A solidão


  O despertador toca e acorda Tom em mais um dia para ele ter que ir para escola, o muleke simplesmente não queria ir, ele simplesmente odiava estar perto de pessoas, o típico antissocial, mesmo não querendo com todas as suas forças, sua mãe o obrigou a ir pois não podia ter mais faltas que praticamente tinha o mês inteiro, então mesmo contra a sua vontade ele se arrumou e se dirigi a escola. No recreio ele se esforçar o máximo possível para poder sentar sozinho, Tom queria se isolar o máximo possível, o menino não consegue explicar muito bem de onde vem isto, desde pequeno ele não gosta de falar ou ficar junto com outras pessoas, e não é como pessoas tímidas ou introvertidos que não conseguem, precisam ou preferem ficar sozinhas, Tom simplesmente não suporta, quando fica ao redor de muita gente ele sente um desconforto imenso, é algo tenso que isto se transforma em raiva, ele já tentou tratar isto em médicos, psicólogos e psiquiatras, mas nenhum ou ninguém conseguiu resolver este problemas, todos apenas recomendaram que ele tenta-se ir para escola ou tentar conversar com outras pessoas, Tudo que Tom mais queria era ficar sozinho, pois para ele ficar no centro de muita gente é uma tortura, tudo que ele deseja era que todas as pessoas sumissem para Tom finalmente conseguir ficar 100% sozinho.
 No recreio Tom almoça sozinho numa mesa, quando termina tinha muita gente, ele tem a ideia de ir para a biblioteca e ficar no lugar mais isolado, assim ele poderia ficar relativamente longe de tanta gente, após guardar o prato ele anda pelos corredores rumo a biblioteca, e quando isto lá fora cai uma grande tempestade forte cheio de raios e relâmpagos, embora na previsão do tempo falasse que era para fazer um sol com muito calor. Bem Tom finalmente consegue chegar a biblioteca, ele vai se sentar em uma mesa que fica bem no fundo, perto de uma janela, ele ia apenas ficar sentado ali até o sinal tocar, quem sabe até ler um livro, mas acaba ficando com sono, e quando ia dormir, um relâmpago da tempestade cai lá fora perto de Tom o assustando, bem depois do susto, Tom se acalma, coloca a cabeça na mesa e dorme o recreio todo.
 Tom ficou dormindo até que o sinal tocou, o acordando com um grande susto, ele olha em volta e não tinha ninguém, bem todo mundo devia está na sala, mas prestando mais atenção tava tudo escuro, ele estranha e olha para janela atrás dele, percebe que tudo escureceu, após pensar um pouco, concluiu que dormiu demais e agora estava a noite, ele desesperado se levanta e corre para entrada, ele tenta abrir o portão, ao chegar ele tenta abrir com todas as forças, mas simplesmente não conseguia, ele estava bem preso, ele tenta olhar pelo vidro pro lado de fora, mas aparentemente a noite era tão intensa que tudo que era preto, Tom pensa que foi esquecido na escola, mas antes ele tinha ouvido o barulho do sinal que o acordou, ele fica confuso se essa parte era do sonho dele, se lembra que o lugar para ativar o sino fica na sala do zelador, então ele corre para ver se tinha alguém lá mais não tinha ninguém, e o botão do alarme estava intacto, confuso, Tom revira a escola toda atrás de alguém, passa por todos os corredores, salas de aulas, refeitório, a cantina, a sala do diretor, dos professores, banheiros, Tom até tentou ver as outras saídas da escola, mas todas estavam trancadas, ele para e pensa que realmente dormiu muito e o esqueceram naquela escola a noite, bem á qualquer momento sua mãe ía sentir falta e ía pedir para o procurarem e o acharem, até lá ele ficaria naquela escola completamente sozinho, quando termina de pensar nisto ele notou algo. O seu desejo foi finalmente realizado! Agora Tom estava completamente sozinho na escola, ele agora poderia ficar a sós a noite inteira, o mesmo fica todo animado, e começa a correr, ele fica pulando nas mesas, faz uma bagunça imensa, o cara era louco, pegou o papel higiênico e espalhou por todos os corredores, invadiu o refeitório e cantina, e comeu tudo até passar mal, empilhou um monte de coisas, cadeiras, mesas, livros, ele roubou uns marcadores das salas dos professores e riscou as paredes, armário e qualquer superfície lisa, Tom sabia que poderia se encrencar muito ou levar uma senhora bronca, mas ele não ligava, quem sabe ele seja expulso e nunca mais possa entrar em uma escola, ele ia amar isto, porém até lá, a noite daquela escola era só dele.
 Depois de umas horas brincando e bagunçando, Tom se cansa e se joga no chão cansado, olha pro teto e percebe que já faz muito tempo que ele está ali, Tom se pergunta que horas são, ele pega o seu celular e ele mostra que são 8:00! O muleke toma um susto e fica confuso, ele corre até o portão e lá fora estava muito escuro parecendo que estar de noite, para falar a verdade tá tudo tão preto que não conseguia ver nada, muito estranho, Tom começa a ficar desesperado, além da porta não se via nada, ele tenta abrir o portão com todas as suas forças, mas não consegue, no medo ele vai até uma das salas de aulas, pega uma cadeira e ataca no portão que era de vidro, assim quebrando, a cadeira foi pro outro lado, porém ao envés de parar na altura em que tinha que ter o chão, mas não parou e continuou indo para baixo, afundando no que parecia um grande abismo, a cadeira foi até não dar mais para vê-la, Tom não consegue entender o que estava acontecendo, ele coloca um pé para fora e tenta tocar no chão, mas simplesmente não sente nada, ele coloca a cabeça para fora, mas tudo que se via era a escola, o resto era apenas um grande abismo preto infinito. Ele corre até a sala do zelador e pega uma fita métrica, ele volta pro portão e tenta estender a fita no abismo para quem consiga tocar no chão, ela tinha um quilômetro era bem grande, se ela parasse significaria que tinha algum chão lá embaixo, ele estica muito e a ferramenta não tocava em nada, depois uns minutos Tom chega no máximo da fita métrica lá embaixo, 1 quilômetro e não tocou em nada, ele solta a fita métrica que cai até sumir, Tom se levanta e começa a andar pelos corredores e tenta pensar no que aconteceu, Ele pega no celular e ver que o tempo passou voando, agora já fazem 10 horas que ele está preso ali sozinho, Tom começa a pensar no que pediu, primeiramente ele tenta se convencer que isto foi bom, e que não se arrepende, mas pensando um pouco melhor, isto significa que nunca mais iria ver sua mãe? E também apenas o fato de não poder mais ver ninguém enlouquece qualquer um.
 Já fazem mais de 5 messes que Tom está preso neste lugar sozinho, a comida do refeitório e da cantina acabaram, ele já pensou e tentou de tudo para conseguir sair dali, ele até tentou fazer uma corda improvisada que era bem maior que a fita métrica, mas pensou um pouco melhor decidiu que não iria tentar isto por medo da corda não aguentar, já fazia um certo tempo que a comida acabou, ele estava morrendo de fome, ele até tentou usar o celular para ver se conseguia conversar com alguém, mas as mensagens simplesmente não eram enviadas, ficavam como perdidas e ninguém atendia ou recebia, Tom não queria admitir mais ele preferia que tivesse pessoas ao seu redor, é porquê ele não aquentava mais o silêncio, ironicamente era ensurserdedor, era como se seus ouvidos tivessem parado de funcionar, ou se tivessem vazios, mas ele conseguia ouvir os seus passos que agora estavam muito altos, ele se senta e agora ele percebe que agora consegue ouvir os batimentos do seu coração e o sangue de suas veia fluindo, ele não aguenta mais, ele grita muito alto chamando por alguém, mais isto é em vão, ele não entendia, ele queria tanto ficar sozinho, para falar a verdade ele odiava ficar perto de pessoas, por que agora ele sente a necessidade de ficar alguém perto dele, pois ficar sozinho que agora virou uma tortura, talvez seja este lugar que colocou isto ao extremo, mas por quê ele? Por que isto tinha que acontecer logo com ele? Quando Tom termina de pensar nisto, do nada o sinal da escola começa a tocar, primeiramente ele toma um susto e fica com medo, mas depois fica animado pois isto significa que alguém apertou o botão do quarto do zelador, então ele corre até lá só pra decepcionar e fica mais confuso, pois o sinal ainda tava tocando, ele começa a correr por toda escola a procura de alguém, mas ele rodar o lugar todo e não acha ninguém, neste momento o sinal fica cada vez mais alto, tão alto que os ouvidos de Tom começam a doer, ele se joga no chão no meio do corredor e começa a chorar, e se remoendo de dor dos ouvidos, o sinal tocar cada vez mais alto não parecendo que ía parar, a insanidade de Tom se escota, ele começa a rir histericamente e quando chorava de dor e angústia, ele não aguentava mais.
RELATÓRIO POLICIAL:
23/04/2007
 Tom Walks, menino brasileiro de antecedência asiática, com cabelos pretos e olhos castanhos, foi considerado desaparecido após horas de busca sem achar um sinal, sua mãe prestou queixas as 23:00 da noite por seu filho ter ido para escola e não ter voltado até o momento da queixa deste que o horário das aulas acabaram, ele também não atendia as ligações, segundo relatos e testemunhas de seus colegas, a última vez que foi visto na biblioteca e depois não saiu mais de lá, o local foi revirado em busca de pistas relevantes, mas os investigadores não tiveram sucesso, as câmeras também não conseguiram registrar nada, só mostraram ele entrando na biblioteca e depois não saindo mais.
04/08/2012
 O corpo de Tom Walks dois finalmente achado depois de 5 anos, em 02/08 foi relatado cheiro de podridão vindo da sala do zelador em uma tarde de aula, quando conferido, as autoridades se surpreenderam ao ver o corpo de Tom Walks pendurado em uma corda pelo pescoço, em um estado de decomposição avançado, as autópsias revelaram que o corpo tinha sofrido desnutrição, e seus ouvidos sofreram grande danos com indicações de som muito alto, nunca se conseguiu explicação pois não foram achados digitais ou dna's que indiquem algum suspeito, tudo indica que foi suicídio, mas as autópsias falam que o a decomposição tem indícios de 4 anos, foi quando o seu desaparecimento completou 1 ano.
O CASO SEGUE SEM SOLUÇÃO.

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