo de medo o cervo a testa denovo, falando que ela nunca iria conseguir, mas quando menos se espera, Gael vem por trás e se agarra o segurando e apertando o pescoço, fazendo o monstro rugir e levantar a cabeça, "ATIRA LOGO!" Gael grita.
Ilól-AAAAAARGH!
BANG!
O som estridente ecoa pelas árvore, Ilól tinha fechado os olhos com força, mas quando abre, tudo que ver era fumaça saindo da espingarda e um baita buraco atravesando aquele crânio, a coisa fica estática, então todo o seu corpo começa se desmanchar, pedacinhos pequenos começam a sair, virando penas por fim desaparecendo no ar, por fim todo o corpo do monstro acaba sumindo, tudo o que sobra é o crânio de cervo que cai no chão. Há e Gael também, Ilól corre até ele e acaba o levandando tentando o ajudar, mas ele já tinha perdido muito sangue, anunciando que estava muito fraco, com a noite quase acabando, sem saber o que fazer agora, o homem ver que ali tinha uma placa velha perto do riacho, nela estava escrito colina e apontando em uma direção , o homem se lembrou do porque estava nesta maldita trilha em primeiro lugar, Gael apenas pede para levá-lo para que possam ver nascer do Sol juntos, Ilól fica muito aflita, mas sem muitas escolhas, acaba obedecendo e o ajudando a ir até o topo desta colina.
Gael se sentia cada vez mais fraco e perdendo mais sangue, Ilól até se sujou com isto, mas não iria parar, eles estavam subindo naquela colina, com muito esforço, por aquela grama eles consegue chegar no topo, onde tinha um pequeno e velho banco de madeira, os dois acabam se sentando, descansando e vendo o nascer do Sol juntos.
Gael-Realmente a paisagem é bem bonita.
Ilól-Gael, você vai ficar bem?
Gael-Sinto muito garota, não posso prometer isto.
Ilól-Eu irei sentir muita saudades.
Gael-Ei não chore, eu sei o quão forte você é.
Ilól-Eu...Eu.
Gael-Me prometa.
Ilól-O quê?
Gael-[Cof,Cof] Quando sair deste lugar coma um pastel de carne por mim.
Ilól-Hehe, tá, eu prometo.
Gael-Você é uma boa garota.
Ilól-Obrigado por me ajudar Gael...Gael?
Ele parou de se mexer, a garota começa a chorar, mas promete para se mesma ser forte e continuar, por fim ela deita a sua cabeça na perna de Gael e fica ali para terminar de ver o nascer do Sol.
Horas depois, lá na entrada da trilha, o homem que cuida do visitantes, começa a ficar muito preocupado com Gael, pois já fazia mais de 2 dias que ele tinha entrado e não voltou, ele pensa em informar pras autoridades ou seus superiores que mais uma pessoa tinha desaparecido, mas muda quando de sua cabine ao longe ver uma sombra se aproximando, ele fica aliviado em não ter que riscar mais um nome, ele se prepara para fazer perguntas típicas de como achou? Ou do que mais gostou, mas aí ele se supreende quando aquela silhueta se aproxima, era a mochila de Gael, mas ao invés de ser ele era uma garotinha, pequena e de cabelo preto, toda suja e aparentemente machucada, ela chega até o portão, o recepcionista acaba liberando.
A garotinha atravessa, indo até o recepcionista que olha para ela com uma expressão de confuso, questiona o que aconteceu, mas aí a menina apenas faz uma pergunta: Moço, voocê teria um pastel de carne?
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