Corvos
Em uma loja de uma pequena cidade começou a ser vendido esculturas de corvos feitos de madeira, eles ficavam todos empilhados em um grande cesto onde a frente foi colado o seu preso, eles eram bem realistas pois visto de longe não dava para distinguir eles de um corvo real, em teoria eles estão sendo vendidos para servirem de decoração, porém o estranho é que ninguém sabia de onde vieram, eles não tinham nenhuma marca ou assinatura que indicassem sua origem de criação, quando questionado ao dono da loja ele responde que também não sabia de onde eles vieram, o cesto simplesmente apareceu ali, o pior é que apesar do lugar ter câmeras elas não mostraram quem colocou eles ali, o pior é que analisando as gravações de messes ou até anos atrás, mostram que o cesto sempre esteve ali e ía até quando não mostrava mais nada (quando não existia câmeras naquela loja) era como se aquilo sempre estivesse ali, mesmo que os corvos de madeira tenham aparecido ah apenas alguns dias atrás, por estes fatos ninguém se atreveu a nem chegar perto daquilo, com medo de ser amaldiçoado ou algo do tipo, e também mesmo sem provas todos suspeitavam que tinha envolvimento com a floresta da cidade, na qual sempre carregou a fama de ser sobrenatural e cheio de criaturas estranhas, então com todos os fatos apresentados sobre os corvos eles só podiam ter vindo desta floresta de alguma forma, então era com toda razão que todos que moravam naquela cidade evitassem comprar estas coisas.
Mas é claro que sempre tem que ter pessoas que façam exatamente o contrário, um grupo de amigos que amavam desafiar uns aos outros, toda hora eles entram em alguma confusão no qual sempre saem com pelo menos 1 ferimento, e desta vez a pessoa desafiada foi o menino mais novo e medroso do grupo:Bento, o menino mesmo com medo aceitou o desafio sem se importar, então para apresentar o desafio eles foram até a loja da cidade, e ficaram bem na frente do cesto dos corvos de madeira, Bento com medo pergunta o que vieram fazer ali? e seus amigos falam que o desafio era comprar uma daquelas estátuas e levar para casa, Logo de cara o menino fala que não iria fazer isto que era uma péssima ideia, ele menciona que todos já ouviram as histórias da floresta da cidade, e que essas coisas muito possivelmente veio de lá, e se veio deve está amaldiçoada, os "amigos" de Bento começa a rir e caçoar com a cara dele, falam que tudo o que falam desta floresta era mentira, que maldição, magia e monstros não existiam, Bento era um bebezão se acreditava nestas coisa, Bento quando tenta pensar em alguma coisa para falar, é interrompido com um do grupo falar que dependente destas histórias serem reais ou não, isto era um desafio, se ele não for um medroso, irá aceitar este desafio, se não todos iram ficar o chamando de bebe chorão, isto mexeu com Bento, que mesmo com medo aceita o desafio, ele pega um corvo de madeira do cesto e vai até o balcão pagar, quando o vendedor ver o item comprado, faz uma cara de estranhamento e medo, olha pro menino e pergunta se ele realmente iria querer comprar aquilo, o menino num tom de nervoso confirma, então após passar o corvo de madeira o vendedor coloca numa sacola e entrega a Bento, então ele e seus amigos saem da loja carregando um dos corvos de madeira na sacola.
Bento sentia algo muito ruim saindo daquilo, Por um momento ele pensou em jogar fora, mas seus amigos o obrigaram a levar esta coisa para casa, então impressionado levou. Sua casa ficava meio que numa fazenda, tinha vários animais, porcos, galinhas e cavalos, chegando ele dar um oi para sua mãe por ter voltado e pergunta onde seu pai estava, ela responde que ele estava pastorando com o cavalo, a mulher ver o menino carrega alguma coisa grande na sacola em sua mão e pergunta o que era, Bento engole sego e tira o corvo de madeira da sacola, a mulher ao ver que era imediatamente mostra uma cara de espanto, surpresa e susto, mas logo se recompõe por ser uma adulta, ela pergunta pro filho por que ele tinha comprado aquela coisa, não querendo revelar que foi obrigado e encrencar seus amigos mente falando que ele achou a escultura bonita e queria colocar como decoração em seu quarto, a mãe fala que iria deixar, mas Bento teria que cuidar muito bem dele, então agora com a permissão de sua mãe o menino vai até seu quarto colocar o corvo de madeira em cima da prateleira.
Chega a hora de dormir e quando ia dormir, Bento sente um pouco desconfortável, ele sente que o corvo em cima da prateleira fica o encarando, mesmo que ele não tivesse vivo, mas só para conseguir dormir ele decide que seria melhor ele ficar dentro da gaveta, então ao fazer isto volta para cama dormir. E uma bela manhã, Bento se levanta da cama e até esquece do corvo de madeira, por que sua noite foi tranquila, aparentemente não tinha acontecido nada de mais, parece que tudo o que falavam daquelas estátuas eram falsas, o menino foi até a cozinha ver o café da manhã ser preparado, e chagando lá ver sua mãe no fogão, parecia estar bem, porém sua cara mostrava uma expressão de dor, Bento pergunta o que foi e a mulher responde que tinha acordado com uma dor de barriga estranha, não sabia bem de onde vinha exatamente, mas falava que ía ficar bem, Bento pergunta onde estava o pai e recebe que ele estaria no curral pois uma coisa estranha aconteceu com os cavalos, Curioso o menino decide ir lá ver o que houve, mas no meio do caminho antes de chegar no curral, ele é barrado pro seu pai, que pede para ele não ir lá, Bento pergunta por que? Mas o pai dele apenas insiste para ele não ir, mas desobedecendo ele dá um jeito de se esquivar de seu pai e entra no curral dos cavalos, e ao fazer isto ele imediatamente se arrepende, Brown o cavalo tinha morrido, porém a sua aparência ficou de um jeito que deu a Bento uma anceia de vômito, pois grande parte que sobrou do cavalo foi esqueleto, e a carne que sobrou com as tripas e viceras soltavam um cheiro podre, Bento quase desmaia porém o seu pai o segura, ao se recuperar o menino pergunta o que foi que aconteceu com Brown? o homem fala que não sabia bem o que houve, mas parecia que o cavalo tinha sido devorado por algum animal, Bento olha pro cadáver do animal e ver que tinham algumas penas pretas por cima, como se fosse de corvos, isto imediatamente deixa Bento com medo, mas tenta pensar logicamente de que aquilo não teria nenhuma ligação com o objeto em sua gaveta, o seu pai o lembra de que ele teria que ir para escola, já estava quase na hora, então o menino corre para se arrumar e ir para o colégio, vai que durante a aula ele esqueça isto.
Após se arrumar e comer, Bento pega suas coisas e sua bicicleta e pedala até a escola, como já mencionado outras vezes a cidade é cercada por uma grande floresta, muitas árvores para todo lado, o caminho da casa de bento para escola era uma estrada de terra bem longa que passa por entre estas árvores, Bento sempre ia por ele, mesmo com todos os fatores, era uma área bem tranquila, Bento sempre andava por ele e nada de mais acontecia, só que desta vez tinha uma coisa bem estranha, nos galhos das árvores, cerca e fios de postes agora estavam cheios de corvos, centenas de pássaros pretos que cobriam quase que completamente estas áreas, e todos eles pareciam olhar diretamente para Bento enquanto pedalava, a sua espinha fica completamente congelada neste momento, o local que deveria ser tranquilo, agora ganhou um ar sombrio por conta dos corvos que não desviavam o olhar do menino, Bento nem queria saber e aumenta sua velocidade para chegar logo na escola.
Um pouco antes do colégio os corvos tinham parado de aparecer e foram sumindo, saindo da área foi diminuindo a quantidade até Bento não conseguir mais ver nenhum corvo, o menino fica aliviado e se relaxa pois este foi o momento mais tenso de sua vida até o momento, ele pensa se isto tinha alguma relação com a estátua de madeira, mas ele preferiu não pensar nisto por não querer aceitar que comprou alguma coisa amaldiçoada e ela estaria em sua gaveta. Enfim, esquecendo este fato, e foi se seguindo tudo normal, os seus amigos até perguntaram para ele sobre o corvo de madeira e se aconteceu alguma coisa estranha com ele, Bento fala que não e até satiriza de tudo que falaram sobre as estátuas de madeira de corvos fossem falsos e que ele foi um grande idiota de ter acreditado nisto, depois de uma aula e um recreio, um pouco antes da hora de ir embora, Bento foi chamado urgentemente para se retirar por conta de uma emergência, sua mãe agora se encontrava inconsciente e passando mal no hospital, então desesperado, Bento sai do colégio e sai pedalando até o onde sua mãe estava internada.
Finalmente chegando no lugar ele entra, e ao ver um monte de gente machucada lá, como uma mulher que perdeu o olho, uma outra desmaiada e mais um monte de feridos, ele apenas começa a pensar no que diabos aconteceu com sua mãe, ao ficar em frente a recepção e explicar quem era, o recepcionista fala que ela foi imediatamente levada para sala de cirurgia por sentir contrações e dores fortes no estômago, e é guiado a ficar alí ficar esperando, até ser chamado ou seu pai chegar que também foi noticiado disto, então ele senta na sala de espera com muita ansiedade pelo que pode acontecer. Muitas horas se passam e Bento nem nota o tempo passar, já eram muitas horas avançadas da noite e nada dele ser chamado ou seu pai chegar, Bento já tava completamente perdido no que estava acontecendo, mas antes dele pensar em qualquer coisa é interrompido pelo chamado dos médicos que falam que sua mãe passou pela cirurgia mas uma coisa muito ruim aconteceu, Bento imediatamente pergunta se ela está bem, mas como uma pedra ele fala que sua mãe não aguentou a cirurgia e morreu, Bento começa a chorar e pergunta o que aconteceu, por que ela teve que fazer a cirurgia afinal de contas? O médico fala que descobriram que uma coisa apareceu do nada dentro do estômago dela sem explicação, e o que era? Bento pergunta, e com uma resposta inesperada falam que ovos inteiros apareceram na barriga dela com casca e tudo, e tinham até fetos que com uma rápida análise se descobriu serem filhotes de corvos, ao ouvir isto, Bento logo ligou os pontos e sabia exatamente de onde estes ovos vieram, o menino sai correndo sem explicar nada, pega sua bicicleta e pedala em alta velocidade de volta para casa pois teria que se livrar de um objeto muito perigoso preso em sua gaveta.
Em sua bicicleta Bento corria muito rápido pra poder pegar aquele corvo de madeira e tentar se livrar dele de alguma forma, tudo isto numa noite bem escura, o muleke passou tanto tempo no hospital que o céu acabou escurecendo e trouxe também uma tempestade muito forte, uma chuva bem tensa cheia de raios, com isto atrapalhava em muito na visão de Bento mais o mesmo só ignorava aquilo e continuava em frente para poder chegar em casa. E aparentemente só tinha a tempestade como obstáculo, mas por conta da visão prejudicada, o menino não consegue enxergar a frente então meio que do nada aparece um carro, Bento com o susto tenta desviar virando a bicicleta pro lado, mas isto resulta nele caindo no chão junto com a bicicleta, após ficar um pouco desnorteado e retornar, Bento levanta a cabeça para poder que o carro que quase bateu estava alí completamente parado sem se mover, o menino se levanta e fica em pé e nota que conhecia aquele carro, era o carro de seu pai! E analisando melhor o veículo percebe que ele estava todo amassado, os pneus foram furados e o vidro da janela foi quebrada, então Bento atravessa a cabeça por ela e ver que dentro no banco do motorista está uma pessoa morta, parece que grande parte de sua pele foi arrancada e algumas outras partes dava para ver o osso inteiro, o banco estava coberto de sangue, Bento vomita por conta da cena, e ao perceber que aquele cadáver usava as roupas de seu pai, ele começa a chorar por ter perdido os seus pais no mesmo dia, mas sabia muito bem do porque e como aconteceu e complementando sua teoria, ao redor do carro e no sangue de seu pai morto tinham muitas penas pretas, o menino sabia muito bem de onde vieram, então ele levanta e monta em sua bicicleta e volta a pedalar e conseguir chegar em casa antes que ele possa ser o próximo.
No caminho da floresta, Bento em sua bicicleta começa a ouvir o grasnar de passáros, nem momento a chuva já estava mais fraca, e prestando atenção parecia ser o grasnar de corvos, eles viam de todos os lados, Bento não conseguia ver nenhum deles, os sons pareciam vir de dentro da floresta, o som era bem alto quase ensurserdedor, mas Bento apenas ignora e continua a pedalar muito rápido para poder voltar para casa. E ficando bem na frente da entrada de sua casa ele ver o que mais temia, a entrada estava cheia de corvos, no telhado, no chão, nos vãos das janelas e em tudo que ele conseguia ver, o pior é que para Bento conseguir pegar o corvo de madeira que estava na sua gaveta, porém ele teria que passar pelo seu jardim que estava lotado por aqueles pássaros pretos, então ele apenas solta sua bicicleta que cai, o som atrai a atenção dos corvos que não tinham notado Bento até o momento, o bando e o menino ficam se encarando por alguns minutos, então o muleke respira fundo e começa a correr, os bichos se movem e avançam em cima de Bento para tentar machuca-lo, mas o mesmo consegue se desviar de todos e chega na porta abre e a dranca, assim finalmente conseguindo entrar em casa, e por sorte tudo estava fechado e os corvos não conseguem entrar, ao envés disto eles ficam grasnando alto e picando os vidros da janela, Bento não aguenta o barulho e tapa os ouvidos, mas ele ainda tinha que ir pro quarto, e correndo ele ver pelos vidros da janela os corvos voando de uma lado para o outro bem rápido pois os bichos estavam rodando a casa procurando uma forma de entrar, depois de muita dificuldade por causa do barulho Bento consegue chega no quarto e abre a sua gaveta e o tão falado estava lá, o corvo de madeira, primeiramente o menino pensa em destruí-lo, primeiramente ele joga na parede para ver se quebra, mas ao cair o objeto pareceu não ter nenhum arranhão, Bento faz isto mais algumas vezes, e nenhuma lasca ficou solta ou algo assim, Bento pensa que era por que não tinha força o suficiente, então tem a ideia de ir na cozinha e tenta usar alguma coisa de lá para quebrar a estátua, pega uma faca e tenta usar para raspar, porém Bento coloca toda a sua força e emburra a para dentro do corvo de madeira, mas ao invés de afundar de afundar a faca acaba quebrando, o menino pega mais um monte de coisas, um cutelo, garfos, outras facas e até um martelo, porém não importava o que Bento fizesse, a estátua parecia uma pedra, o menino tenta usar uma tesoura também e ela quebra (irônico), Bento começa a pensar no óbvio, era só queimar a estátua de madeira, então o mesmo pega um isqueiro liga e coloca embaixo da estátua e espera algo acontecer. Muitos minutos se passaram e aquela estátua parecia ser indestrutível, ele já fez de tudo quebrar, cortar e até queimar, mas a porcaria do corvo não demonstrava um arranhão, após todas as suas tentativas se esgotar, Bento fica de joelhos no chão e olha para estátua em suas mãos, o mesmo olha para as janelas que agora estavam cheias de corvos cobrindo grande parte da luz chegar, e nota que tinha só uma opção, então com a estátua na mão o menino corre para a porta e abre e sai correndo pelo jardim, os corvos em cima da sua casa saem voando e se agrupam numa espécie de nuvem preta gigantesca e avança em direção a Bento, o mesmo sai de seu jardim e fica bem no meio da rua, com a nuvem de corvos mais perto, Bento faz seu braço com o corvo de madeira e o joga fora para bem longe fazendo ele cair na floresta, o menino se deita no chão com medo da nuvem de corvos pegá-lo, mas ao envés de ataca-lo a nuvem o ignora e vai para cima, Bento olha para cima e ver a nuvem de corvos entrando na floresta onde ele jogou a estátua até sumirem de vista parecia que os corvos só queriam a estátua, então o menino se deita de barriga para cima e se alivia por aparentemente tudo aquilo ter acabado, mas aí ele sente uma sensação estranha, uma coceira no peito e uma dor de cabeça, o menino não consegue explicar o porquê mas ele sentiu um impulso ou talvez alguma coisa o controlando, Bento apenas pegou sua bicicleta no chão a monta e começa a pedalar de volta para a cidade.
Depois de umas horas o Sol estava prestes a nascer, Bento estava em cima de sua bicicleta, ele tava com uma tontura em sua cabeça forte, que só aumentava, até ele não aguentar mais e cair da bicicleta, porém ele já tinha chegado a cidade, e com o impulso sobrenatural apenas levanta como se nada tivesse acontecido, e continua a andar, a sua visão estava toda distorcida e bugada, ele já nem sabia mas o que era real, a chuva fraca ao envés de gotas de água agora eram penas pretas de corvo, e todos os prédios e casas estavam torto, distorcidos ou estranhos, só um lugar que não parecia assim, uma loja, Bento sente uma atração por ela e decide que queria entrar nela, ao envés da porta estar trancada por conta do horário, Bento apenas a emburrou e assim conseguindo entrar na loja, o menino ignora todas as plateleira pois tinha só um lugar que ele queria ir, e ao ficar na frente de um cesto cheio de corvos de madeira com um preço na frente, Bento apenas sobe e fica em cima do cesto, e se senta em posição fetal bem encima dos de madeira, fecha os olhos esperando seu momento chegar.
E quando finalmente chega o horário da loja abrir, um funcionário chega para poder destrancar a porta, enquanto isto fica pensando no menino que tinha comprado o corvo de madeira, quando pega as chaves para abrir a loja, a porta já estava aberta por algum motivo, o que era estranho pois ele tinha certeza que trancou ela ontem, ao entra na loja e andar pelas prateleira sente um mal pressentimento, até que chega no local onde ficava o cesto de corvos de madeira, e ver que tinha um em pé bem no meio, ele suspeita que alguém entrou ali e mexeu naquilo, então ele vai até a sala de segurança e ver as gravações da noite passada, avançado um pouco a câmera que era mirada no cesto mostra um menino andando até ela e fica sentado encima, neste momento a gravação dá uma estática e ao voltar mostra que no lugar do menino agora há um corvo de madeira em pé, quando termina de ver a gravação, nota que os monitores de segurança estavam cobertos de penas de corvos, neste momento o funcionário fica bravo pois sempre tinha que limpar aquelas penas quando isto acontecia.

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