O metrô

 

  Jerry voltava para casa pegando um metrô após um longo dia de trabalho, ele seguia sua rotina normalmente, passava pela entrada, pegava o ticket e depois descia de escada rolante até lá embaixo, como ele trabalhava até bem tarde, sempre se deparava com uma estação de metrô completamente vazio, tinha só ele ali e quase nenhuma outra alma viva, também tinha muito silêncio, os únicos barulhos eram dele, dos zumbidos das lâmpadas e os painéis típicos de metrô, que agora apitaram e falaram que falta dez minutos pro trem chegar a esta estação, Jerry sem muita coisa para fazer, aproveita este momento no velho banheiro, lavar o rosto e fazer suas necessidades. entrando no banheiro masculino ele se depara com um outro homem aparentemente lavando as mãos, ele era meio estranho, o homem era bem alto, sua cabeça quase bate no teto, ele tinha um cabelo grisalho muito longo e liso, ele parecia usar um jaleco preto de couro bem grosso, o moço também usava botas bem chiques, o homem parecia que não percebeu ou estava ignorando Jerry ali, pois mesmo ele está o encarando por conta de sua aparência sombria, ele não movia a cabeça um centímetro, bem Jerry lembra que precisava urgentemente fazer o número 1, então ele entra numa das cabines e se alivia, ao sair percebe que aquele homem alto sumiu, porém Jerry não ficou nem 30 segundos na cabine, como aquele homem foi embora tão rápido? Ele sai do banheiro(Após lavar as mãos)volta a estação e tenta procurar aquele homem alto, mas simplesmente ele sumiu, Jerry procurá para todos os lados para ver se o encontra, mas simplesmente não acha ninguém, o cara alto simplesmente sumiu, ele não consegue entender como uma pessoa assim e deste tamanho pode desaparecer, ele pensa que podia ter saído do metrô, mas de novo, ele nem demorou tanto tempo no banheiro, ele teria o visto indo para escada, mas indo lá, também não tinha ninguém, Jerry fica bastante confuso com este acontecimento, mas não podia pensar muito pois tinha que dormir bem cedo quanto chegasse em casa, então prefere apenas acreditar que isto foi só uma alucinação, ele estava trabalhando tanto que estava imaginando coisas, realmente estava ficando bem cansativo, enfim os painéis falam que o trem finalmente chegou, já estava na estação, então Jerry corre até ele e entra, e assim como a estação o trem estava vazio, tudo sendo ocupado apenas com um leve silêncio, era até meio estranho aquele lugar estar tão vazio assim, mas Jerry nem liga, o coitado estava muito cansado para pensar, então ele apenas vai pro seu acento que sempre se senta, e aproveita dar uma pequena soneca enquanto o trem parte. Depois de um tempo Jerry se acorda pois o trem já estava chegando em seu ponto, mas por algum motivo ele não para e passa direto por ele, o homem fica completamente confuso do porquê isto aconteceu? E também bravo, então ele passa pelos vagões do trem até chegar na cabine de controle tirar satisfação com o maquinista, chegando lá, ele era apenas um velhinho, com a roupa da empresa do metrô, mas Jerry não queria nem saber e reclama com ele por ter passado direto do seu destino! o senhor se desculpa por isto, ele estava bem cansado, Jerry pensa um pouco e percebe que entende bem o que o maquinista tá passando, então apenas fala que tá tudo bem, ele poderia parar na próxima estação, estaria perto de sua casa também, então era só ele descer e fazer o resto do caminho a pé, o maquinista fala que está tudo bem e agradece pela compreensão, Jerry volta pro seu vagão e se senta esperando o trem chegar na estação, após chegar no destino, ele desce do trem, sai do metrô e anda o resto do caminho até o seu apartamento, quando termina de chegar ele está tão cansado e exausto que nem tira a roupa do trabalho, ele joga a maleta pro lado e desaba em sua cama, assim simplesmente apaga, descansando só um pouco pois amanhã bem de cedo ele teria que acordar e ir trabalhar.

  Nos escritórios de seu trabalho em mais um dia, Jerry trabalhou por muitas horas escrevendo arquivos, é que chegou muita coisa para fazer, então ele ficou várias horas escrevendo, digitalizando, imprimindo e organizando arquivos, até passou das meia noite, mas o importante é que Jerry poderia voltar para casa, quase madrugada, mas mesmo assim poderia descansar. Chegando no metrô faz toda aquela rotina e desce até a estação esperar o trem chegar, e como ele ficou muito tempo no trabalho, meio que não tinha muito tempo para esperar, o trem chega quase que imediatamente na estação, Jerry entra e quando ia pro seu acento, ele toma uma surpresa no minimo interessante, aquele trem no qual ele sempre viu vazio (a noite pelo menos) Agora tinha uma pessoa ali, uma mulher de uns 30 anos, asiática e de cabelo preto, Jerry até fica feliz em ter uma companhia ali pelo menos uma vez, ele sempre tinha que ficar sozinho ali estas horas, era até meio assustador ficar em um trem tão vazio, ele pensa até em puxar um papo com ela, para quem sabe fazer alguma amizade ou só conversar mesmo, então ele toma coragem  e se senta do lado dela e pergunta do porquê ela está ali a estas horas, a mulher por um tempo não fala nada, tinha até um olhar distante, Jerry tenta chamá-la mais uma vez, então a mulher toma um grito como tomasse um susto e gritando para se afastar! Jerry se desculpa, não queria fazer mal a ela, a mulher ao ver ele e notar o que fez, respira bem fundo e se desculpa.

Jerry-Tá tudo bem?

...-Tô, desculpa pelo grito, é só o estresse eu acho.

Jerry-Desculpa ser intrometido, é que eu sempre fico neste metrô sozinho, quando vi você pensei em puxar um papo.

...-Hm, eu entendo, meu nome é Gya aliás.

Jerry-Nome bonito, o meu é Jerry.

Gya-Nome da hora, mmr.

Jerry-O que foi?

Gya-Nada, só uma dor de cabeça.

Jerry-Eu entendo, eu trabalho bastante, to sentindo constantemente a mesma coisa que você.

Gya-Quem diria que duas pessoas aleatórias num metrô tinha tanto em comum, você está voltando do trabalho?

Jerry-Sim e você?

Gya-Eu moro com o meu marido, fui fazer uma visita para a minha mãe, eu estou voltando para lá,...

Jerry-Tá tendo algum problema a mais?

Gya-Olha é meio falta de educação se meter na vida pessoal das pessoas.

Jerry-Desculpa, é que sou só curioso, mas não pude deixar de notar o seu rosto, você parece muito mais que cansada e mal, só aconselho se você tiver algum problema procurar ajuda.

Gya-Olha!..., í! Acho que passamos direto por uma estação.

Jerry-Pera! Era a minha estação! De novo! Vou ter que ir falar com o maquinista.

Gya-Vai lá reclamar com ele.

Jerry-E você?

Gya-O meu ponto é depois do próximo.

Jerry-Ok, estou indo, bem, pense no que eu disse.

Gya-Os problemas são meus, eu sei como lidar com eles.

Jerry-Mas se você tiver problemas, o que está óbvio, você precisa...

Gya-Qualé! Você não precisa parar o trem?

Jerry-Ah é! Estou indo! Só segue este conselho.

Gya-...Vai logo!

  Após está conversa, Jerry se levanta e se dirige ao maquinista, ele pensa que não poderia ignorar o estado de Gya, alguma coisa ruim estava acontecendo com ela, a mulher estava usando um casaco bem grosso, mas além das olheiras, dava para ver umas marcas vermelhas e cicatrizes no pulso e no pescoço, algo estava acontecendo com ela em casa. Mas Jerry não tinha tempo para se preocupar com isto, ah cada minuto que passa o trem fica mais longe da sua casa! Na cabine estava lá, o velho maquinista com o olhar distante de novo, Com um grito Jerry chama a atenção dele e reclama do trem ter passado direto de sua estação, o velho se desculpa por isto ter acontecido de novo, o cansaço estava o matando tecnicamente, Jerry mas uma compreende e apenas pede para ele tomar mais cuidado, então parando na próxima estação, Jerry sai do trem, Gya continua nele e vai pro seu destino, Ele espera que ela fique bem, Andando e saindo da estação de metrô, Jerry anda de volta para a sua casa, pensa um pouco sobre seu dia e que Gya precisava de ajuda, mas logo depois nem queria saber e se joga em sua cama por está muito cansado, ele espera que amanhã seja um pouco mais leve, porém sabia que está esperança seria em vão, então Jerry dorme pro próximo dia.

  Ok, Jerry acorda em mais um dia, ele se levanta da cama, se arruma e sai pra mais um dia cansativo no trabalho, pois por algum motivo ele teve que trabalhar em dobro, para ele era entregue pilhas de papéis bem grossos, na qual ele teria que registrar, imprimir, digitalizar e etc, algo quase torturante de certo modo, o seu intervalo de almoço não adiantou de muita coisa, pois logo depois ele teria que trabalhar mais, quem sabe até o dobro, chega a noite e quando pensa que ía terminar, todos os seus colegas já tinham ido embora, mais uma vez chega a meia noite, parece que ele ía terminar, mas aí aparece seu chefe do nada que em suas mãos tinha mais uma grossa pilha de papel, ele pede para Jerry digitalizar e organizar tudo aquilo, mas ele fala que já tinha passado da meia noite, se ele fizesse isto poderia ir até às 6 da manhã, o seu chefe então o ameaça se não o obedecer ele será demitido, então sem escolhas Jerry aceita e fala que tudo estará pronto logo logo, então o seu chefe entrega a pilha de documentos e vai para casa, Jerry sem enrolar começa a organizar tudo aquilo. Quase 3 horas da madrugada, ele tinha passado muitas horas naquela porcaria de escritório, ele estava se esforçando ao máximo para ficar acordado, tomando muitos litros café no processo, mas seu corpo exausto implorava para ele descansar, mas ainda tinha muitos papéis para ele organizar, com seus olhos coçando e sua cabeça balançando para frente e para trás, ele tentava focar no computador, tinha só ele e o faxineiro ali, mas ele tinha que terminar aquilo se seria demitido, mas quando pensa que não, um peso muito grande cobre sua cabeça e ele simplesmente desaba, batendo sua cabeça com tudo no teclado e depois cai de costas para trás com sua cadeira, assim desmaiando momentaneamente.

  Após isto ele se levanta rapidamente pelo susto, em pé ele olha em volta e por algum motivo não consegue ver onde estava o faxineiro, "bem devia descansando em algum lugar" Jerry pensa, ele olha para cima e não sabe se era impressão dele ou as luzes do escritório estavam mais fracas, enfim devia ser só o seu cansaço, Jerry olha pro lado e nota que a pilha de papel tinha sumido, ele pensa que foi por que ele tinha terminado o trabalho e nem percebeu, embora não se lembrasse, pois ainda tinha alguns segundo ele, enfim ele nem queria saber, o importante é que terminou, Jerry pega sua maleta e sai do trabalho para poder voltar para casa. Ele chega na velha estação de metrô de sempre, assim como o escritório, chegando lá embaixo as luzes parecem está mais fracas, ele também sente que aquele lugar parece estar mais frio que o normal, dava até para ver sua respiração, tava quase congelante, mas Jerry não queria nem saber, o trem que ele pegava a meia noite já tinha passado, porém se ele esperasse mais um pouco ele ía passar de novo, então ele se senta nos bancos e espera o seu veículo. Aquele lugar está bem silencioso, é difícil de explicar, Jerry sempre ía para aquele lugar a estás horas e ele sempre estava vazio, mas por algum motivo isto estava mais perceptível, ou até mais fortes, as únicas coisas que dava para ouvir era os zumbidos das lâmpadas e dava até para ouvir as batidas do seu próprio coração, um silêncio que chega a ser ensurdecedor, realmente difícil de explicar, o quase transe de Jerry é despertado quando nota que tinha alguma coisa nos trilhos, normalmente em metrôs existe duas ou mais linhas, e na segunda linha a frente vinha uma cabeça saindo da área do trilho, ele se levanta da cadeira e anda para frente para poder ver melhor o que era, assim percebe que parecia ser uma garotinha de cabelo pretos e lisos, Jerry fica tão per plecto que nem presta atenção nos painéis anunciando a chegada do trem, andando para mais perto quase atravessa a faixa de segurança do metrô, a menininha parecia ter uns 6 anos, ele tenta ver os seus olhos e ele jura que pareciam emanar uma luz meio azul escura, ela estava olhando para baixo, mas aí levanta a cabeça e olha diretamente para Jerry, parecia que ela não tinha nenhuma emoção ou expressão, Neste momento do nada o trem aparece e passa bem na frente de Jerry, o dando um grande susto, o veículo cobre totalmente a visão dele da menina nos trilhos, o homem se recupera e se pergunta o que foi isto que aconteceu? Ele pensa um pouco e pensa que racionalmente isto foi só uma alucinação pelo cansaço, as portas se abrem e Jerry entra no trem, Gya não estava lá, bem estava muito tarde, tarde até demais, então dificilmente iria ter mais alguém ali além dele, Jerry vai até o acento e se senta, ele aproveita que estava alí e tira o que espera ser um cochilo rápido.

  Depois de uns minutos ele sente um tremor que passou por todo trem, Jerry acorda e se levanta com o susto, ele se pergunta o que diabos foi isto, as luzes do veículo piscam freneticamente, até que tudo fica completamente escuro sendo iluminado apenas pelas luzes do lado de fora, as luzes voltam ao normal, Jerry se pergunta o que foi isto? Ele olha em volta e toma uma surpresa, no acento em que Gya estava sentada ontem, antes tava vazia, mas após a piscada de luz, do nada aparece a mulher, surgindo do nada, sentada no mesmo lugar, só que agora mais pálida, cabelos bagunçados, ainda com aquele casaco grosso, agora o seu olhar estava ainda mais cansado e aparentemente distante e com a cabeça abaixada, Jerry confuso pela aparição repentina dela, chega perto para tentar chamar atenção, chamando pelo seu nome e querendo saber o que aconteceu, Gya levanta a cabeça e não fala, ela mostra uma expressão de surpresa e confusão ao ver Jerry ali, o mesmo pergunta o que houve, aparentemente Gya tenta falar mais não consegue, ela estende sua cabeça, Jerry ver uma marca de corte bem grande no pescoço, ele não se lembra deste em específico, antes dava para ver algumas cicatrizes mesmo com o casaco, ele pergunta se alguma coisa aconteceu com ela, Gya fica com uma cara de triste, respira fundo e tira o seu casaco e joga pro lado, depois tira sua camisa branca que usava em baixo, deixando quase toda sua pele amostra, ela estava cheia de cicatrizes e cortes por todo corpo, de vários tamanhos e formatos, prestando atenção dava até para ver marcas de queimado, mais uma cicatriz se destacava, uma bem grande na barriga em forma de x, parecendo que foi bem forte, Jerry ainda assim não entende e pergunta o que é isto? Gya apenas levanta o braço e aponta com o dedo para ele olhar pro lado, ele obedece e ver no reflexo da janela do trem, algo chocante, tinha ele, mas ao ver o lugar em que Gya estava, o vidro mostra ela morta, com sangue espalhado para todos os lados, também tinha um grande corte na barriga e no pescoço, Jerry assustado e confuso volta sua visão para Gya fora do reflexo, mas simplesmente ela tinha sumido sem deixar rastros.

  Então todas as luzes do trem se apagam completamente e tudo fica escuro e mais uma vez ele treme bem forte, fazendo com que Jerry caísse no chão, ele fica um pouco tonto e tenta se levantar, mais era meio difícil com o trem balançando de um lado para o outro, ele fica deitado de barriga para baixo no chão, mas aí a treme teira para, Jerry notando isto levanta a cabeça e o trem ainda estava escuro mais do nada vem uma luz branca bem forte vindo das janelas, junto com um leve som de vento suave, Jerry se levanda e ver o trem sendo iluminado apenas com a luz vinda da janela, ele decide olhar por ela e ver uma paisagem toda branca, parecia que estava nevando, um céu cheio de nuvens, como se eles tivessem saindo de um túnel, o trem continua andando passando pela neve caindo, Jerry olha para baixo e parece que eles estão em uma montanha, o frio aumentou bastante também, a fumaça que sai da respiração ficou até maior, ele olha para se e se pergunta:Ainda estamos no Brasil? Não tem como dizer que esta cena não é bonita, parecia ser um outro mundo, dava até para ver algum tipo de horizonte, mas parece voltar para dentro de um túnel, pois aparece mais uma parede de pedra passando pela sua frente, assim tudo fica mais uma vez escuro, o trem parece aumentar sua velocidade, fazendo com que vá para trás e caindo mais uma vez no chão.

  O trem diminui a velocidade Jerry se levanta e olha que agora das janelas está saindo uma luz vermelha meio alaranjada, o homem se levanta e ver o que parece ser o próprio inferno, cheio de fogo, lava, pedras pretas e um céu vermelho, então ele pensa, Eu morri? O trem para e uma das portas abrem, dela sai um monte de fumaça que cobre quase todo o vagão, depois que a fumaça de calor se dissipa, a porta aberta sai um homem grande e forte de cabelos pretos, com roupas pretas e carregando uma mochila grossas e soando.

  

  O homem com calor tira a camisa e mostra que nas costas tinha uma tatuagem bem estranha, embora Jerry sinta que já viu este símbolo antes, bom como ele era a única pessoa ali além dele, Jerry decide tentar conversar com ele e quem sabe ter a noção que lugar ele está, quando o trem começa a andar o homem se senta no acento, Jerry anda até ele depois se senta no acento a frente dele isto chama sua atenção, o homem curioso, neste momento o homem que era bem grande começa uma conversa com Jerry.

...-Olá.

Jerry-Oi, quem é você?

Silva-Ah, desculpe não me apresentar, o meu nome é Silva.

Jerry-E o meu nome é Jerry, que lugar é este? ainda estou dentro de um metrô? o que está acontecendo? eu simplesmente acordei aqui, você pode me explicar pelo meno que lugar é este.

Silva-Oh, bem em primeiro lugar eu sou só apenas um viajante qualquer, segundo, você disse que simplesmente acordou aqui?

Jerry-Sim.

Silva-Ah, então significa que sua hora já chegou, sinto muito.

Jerry-Que? Como assim minha hora?

Silva-Calma, calma, você poderá descobrir isto sozinho, será melhor assim, logo logo este trem chegará a seu destino.

Jerry-Você quer dizer minha casa?

Silva-Bem aí já depende do ponto de vista, por acaso você viu alguma menina de cabelos pretos lisos antes de entrar no trem?

Jerry-[engole seco]Sim.

Silva-É sinto muito mesmo.

Jerry-Como assim? explica isto melhor!

Silva-Eu não posso falar mais nada, você pode não se recuperar depois, só boa sorte ao sair do trem, ou não, não sei muito sobre este lugar mesmo.

Jerry-Espera!

Silva-Olha meu ponto já está chegando, adeus, espero te ver de novo em breve...Quer dizer espero que não.

Jerry-Ô maluco!

  Mas antes de conseguir falar o trem parou e as portas se abriram, pareceu que o veículo parou em uma floresta agora, Silva se levanta e sai do trem, Jerry tenta sair antes das portas se fecharem mas não consegue, pois ele bate no que parece ser um vidro invisível, não importa o quando forçasse parecia que o trem não queria deixar Jerry sair, Silva o olha e apenas balança a mão se despedindo, as portas do veículo se fecha e ele volta a andar com muita velocidade, Jerry é mais uma vez jogado para trás.

  Caído no chão, as luzes das lâmpadas do trem finalmente voltam a funcionar e ele não fica mais no escuro total, Jerry se levanda e pensa um pouco, ele então tem a ideia de ir ver o maquinista deste negócio, então ele começa a andar passando de vagão em vagão, enquanto isto lá fora, um monte de borboletas roxas aparecem e começam a voar pelo lado de fora, se via só um monte de pontos roxos atrás das janelas, Jerry continuando começou a sentir algum tipo de peso em seus pés, isto começa a deixá-lo mais lento, as luzes do metrô voltam a piscar frenética mente, só que desta vez a cada piscada as paredes, chão e teto ficam cada vez mais cobertos de sangue, quando Jerry chega no último vagão antes da cabine do maquinista, ele está muito lento quase não se mexe direito, tudo está coberto de sangue, inclusive as lâmpadas que com isto agora emanam uma luz completamente vermelha, as luzes continuam piscando até que Jerry fica só alguns centímetros de tocar na porta, numa piscada, do nada surge aquela menininha de cabelos pretos que ele viu nos trilhos, bem na sua frente, ela apenas fala um "não", então Jerry sente uma tontura gigantesca e desmaia.

  Com um susto Jerry acorda em seu acento, ele olha em volta e tudo parece ter voltado ao normal, ele pensa em tudo que aconteceu, o trem, a Gya, mas no final deduz que tudo foi apenas um sonho, ele se alivia que tudo aquilo não foi real, mas por algum motivo ele tem a sensação de que foi, mas ele simplesmente ele ignora isto após ver que o trem passou pelo seu ponto de novo, a partir daí ele já perdeu a paciência, ele com muita raiva se levanta e anda furiosamente até a cabine do maquinista reclamar bastante, nem ligava mais se ele era velho ou não, ele decidiu que não existe mais gentileza! Chegando na cabine, ele entra se preparando para dar um grito pro velho, mas ele se supre ente pois no lugar do maquinista está aquela figura escura que viu alguns dias atrás, o homem alto de cabelo crisalho e jaleco preto, Jerry treme de medo e não conseguindo pensar em muita coisa, apenas pergunta quem era ele? o homem alto se vira para ele, aproximo o seu rosto no dele e apenas solta a frase "ainda não é a sua hora", do nada Jerry sente um puxão muito forte, ele é puxado para trás com muita força, ele em alta velocidade passa por todos os vagões que estavam com as portas abertas, ele passa por todos em quando ía sendo praticamente sugado, quando ele chega no último vagão, parece que tudo está virado e fica em câmera lente, a sua frente ele ver a menina na porta, olhando para ele com uma cara de raiva, então a velocidade volta ao normal e ele bate com muita força na parede de trás do último vagão, produzindo um som extremamente alto, neste momento ele apaga por causa da dor que sentiu.

  Jerry acorda depois de muitas horas, ele percebe que agora está na maca de um hospital, ele olha pro lado e ver sua mãe na cadeira ao lado e tava sua mãe sentada na cadeira, ele se ver conectado há um monte de tubos, meio tonto ele fala perguntando para sua mãe o que aconteceu? ela toma uma surpresa e abraça o seu filho chorando de alegria pois ele tinha desmaiado por muito tempo, e pensavam que ele não iria mais acordar, ele queria saber o porquê? ela explica que o faxineiro no trabalho dele, viu ele desmaiando, então desesperado ligaram para uma ambulância, diagnósticos do hospital revelaram que ele estava sofrendo um excesso de estresse e cansaço por conta do trabalho, isto realmente pode acabar matando uma pessoa, Jerry per plecto pergunta o que iria acontecer agora? sua mãe disse que iriam tentar processar o seu chefe por conta de estar abusando dos funcionários, após falar isto ela sai do quarto para falar dos médicos da boa notícia, Jerry fica no quarto pensando em tudo o que aconteceu, foi um sonho ou não? mas sua pergunta é imediatamente respondida quando na televisão ligada ali passa um jornal, a noticia fala do caso de uma mulher que era violentada pelo marido e depois de vários messes ela foi encontrada morta, com um corte na garganta e outro na barriga, Jerry fica com um certo medo, mas tudo se agrava quando o jornal mostra a foto e o nome da mulher:Gya Yamada, Jerry então entende que aquilo tudo não foi só um sonho, pelo visto ele conseguiu escapar da morte, ele fica triste que Gya não teve a mesma sorte, mas uma pergunta não se calava para ele, quem era a menininha?

  Muitas semanas se passam, Jerry conseguiu um novo trabalho que é mais flexível, agora ele tem muito mais tempo para descançar, o seu antigo chefe foi processado e tá acontecendo um processo para ele o pagar por indenização por conta dos problemas mentais que ele cometeu nele, Jerry nunca mais pegou o metrô por conta do trauma que ele desenvolveu após os acontecimentos anteriores, ele agora pega só Uber ou ônibus, que apesar de serem mais caros ele não quer arriscar ter que passar por tudo aquilo de novo, a vida de Jerry finalmente voltou aos trilhos(desculpa o trocadilho), ele finalmente poderia descansar melhor em casa, até que em uma noite quando ele voltou para casa de ônibus, ele entra, vai até seu quarto, apaga as luzes, se deita na cama e  se prepara para poder dormir tranquilo, mais do lado de fora ele houve alguma coisa se quebrando, ele olha pro lado para ver o que era, mas do nada surge um pequeno peso em seu peito, ele olha para frente e toma um susto, era menininha de cabelos escuros que viu no metrô, ela era bem pequena mesmo, pois estava conseguindo ficar sentada de pernas cruzadas em cima de seu peito, ele com medo pergunta o que ela quer? Depois de uns minutos calada ela levanta a mão e aponta o dedo para se e ela fala:"A morte não gosta de perder". Jerry não entende bem o que ela quis dizer com isto, só que a partir daí, todas as noites quando ía dormir, aparecia a menina e ficava sentada em seu peito, olhando para ele e esperando o momento em que sua hora chegar.