Fênix
Numa noite, calma e tranquila bem escura, em um quintal que era iluminado apenas pelo luar, recebe um clarão alaranjado forte, parecendo um comenta de fogo, ele acerta bem no meio do pátio do orfanato:Menina de Sarandi, todas as crianças naquela casa dormiam, só um garoto de uns 4 ou 6 anos, seu nome era Joaquim, que continuava acordado lendo um livro, a sua atenção é chamada por causa da pequena explosão lá de fora, curioso, o muleke decide ir lá fora ver o que estava acontecendo, então desce da cama e anda com muito cuidado para não acordar às crianças naquele quarto. Joaquim foi criador naquele orfanato desde que era um bebê bem novo, como um clichê de novela, ele tinha sido abandonado na porta daquele lugar em uma caixa de papelão e enrolado em um pequeno cobertor, tinha só um bilhetinho com o nome Joaquim e umas penas que pareciam queimadas, então ele acabou virando um órfão daquele lugar e cresceu naquele lugar, o menino tinha uns amigos, como um outro muleke chamado Jonathan e uma menina chamada Isabel, mas ele sempre foi uma criança quieta, na sua, que não interagia com os outros. Com tudo explicado, voltando pro momento agora, Joaquim consegue sair do quarto, naqueles corredores escuros, com luzes da Lua passando pela janela, ele desce as escadas e consegue chegar no pátio, ele era bem grande e aberto, por cima, com bancos, uns brinquedos e uma grande cerca de ferro em volta, só que desta vez no meio tinha uma coisa bem grande, parecia uma grande massa cinza e peluda, apesar de estar com muito medo, Joaquim meio que se sente atraído, difícil de explicar, algo estava o puxando para aquilo que agora parecia um monte de penas, podia ser curiosidade ou fascínio, mas era algo bem mais profundo.
Após alguns passos, Joaquim chega bem perto da coisa, aquilo estava respirando, Joaquim estende a mão para tocar, então ele acaba tomando um grande susto, o monte de penas se mexe, levanta e revela ser uma ave, alguma espécie de falcão ou águia, porém ele parecia ser muitas vezes maior que qualquer pássaro comum, tipo ele era bem maior que Joaquim e se comparar até mais alto que um humano adulto, suas penas era cinzas, parecendo que tinham sido queimadas pois por todo corpo da criatura saía vapor ou fumaça branca, nos escuro a luz da lua o destacava ainda mais, a ave olha pro Joaquim, Ela (ou ele) parecia estar bastante cansado e exausto, o muleke pergunta se a águia estava bem? a criatura apenas pisca o olho, então quando ia andar para frente ele cai, Joaquim fica preocupado, corre para frente e segura a cabeça do pássaro, o garoto pensa que ela com sede, então com cuidado ele volta para dentro do Orfanato Sarandi, com cuidado vai até a cozinha, pega uma vasilha, enche com água da torneira, depois Joaquim sai e volta pro pátio. Lá ele oferece a bebida que pegou para o falcão, então a criatura coloca o seu grande bico na vasilha (que quase não cabe), então em poucos segundos ele bebe toda a água, Joaquim se surpreende, mas pergunta se ele estava bem agora? mas o pássaro apenas olha para ele com uma certa fixação, então as suas asas começam a emanar um brilho, ele sobe e cobre o corpo inteiro, além do clarão também vinha um certo calor, em poucos segundos, todas as suas penas começam a pegar fogo, uma onda calorenta de fogueira ataca Joaquim, o fazendo cair no chão, preocupado ele olha pro seu amigo pássaro, mas ele parecia bem, não sentia dor ou se incomodava com aquele fogo, era como se fizesse parte dele, parecia tudo normal para ele, antes de Joaquim reagir ou fazer qualquer coisa, a fênix chega perto do menino, junto com o calor do fogo que fica maior, bem insuportável, fazendo o muleke ficar tonto, a ave apenas toca com o seu bico a testa do menino, depois ele cai no chão de tontura, a criatura vai para trás e simplesmente voa se pro puncionando para cima, causando uma pequena "explosão", deixando tudo queimado, Joaquim olha para cima para a abertura do pátio, onde ver estrelas e um grande rastro de fogo voando no céu.
Muitos anos se passam, agora Joaquim já é um adulto bem grande, fazem uns 25 anos mais ou menos deste a noite em que ele viu uma fênix quando mais novo, ele tentou contar esta história para todo mundo, porém ninguém acreditava, pensando que era imaginação dele quanto mais novo, naquela noite até que foi ouvida a explosão, mas ao verem desmaiado no pátio, tinha uma vasilha molhada lá também, presumiram que ele deveria ter tentado fazer alguma experiência que viu na t.v, mas a reação acabou gerando uma explosão e o fazendo desmaiar, por sorte não sofreu nenhum dano, mesmo Joaquim falando que viu uma fênix de verdade e ninguém acreditava, viveu uma vida normal, cresceu no orfanato feliz com seus amigos, infelizmente passaram a adolescência no orfanato Menina de Sarandi e ninguém os adotaram, mas não teve problema, Isabel começou a estuda jornalismo e acabou indo para uma cidade vizinha para trabalhar num jornal, Jonathan foi para as forças especiais brasileiras, só não especificou se era policial ou militar, o fato é que nunca mais foi visto. Enquanto Joaquim virou um grande pintor, ele fazia pinturas de aquarelas incríveis, ele conseguia se sustentar muito bem, comprou uma casa, ele vendia muitos quadros, de pessoas, lugares, animais ou qualquer coisa que as pessoas lhe pedirem, vendeu até um quadro de dois ratos filhotes brincando para um homem bem rico e sua filha, Joaquim conseguiu comprar sua própria casa, praticamente o cara tinha a vida perfeita. Porém ainda tinha um vazio dentro de se, uma noite ele teve vários pesadelos e sonhos, era sobre a fênix, apesar do que todos falavam, ele jurava que ela era real, não conseguindo dormir, Joaquim se levanta da cama e vai até o seu estúdio de arte, o homem pega um quadro, coloca no cavalete e começa a pintar, usando sua aguarela, colore com laranja, vermelho e amarelo, misturando tudo, ele faz um grande desenho, ao fundo um cenário com montanhas e árvores e bem no centro uma grande fênix brilhante, ao perceber o que tinha feito, Joaquim fica muito frustado e decepcionado com ele mesmo, dando um chute no cavalete o homem se pergunta se não consegue ficar 1 minutos sem pensar nisto? Ele respira e fica calmo, amanhã era sábado, dia de descanso, quem sabe isto não o faça esvaziar a mente sobre estas coisas, então após arrumar a bagunça que tinha feito, Joaquim volta pro seu quarto e dorme pois amanhã ele iria dar um pequeno passeio pelo park, quem sabe a partir disto as coisas não seriam diferentes para Joaquim?
O Sol raia em mais um dia, era sábado, fim de semana, o nosso pintor acorda meio cansado por conta da noite anterior, mas o mesmo tenta se recompor, levanta-se da cama, como era um dia de folga o moço se arruma, toma café e sai para dar um pequeno passeio no park que fica perto de sua casa, ele não mora mais na mesma cidade do orfanato, assim como seus amigos Joaquim se mudou, agora morando naquele lugar que era perto de onde ele cresceu. Uma caminha pela grama verde do park, com pessoas se divertindo, passeando com cachorros ou apenas fazendo um piquenique, ele decide se sentar no banco e relaxar, Joaquim tinha trazido um pouco de pão para poder dar as migalhas prós pássaros, tinha aves de várias cores, azul, cinza, vermelho, marrom...Ele ainda está pensando naquela fênix, ainda mais por que ele começou a senti uma coisa estranha em seu peito, parecia um calor ou uma queimação perto de seus pulmões, começou a ficar desconfortável, ele começa a tossir e passar mau, era como se tivesse sentido uma temperatura de 45° tentando sair para fora, após se contorcer de dor, alguma espécie de vapor quente escapa de sua boca e narinas, então quanto menos se espera, fogo sai por todos esses buracos, as chamas cobrem sua cabeça não dando para ver sua reação, mas dava para percebe que Joaquim sentia uma dor insuportável, todos no park olham assustados e confusos olhando aquela cena bizarra, não sabendo o que tinham que fazer, mas quando menos se espera, o fogo para e some, o homem fica com a cabeça abaixada, uma mulher de cabelos cacheados que passava por ali, chega perto para ver se ele estava bem, porém de cara dava para ver que ele não sofreu nenhuma queimadura ou ao menos algum ferimento grave, incrédula, quando a moça ía tocar no rosto de Joaquim, o mesmo levanta a cabeça, dando um grande susto na mulher de cachos, agora os seus olhos estavam completamente pretos, escuros como a noite, parecendo que não tinha mais pupilas, uma faixa meio marrom meio vermelho saíam da ponta de seus olhos, como se fossem pinturas de rostos, por fim, bem no meio da testa existia uma espécie de "x" vermelho, como se Joaquim tivesse sido marcado, a mulher ao seu lado, confusa e com medo pergunta se ele estava bem, porém Joaquim olha para ela, levanta o braço e fica com a palma da mão virado para de cachos, segundos depois fogo surge do nada, cobre o corpo inteiro dela, a queimando fortemente até virar cinzas. Após ver os seus novos poderes, Joaquim olha para um homem que estava passeando com o seu cachorro, que agora estava paralisado de medo com o que acabou de acontecer, começa a pegar fogo também pois Joaquim tinha levantado o braço para ele, o cão foge após ver o seu dono morrer queimado, um casal que estava fazendo piquenique se abraça com medo em cima do pano, mas então Joaquim chega perto e levanta o braço apontando pro marido, que se queima numa temperatura bem alta até morrer, a sua esposa começa chorar bastante pela morte de seu marido, pergunta com raiva pro Joaquim do porquê ele estar fazendo aquilo? O mesmo sem expressão, sem reação, sem nada, apenas aponta a sua mão para a mulher e transforma outra pessoa em cinzas, não ligando pro massacre que estava fazendo naquele parque, todos ao seu redor fogem dele, Joaquim vai até um laguinho que tinha ali e olha para se mesmo, ele ver no que se transformou, o homem também não conseguia sentir mais nada, nenhuma emoção ou sentimento, mas antes dele questionar o que estava acontecendo, ele sente que algo estava o chamando, era como se ele precisa e ir para algum lugar, era uma sensação bem forte, parecido com o que ele sentiu a tantos anos, Joaquim anda, sai do parque e começa uma pequena viagem até a coisa que estava pedindo a sua ajuda.
A notícia de uma pessoa tacando fogo nas pessoas é acionada e espalhada pela cidade, poucos detalhes são dados, como dele estar usando uma maquiagem no olho e usando lentes de contato pretas, enquanto outras características são omitidas, como o fato de manisfestar chamas do absoluto nada. Enquanto isto Joaquim anda pelas calçadas com um óculos escuros e um boné que ele roubou de outro cara que ele matou queimado, assim cobrindo o que mais chamava em sua aparência, Joaquim ainda estava indo para aquele lugar que o chamava, porém ele ficava bastante longe, significando que ele precisaria de uma carona, então ele chega no ponto de ônibus e espera, tinha umas pessoas lá que ao verem sua testa, segundo as notícias dadas, elas correm de medo por temerem o que ele poderia fazer, após alguns minutos o ônibus chega, as portas se abrem, então Joaquim entra e antes dele passar a catraca, tinha o motorista que segundo seu crachá se chamava: Ross e ao lado dele tinha a sua filha pequena num cesto de bebê com o nome, Fiona pendurado, Ross pede dinheiro ou passagem pro Joaquim entrar, o mesmo pede para que o deixe se não teria consequências sérias, Ross sem levar a sério, até dar uma risada e pede para ele pagar se não seria expulso, vendo que não conseguiria andar de ônibus de forma fácil, tira os óculos e o chapéu, revelando que era o "piromaniaco" que estava a solta na cidade, alguns passageiros do ônibus saem sali correndo, mas os que ainda não viram a notícia continuam, assim como Ross que não entende a situação e pede mais uma vez pro Joaquim sair se não tiver dinheiro, para mostrar pro motorista o que realmente estava acontecendo, Joaquim levanta o braço apontando para Fiona no cesto, então o pézinho dela começa a pegar fogo, então a bebê chora pela dor, Ross desesperado pergunta que diabos ele estava fazendo com sua filha? Joaquim apenas fala para ele deixá-lo entrar no ônibus se não quiser sua menina em cinzas, Ross sem muita escolhas, permite a passagem destravando a catraca, então Joaquim para de queimar a Fiona, após verem aquela cena, o resto dos passageiros saem do ônibus com medo daquela coisa, mas antes de ir pro seu banco, Joaquim pega o seu celular abre o GPS e pergunta se Ross poderia levá-lo até o local marcado no mapa, Ross apenas aceita e diz que iria dirigir até lá sem problemas, com tudo dito, Joaquim entra no ônibus e se senta no banco, então Ross começa a dirigir até o ponto desejado por está passageiro.
Uma hora se passa, Ross por obrigação tenta levar com segurança o passageiro perigoso em seu ônibus, se não ele faria algo com sua filha, enquanto isto, Joaquim, sentado no banco, olha pelas janelas o veículo o por do Sol, no fim de tarde em que todo o céu é pintado de laranja e vermelho, isto o faz lembrar de um velho conhecido, a atração que ele está sentindo para ir neste lugar, é quase parecida com o que ele sentiu naquela noite, só que estava muito mais forte, e ela só ía crescendo, então o ônibus para, Ross fala que o trouxe ao seu destino, Joaquim se levanta de seu banco e sai do veículo, as portas se fecham abruptamente, então o ônibus vai embora. Agora com o céu escurecendo, Joaquim estava na frente de um grande laboratório de uma empresa bem famosa, ele queria entrar lá, então sem medo ele vai até a porta de vidro entrando no local, todos olham confusos, cientistas, pessoas de terno, até a recepcionista naquela sala de entrada/espera tinham virado sua atenção pro homem com olhos pretos, maquiagem em volta dos olhos e um "x" vermelho na testa, Joaquim levanta as duas mão, então um guarda e um cientista ali começa a pegar fogo, todos correm em pânico, Joaquim levanta as mãos várias vezes, queimando várias pessoas, fazendo cinzas e muita fumaça voar pelo ar, a sala inteira agora é iluminada por uma luz laranja e coberta por faíscas, sobrou nem para a recepcionista que tentou se esconder de baixo na mesa, mas acabou sendo achado pó Joaquim. Nos corredores, em uns andares abaixo do laboratório, dois cientistas conversavam sobre coisas banais sobre a vida, como café da manhã, esposa, a pesquisa sendo feita na fronteira entre Argentina e o Sul do Brasil está perdendo o controle, o que iriam fazer depois do trabalho, só fofocando sobre a vida sem saber o que estava acontecendo, até que ao fundo do corredor saem vários gritos, que só iam aumentando, os pesquisadores com medo não sabiam o que era aquilo, até uma luz amarela, fumaça, cinzas e algumas faíscas saírem da curva do corredor, e daí, bem andando calmamente, sem expressão, um homem com olhos pretos e uma marca na testa, Joaquim ao ver os homens no outro lado corredor, percebe o que eles usavam no peito, levanta as duas mãos e queima a cabeça deles, com dor, a parte acima do pescoço pega fogo até sobrar só o crânio, então os cientistas caem mortos no chão, Joaquim chega perto de um dos seus corpos e pega do de um deles o cartão de autorização pendurado no jaleco, então ele volta a andar para mais fundo naqueles corredores.
Após muito tempo, Joaquim chega em um elevador registro, mas graças ao cartão de acesso que ele roubou, o mesmo consegue chamá-lo e abri-lo, então ele entra e tinham vários botões, vários andares, e bastantes para baixo, seria fácil qualquer um se perder ou se confundir com aquilo, mas a coisa o guiou, sabendo o andar certo, Joaquim aperta um botão bem grande no meio, então o elevador começa a descer, então o homem tinha que esperar até lá, alguns minutos depois, ele chega e as portas se abrem num corredor de metal bem grande, Joaquim anda por ele até chegar na ponta com um grande portão dublo de ferro, agora ele precisava de senha, mas usando seus poderes, o homem levanta as duas mãos e faz força, criando um calor intenso e muito forte, tão imenso que o portão derrete e liberando uma abertura, após passar por ela, Joaquim fica sem acreditar, uma câmara gigantesca de quilômetros, no meio tinha uma coisa que ele não via a um bom tempo, o lugar era tão grande que ele precisou descer uma longa escada até chegar no chão, assim ele pode ver melhor, a sua frente, em cima de uma plataforma, com cabos conectado e duas garras segurando, era a fênix, cansada e completamente cinza, só que agora pareceu que ela cresceu, pois diferente de antes, ela tinha ficado enorme, sendo do tamanho do orfanato, ou até o triplo, poderia facilmente ser outra, mas Joaquim sabia, ele sentia, era a mesma criatura que ele conheceu no pátio aquela noite, de novo ela parecia precisar de ajuda, pois ela estava presa e desmaiada, ao lado da plataforma tinha um painel de controle, Joaquim corre até ele e começa a apertar vários botões e puxar algumas alavancas, porém nada funcionava, após várias tentativas, Joaquim consegue, as garras que seguravam com força a fênix a soltam, fazendo a cair no chão da plataforma, mas justo neste momento guardas e soldados fortemente armados entram, Joaquim ver isto e corre até ficar de frente com os braços abertos para proteger a ave, os homens se preparam para atirar, Joaquim também estica os dois braços para usar o seu poder, mas neste momento, em poucos segundos, a fênix desperta, se levanta e começa a se cobrir em fogo, Joaquim se distrai e vira a cabeça para poder olha-la, mas os guardas apenas apertam o gatilho, as balas vão em direção ao homem, a fênix abre as asas e voa para cima quebrando tudo, fazendo um grande buraco no teto bem lá em cima, mostrando a noite estrelada, Joaquim apenas cai no chão, o mesmo começa a derramar muito sangue, o destino é certo, mas lá em cima na noite escura, com o brilho em seus olhos, ele ver um rastro de fogo cortando o céu com uma grande luz laranja, então Joaquim solta uma lágrima de felicidade e o brilho em seus olhos se apagam.
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