A viagem que nunca aconteceu

  O detetive Theo rasca e amassa um monte de papel aleatoriamente por conta de raiva e frustração, pois já fazia um ano que ele estava preso em um caso no qual não importasse o quando investigasse, nada fazia sentido e tinha medo dele ser arquivado. Em janeiro uma família inteira, um pai, uma esposa e quatro filhas saíram de carro para poderem realizarem uma viagem de férias, mas depois não se soube mais nada deles, os outros parentes da família perderam completamente a conexão com eles, pois não importa o quando ligassem eles não atendiam, eles simplesmente sumiram e foi exatamente no dia que iriam começar a viagem, testemunhas falam que viram o carro sair da casa, mas segundo os relatos alguma coisa aconteceu durante a noite que fez todos e qualquer rastro sumir, a família junto com o carro simplesmente desapareceram e não importa o quando as autoridades procurassem, eles não tiveram sucesso e por muito tempo eles não foram encontrados, nem localizando os celulares funcionou, qualquer pista sobre o que aconteceu com eles sumia completamente. Theo que ficou encarregado de investigar este caso, mas assim como as autoridades maiores ele também não teve muita sorte, nenhuma das coisas que ele achou fazia sentido, a família simplesmente sumiu neste dia e todas as supostas testemunhas falam que alguma coisa aconteceu durante a noite, e para completar a grande sorte do detetive, todas as câmeras de segurança pararam de funcionar justo neste dia, não se sabe muito bem o porquê, mas as câmeras simplesmente mostravam uma estática neste momento, bem pelo menos isto significava que poderiam ter alguma ligação com o desaparecimento, mas também não significava nada, O detetive Theo estava preocupado de que este caso seja arquivado e esquecido, e sendo sincero consigo mesmo, ele também pensava em desistir por este caso não ter solução. Sentado em seu escritório após pensar nisto tudo, se levanta e pensa em sair, mas antes em seu telefone vem uma ligação, e quando o detetive atende, descobre que era um policial que fala sobre uma localização, e pede para ele vir imediatamente ali onde estavam esperando, era sobre o caso de Theo, eles acabaram de descobrir uma coisa muito importante que sem dúvida ele iria ficar surpreso, após o fim da ligação, o detetive se prepara, pega seu casaco, lupa, bloco de notas e cigarro, e liga o seu carro e anda até o local falado.

 Um grupo de adolescentes fazia uma caminhada pela floresta, e estava tudo normal, até que no meio do caminho eles encontram uma coisa estranha, entre as árvores e arbustos existia o que parecia ser um grande objeto coberto por um grande pedaço de pano, o pano era de cor verde cheio de vinhas e musco como se fosse para camuflar e esconder o que quer que estivesse cobrindo, a curiosidade os puxou para descobrir o que era, chegando perto eles tiram o pano de cima do objeto que se revelou ser um grande carro abandonado, todos ficam surpresos e confusos com o que era, como aquela coisa foi parar alí? E se estava coberto significava que foi trazido por alguém, o grupo de jovens tentam olhar pelo vidro da janela, porém ele estava cheio de poeira, mas dava para ver que tinham algumas pessoas lá dentro, dois adultos e quatro crianças, nenhum deles se moviam e todos pareciam finos e desnutridos, ou seja estavam mortos, eles tentaram abrir a porta do carro, mas estava muito presa, então eles decidem ligar para as autoridades e tentar resolver este caso. 

 O detetive Theo com seu carro, dirigia até o local que foi chamado, depois de umas horas ele chega no local do suposto crime, no meio da rua tinham ambulâncias, carros de polícia e um caminhão de bombeiro, todos na estrada a dentro da floresta, quando Theo freia e sai do carro, ele se dirige até os policiais e explica que foi chamado ali, então os policiais o guiam para dentro da floresta enquanto explicam o que está acontecendo. Todos sabiam que o detetive pegou o caso do carro e da família desaparecida, Theo afirma que sim e pergunta se acharam alguma coisa sobre isto, e os policiais falam que sim então eles finalmente chegam no local, e o dito carro que Theo tão procurava estava alí, muitas lâmpadas e faixas de polícias cercando no que parecia ser a cena de um crime, ele recebe a informação de que o carro foi achado por adolescentes e quando o chamaram, pediram para também chamar os bombeiros por conta que a porta foi presa por soltassem(derreter o metal e deixar a porta presa) quando conseguiram abrir, dentro tinha 6 cadáveres, e segundo análise de roupas, características físicas, se descobriu que era a família que desapareceu a um ano, então sabendo que o detetive Theo estava cuidando deste caso, eles imediatamente o chamaram e pedir para ele analisar a cena e tentar descobrir o que aconteceu, então tento a permissão de entrar na cena cercada por faixas de policial, Theo passa por de baixo delas e começa a analisar a área.

 Naquele momento estava a noite e Theo recebeu a permissão de analisar o carro abandonado com a família desaparecida dentro, o veículo mostrava o estado de abandono de mais de 1 ano, exatamente o tempo que ele ficou desaparecido, o pano camuflado que foi colocado para esconder o carro, indicando que alguém, provavelmente algum grupo sequestrou o carro e quis esconde-lo ali, mas por quê? O detetive pergunta se podia analisar a parte de dentro do carro( no qual a porta presa foi aberta graças aos bombeiros) Os policiais permitiram explicando que deixaram tudo intacto lá dentro, até mesmo a família morta tá lá ainda pro detetive poder analisar e quando terminar, iriam levar os corpos para fazer autópsia e descobrirem mais, com tudo explicado Theo entra no carro, os 6 cadáveres estavam ali, a família que ele ficou quase um ano procurando, finalmente estava ali em sua frente, mortos infelizmente, estavam em um estado avançado de decomposição, mas de olha dava para ver que as quatro crianças tinham partes de corpo faltando, pedaço da pele dela pareciam ter sido arrancado, e onde estavam sentado tinha o que parecia sangue envelhecido espalhado por toda está área, Theo imediatamente pensa que aconteceu algo a mais dentro carro, quando estavam presos, ele olha pro pai da família e a sua boca estava manjada de vermelho, ele sente um certo de medo sobre o que aconteceu ali, mas não que tirar nenhuma conclusão precipitada antes de ler as autópsias, ele vasculha mais o carro para conseguir achar alguma informação, anotação ou qualquer pista que explique o que diabos aconteceu ali, mas depois de muito esforço ele acha no porta luvas o celular do pai, cheio de poeira, também tinha umas mansas de sangue, ele tenta ligar mas infelizmente estava descarregado, de acordo com as informações isto significa que ele foi usado enquanto estava sumido, então deve ter alguma informação ali, então após ele ter achado a sua melhor pista desse caso, ele sai do carro e fala que já podiam levar os corpos para a autopsia, e que era para mandar todas as informações que descobrissem para ele depois, após sair da cena do crime e da floresta, ele entra no seu carro e dirige de volta até o seu escritório para poder analisar todas as informações que aquele celular poderia ter.

 Algumas horas depois de Theo ter limpado o celular da família e ter colocado para carregar, o aparelho enfim pode ser ligado, o detetive o pega e depois de umas tentativas descobrindo qual a senha ele consegue, na tela inicial mostrava a foto da família como papel de parede, deslizando ver os aplicativos, ele anotou alguns aplicativos para vasculhar em busca de informações, a galeria com os vídeos e fotos  e o aplicativo de mensagens, primeiro este, ao abrir tinha um monte de mensagens perdidas, o aplicativo também mostrou que a família também tentou mostrar mensagens mais todas foram interrompidas de alguma forma, talvez seja pelo mesmo motivo que não deu para localizar o aparelho antes, qualquer conexão com sinal ou internet foi cortado, será que foi por causa do pano camuflado que cobriu o carro? Bem as mensagens que eles tentaram trocar, foi sobre eles terem sido sequestrados e junto com o carro levado para o meio da floresta depois de terem sido cobertos, mas depois desistiram de mandar qualquer mensagem quando perceberam que elas simplesmente não eram enviadas, bom mais isto foi útil pois comprovou a teoria de Theo que eles foram sequestrados, provavelmente por um grupo que conseguiram carregar o carro até o meio daquelas árvores. Bem agora Theo iria ver a galeria ver se tinha alguma coisa de útil lá, abrindo tinha um monte de fotos e vídeos da família, porém 3 fotos e um vídeo chamaram atenção todos com a tela borrada ou escura, demonstrando que foram feitos na urgência ou pânico, todos feitos quase na mesma época que a família desapareceu, e ele clica para analisar.

1°-o vídeo: começando ele mostra que foi gravado dentro do carro, está a noite, parece que é o pai segundo o celular neste momento, ele mostra ele e sua mulher nos bancos da frente completamente com medo, de pois ele mostra as suas filhas que estão no banco de trás, apavoradas e se abraçando, as janelas do carro estavam cobertas talvez pelo mesmo pano camuflado, a luz da lua passa pelo que parecem ser pessoas encapuzadas no qual fazia sombra, o carro se mexia e balançava mesmo o pai não tocando em nada nem volante, ou seja lá quem estava lá fora que devia ser um grupo carregava o carro, provavelmente para dentro da floresta onde o carro seria encontrado mais tarde, neste momento o carro dá uma parada brusca fazendo tudo tremer, fazendo com que o pai deixasse o seu celular cair, então o vídeo acaba.

E agora as três fotos, a primeira mostra o pai tentando usar a lanterna e quem sabe alguém via do lado de fora, mas aparentemente nunca funcionou, talvez pelo pano bloquear a luz ou o carro foi parar em um lugar muito isolado, a segunda foto está num ponto de vista parecendo que o celular foi apoiado no para-brisa, parece que houve um espaço de tempo muito grande deste a última, está o pai a mãe e as filhas no mesmo lugar que foram achados, mais agora todos parecem desnutridos e magros, as suas roupas ficaram sujas e desgastadas, os seus cabelos estavam muito grandes e bagunçado, no caso do pai tinha crescido uma grande barba grossa, nesta foto todos estavam dormindo, menos o pai que estava de olhos abertos olhando para a câmera, eles estavam arregalados parecendo muito com o olhar de um louco, quando Theo grita na última foto, ele toma um susto tão grande que joga o celular para cima, ele corre até o cesto de lixo do seu escritório e vomita, pois o que acabou de ver foi a coisa mais perturbadora que já viu, mas infelizmente ele sabia que tinha que analisar a imagem direito, então mesmo com medo e nojo, ele pega o celular que caiu virado na mesa e lentamente levanda, quando mostra a tela com a foto ele de novo aquele enjoo, mas como um bom detetive ele cria forças e começa a analisar cada detalhe daquela foto. Estava o pai ainda com aparência de antes e ainda acordado na mesma posição, só que em sua mão segurava um pedaço de papel e nele estava escrito desculpa, na boca e barba agora estavam completamente sujas de sangue, em seu rosto mostra uma expressão de choque que estava cheio de respingos de sangue, o seu celular estava na mesma posição ou seja dava para ver a família inteira, a mãe que estava no banco de passageiros, agora estava com o estômago aberto, saindo muito sangue e dava até para ver algumas tripas que foram puxadas para fora, ela estava de olhos abertos mas provavelmente sem vida, nos bancos de trás onde estavam as filhas, mesmo com os bancos da frente cobrindo, dava para ver que todas estavam deitada, a área pareceu que espirrou sangue para todo lado, partes de suas pele parece que foram arrancadas e dava até para ver algumas marcas de feridas e alguns pedaços de carne escorrendo pelo couro do banco ou no chão do carro. 

 Após terminar de analisar a última foto, ele tira da galeria e vai até a cozinha levando o celular, ele toma um copo de água e lava o rosto, por que isto foi demais para ele, muito chogante pois isto significava que sua teoria estava certa quando viu eles mortos no carro na floresta, uma coisa que ele não queria que tivesse acontecido. Após esfregar um pouco a cabeça e respirar recebe uma notificação de seu celular, era uma mensagem do necrotério falando que a autópsia dos corpos estão prontas e que era para ele ir ali caso queira receber as informações ele teria que ir ali, então obedecendo ele sai da cozinha e acaba esquecendo o celular na família em cima do balcão da cozinha, entra em seu carro e dirige até o necrotério, os funcionários lá o guiam onde a família seria preparada pro funeral, após chegar lá eles entregam cópias das autópsias pro detetive poder ler e o deixam naquela sala sozinho junto aos cadavers, o pai tinha 35 anos, a mãe tinha 31, as filhas tinham por volta de 6, 7, 8 e 9 anos, todas as mulheres parecem que sofreram de desnutrição, mas acabaram morrendo por perda de sangue e danos graves a pele, o único quase intacto estava o pai que apesar de estar com a cara cheia de sangue, ele parece ter morrido por um corte no pescoço causado por alguma ponta afiada, tudo indica que foi o pai que se auto cortou. Após terminar de ler aquilo, Theo apenas tinha mais certeza do  que aconteceu e não queria que isto fosse verdade, mas ele não poderia mentir pro jornal, bem agora o detetive teria que se arrumar pois tinha um funeral para ir.

 Algumas semanas depois, chega o dia do funeral da família que sumiu por um ano após tentarem fazer uma grande viagem, poderia ter sido incrível, mas infelizmente não aconteceu, no velório estavam todos os parentes do pai, mãe e das filhas, o detetive também estava lá para prestar respeito e também com um pouco de tristeza, ele nunca imaginou que o caso fosse acabar assim, o pior seria pro que ele falasse pros jornais, pois prometeu para se mesmo não esconder nada. Quando os caixões se abaixavam para as covas e o padre fazia os discurso, Theo está ali junto com os parentes, até que algo chama a sua atenção, ao longe bem no fundo do cemitério se via uma figura que estava no meio das árvores, meio difícil de identificar mas parecia ser uma pessoa, com um manto preto e um capuz cobrindo o rosto, mesmo sem saber, Theo sentiu que ela estava olhando diretamente para ele, o detetive fica sem reação e treme um pouco, mas justo neste momento um relâmpago cai bem ali do lado que assusta todo mundo, inclusive Theo que desvia o olhar e ao retorna-lo para o lugar onde a pessoa deveria estar sumiu, ele esfrega os olhos para ter certeza, mas continua não tendo nada lá, "devia ter sido alguma alucinação" ele pensou e decidiu ignorar e esquecer isto.

 Após o funeral, o jornal foi publicado com todas as informações que Theo descobriu, sem faltar nada: o jornal explica que a mais de um ano atrás uma família inteira junto com seu carro desapareceu sem sem deixar rastros, o detetive profissional Theo Mucks ficou encarregado do caso, no qual infelizmente nunca teve sucesso pois nunca conseguiu achar nenhuma evidência, pista ou testemunho confiável, mas depois de um ano inteiro a família foi achada por um grupo de jovens fazendo uma caminhada na floresta, eles contataram as autoridades que vieram junto com o detetive Theo que ao ver o carro que foi coberto por uma lona camuflada, ele entra e infelizmente descobre que a família estava morta, mas não tinha muita certeza do que aconteceu ali, o detetive pegou o celular da família e levou para casa e poder analisar todas as informações salvas, enquanto os corpos foram levados pro necrotério para passarem por uma autópsia. Após o detetive analisar as fotos e vídeos se descobriu que o carro fi sequestrado por um grupo, no qual eram cobertos por mantos e capuzes, se teoriza deles serem parte de algum culto ou seita, este culto sequestrou o carro e o escondeu no meio da floresta com a família dentro e os prendendo de um jeito que não desse para sair ou entrar sem meios convencionais. segundo as autópsias e a última foto, se sabe que eles sofreram de desidratação e desnutrição, mas antes deles morrerem por estes fatores, o pai da família enlouqueceu e drasticamente cometeu um canibalismo com sua própria família, no porta lufas tinha uma pequena faca, o pai pegou e primeiramente atacou a esposa, abrindo sua barriga e comendo um pouco de suas tripas, ainda no seu modo de loucura ele foi para o banco de trás onde estavam suas quatro filhas, no qual matou e arrancou vários pedaços delas e devorando, aparentemente ele também deu umas mordidas aleatórias como se fosse um animal. Segundo a última foto do celular, o pai volta a sanidade e ao ver o que fez, pegou um pedaço de papel e caneta no qual escreveu desculpa, colocou o telefone apoiado no para-brisa e tirou uma foto mostrando o que ele fez e segurando o cartaz, e depois com a autópsia se soube que ele tirou a própria vida com a mesma faca que usou para matar a sua família, o pai morreu por falta de sangue. Todas as autoridades estão a procura deste culto e tentar descobrir o que eles querem e tentar impedir que algo assim aconteça, o detetive Theo não quis mais falar após isto.

 Depois de muito tempo Theo finalmente consegue coltar para casa, foi uma semana difícil e ele finalmente poderia descansar, enquanto andava até pro seu quarto dormir ele pensa em todo este caso, simplesmente nada fazia sentido, que culto era este? por que eles fizeram isto? Theo tentou pensar em todos os motivos que um culto faria isto mas nada se encaixava, se fosse para sacrificar a família, por que não fizeram isto logo de uma vez? será que teve haver com a loucura do pai? ok, muito estresse e coisa para pensar. Neste momento Theo só queria dormir para ver se limpava um pouco sua mente, mas antes de chegar na cama, ele ouve um barulho que parece ter vindo da cozinha, mesmo sabendo que não deveria seguir, mas a curiosidade chamou mais alto então o mesmo andou até lá, chegando mais perto nota que era um toque de celular, na cozinha ver que em cima do balcão estava o celular da família, o detetive se lembra que ele o esqueceu ali, a frente do balcão tinha uma grande janela que mostrava que caia uma grande tempestade cheia de raios, Theo anda até o celular e mostra que era ligação de alguém desconhecido, o homem pega o celular e desliga a ligação, mas logo depois vem uma mensagem, abrindo ela dizia:"o seu destino te espera". quando Theo termina de ler, cai um relâmpago com uma luz e som muito forte!, o susto é tão grande que ele joga o celular para longe que acaba quebrando, quando o clarão do raio passa, na janela do bacão que estava vazia agora tem uma pessoa com o manto preto e um capuz cobrido toda a cabeça lá fora, só sua boca era visível, a pessoa levanda o braço e coloca o dedo na frente da boca e pede pro Theo fazer silêncio.